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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

OAB quer 'punição máxima' a policial suspeito de agredir advogada no CE

Do G1 CE

Policial suspeito é também vereador e acumula cargos ilegalmente, diz OAB.
Advogada foi agredida quando tentava defender o cliente em uma delegacia.



Advogada teve que passar por cirurgia após agressão (Foto: TV Diário/Reprodução) 
Advogada teve que passar por cirurgia após agressão
(Foto: TV Diário/Reprodução)
 
A Ordem dos Advogados do Brasil Ceará (OAB-CE) informou por meio de nota que vai pedir “punição máxima” ao policial civil João Batista Félix de Castro, suspeito de agredir com uma cabeçada e quebrar o nariz de a advogada Elizâgela dos Santos em Canindé, no interior do Ceará. João Batista também é vereador de Paramoti, um acúmulo de cargos ilegal, conforme a Constituição Federal, lembra a OAB, em nota.
A decisão é do presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro, depois de tomar conhecimento do caso, apresentado pelo Centro de Apoio e Defesa do Advogado da Ordem. Valdetário afirmou que o órgão vai pedir também a cassação de João Batista. O G1 tentou entrar em contato com o suspeito, mas ele não foi localizado na Delegacia Municipal de Caridade nem na Câmara Municipal de Paramoti, locais em trabalha.
“A diretoria da OAB é toda solidária à colega Elizângela, pelo absurdo que foi a agressão física sofrida, e nós nos sentimos todos atingidos pela série de desrespeitos descabidos, cometido pelo inspetor contra as nossas prerrogativas”, afirmou o presidente. “Queremos a punição máxima e exemplar”, diz o órgão.
Elizângela foi agredida e teve o nariz fraturado por um policial civil em frente à Delegacia Regional de Canindé, no Sertão Central do Ceará, na sexta-feira (10). O policial suspeito está afastado do cargo. A advogada Elisângela dos Santos foi chamada por um cliente para comparecer à delegacia para providenciar a liberação de um caminhão que havia sido apreendido. De acordo com a advogada, o veículo havia sido comprado pelo cliente, mas, na hora da abordagem, ele estava sem a documentação da transação.
Elizângela conta que, mesmo após a delegada Giselle Oliveira Martins constatar que não havia irregularidades com o veículo, o inspetor suspeito de agressão tentou impedir a liberação. “Ao retornar para o local onde estava ocorrendo a discussão, o inspetor cruzou os braços, veio em minha direção e deu uma cabeçada de cima para baixo, atingindo em cheio o meu nariz, que começou a sangrar. Voltei, pedi ajuda na delegacia e fui socorrida pela delegada”, conta. Advogada vai passar por cirurgia.
João Batista já responde a três processos por abuso de autoridade, segundo a OAB. Um dos processos aponta João Batista e outros três policiais de tentar extorquir dinheiro do irmão de um suspeito de tráfico de drogas; eles exigiram R$ 10 mil para que os irmãos e a mãe do suspeito não fossem presos, segundo a OAB.
A advogada fez exame de corpo de delito a pedido da delegada de Canindé, Giselle, que permitiu instaurar um procedimento criminal por lesão corporal. Segundo a delegada, foi enviado um Ofício de Apresentação para o CPI pedindo o afastamento do policial civil das atividades na Delegacia Regional de Canindé.

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