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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Norma Bengell liderava atos contra ditadura, diz Ney Latorraca em velório

Do G1 Rio
 

Cremação está marcada para as 14h de quinta-feira, no Caju.
Norma morreu por volta das 3h desta quarta-feira, vítima de câncer.



Luiz Carlos Barreto e Carla Camurati se depedem de Norma Bengell no São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1) 
Luiz Carlos e Lucy Barreto e Carla Camurati se depedem de Norma Bengell no São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1)
 
 

A atriz e cineasta Norma Bengell, de 78 anos, foi velada na noite desta quarta-feira (9), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Entre os amigos e parentes que foram se despedir da artista, estiveram presentes o ator Ney Latorraca e os cineastas Luiz Carlos e Lucy Barreto, Silvio Tendler e Carla Camurati.

Ney Latorraca foi se despedir de Norma Bengell (Foto: Gabriel Barreira / G1) 
Ney Latorraca também foi se despedir (Foto:
Gabriel Barreira / G1)
 
 
"Vai ficar saudade. Era insubstituível. Ela que abria todas as passeatas contra a ditadura. Foi revolucionaria", disse Ney Latorraca, citado por Luciane Marques, amiga, cuidadora e procuradora da atriz, com um dos poucos que ligava e procurava notícia. "Ela era a cara do Rio", acrescentou.
"Era um exemplo de atriz e militante", disse Luiz Carlos Barreto.
Velório de Norma Bengell é realizado no Cemitério São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1) 
Velório de Norma Bengell é realizado no Cemitério
São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1)
 
 
A cremação está marcada para as 14h de quinta-feira (10) no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. As cinzas da atriz e cineasta serão jogadas da Pedra do Arpoador, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Segundo o primo da atriz, Egberto Guimarães Costa, esse era o desejo de Norma.

Norma morreu por volta das 3h desta quarta-feira no Rio de Janeiro vítima de câncer no pulmão direito. Ela estava internada no Hospital Rio-Laranjeiras, unidade Bambina, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
 
Dilma envia nota de pesar
 
A presidente Dilma Rousseff enviou uma nota de pesar pela morte da atriz, a quem disse considerar uma das principais do país. A artista morreu nesta madrugada, após complicações de um câncer.
"Foi com pesar que soube da morte de Norma Bengell, uma das principais atrizes do cinema brasileiro. Norma reunia talento e coragem em doses únicas. Ninguém que ainda hoje assiste filmes como 'Os Cafajestes', 'O Homem do Sputnik' e 'A idade da Terra' fica imune ao seu magnetismo. Neste momento de tristeza, compartilho meus sentimentos com sua família, amigos e admiradores", disse a presidente.

Musa do cinema

A atriz foi uma das maiores musas do cinema e do teatro brasileiros nas décadas de 50, 60 e 70. Atriz, vedete, cineasta, cantora e compositora, Norma começou a carreira na música no início dos anos 50. Em 1959 lançou o primeiro disco, com músicas de Tom Jobim e João Gilberto. No cinema, participou de 64 filmes. Estreou nas telas aos 23 anos, no longa metragem o "Homem do Sputnik", estrelado por Oscarito, onde fez sucesso parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot.
Norma Bengell fez história em 1962 ao exibir o primeiro nu frontal do cinema brasileiro aos 27 anos, no filme Os Cafajestes, de Ruy Guerra. Nos anos 80, lançou-se diretora de cinema com "Eternamente Pagu". Norma também participou de várias novelas como "Partido Alto" e "Sexo dos Anjos", na TV Globo. O último trabalho foi como Deise Coturno, em 2009, no programa humorístico Toma Lá, Dá Cá.

Norma Bengell está internada em estado grave (Foto: TV Globo / Thiago Prado Neris) 
Norma Bengell morreu nesta quarta (Foto: TV Globo / Thiago Prado Neris)

Confira os principais filmes da carreira da atriz:
• 1959 - O Homem do Sputnik
• 1960 - Conceição
• 1961 - Carnival of Crime
• 1961 - Mulheres e milhões
• 1961 - Sócia de Alcova
• 1962 - Mafioso
• 1962 - O Pagador de Promessas
• 1962 - Os Cafajestes
• 1963 - I cuori infranti
• 1963 - Il mito
• 1963 - La ballata dei mariti
• 1964 - La costanza della ragione
• 1964 - Noite Vazia
• 1965 - Mar Corrente
• 1965 - Terrore nello spazio
• 1965 - Una bella grinta
• 1966 - As Cariocas
• 1969 - Verão de Fogo
• 1970 - Os Deuses e os Mortos
• 1971 - A Casa Assassinada
• 1971 - As Confissões de Frei Abóbora
• 1971 - Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil
• 1977 - Maria Bonita
• 1977- Mar de Rosas
• 1981 - Eros, o Deus do Amor
• 1983 - Rio Babilônia
• 1988 - Eternamente Pagu
• 1992 - Vagas para Moças de Fino Trato
• 2002 - Banquete

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