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Ela teve 51,48% dos votos, contra 48,52 % do candidato do candidato de PSDB, Aécio Neves.
SÃO
LUÍS - Com uma disputa acirrada, Dilma Rousseff do PT conseguiu se
reeleger à Presidência da República. Ela teve 51,48% dos votos, contra
48,52 % do candidato do candidato de PSDB, Aécio Neves.
Os votos em branco somam 1,71% e os nulos, 4,64%. Até o momento, a abstenção registrada é 21,05%.
No primeiro turno, Dilma Rousseff teve 41,59% e Aécio Neves 33,55%.
Mineira
de Belo Horizonte, Dilma Rousseff, tem 66 anos, é economista formada
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem uma filha e
um neto. Foi reeleita hoje (26), junto com o vice-presidente Michel
Temer (PMDB), com o apoio da coligação formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB,
PR, PP, PRB, PROS e PSD. No primeiro turno, Dilma ficou em primeiro
lugar, com 43.267.668 votos (41,59% dos votos válidos).
Filha de
um imigrante búlgaro e de uma professora do interior do Rio de Janeiro,
Dilma viveu em Belo Horizonte, capital mineira, até 1970, onde integrou
organizações de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina)
e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa
em 1970 pela ditadura militar e passou quase três anos no Presídio
Tiradentes, na capital paulista, onde foi torturada.
Em 1973,
mudou-se para Porto Alegre, onde construiu sua carreira política. Na
capital gaúcha, Dilma dedicou-se à campanha pela anistia, no fim do
regime militar, e ajudou a fundar o PDT no estado. Em 1986, assumiu seu
primeiro cargo político, o comando da Secretaria da Fazenda de Porto
Alegre, convidada pelo então prefeito Alceu Collares.
Com a
redemocratização, Dilma participou da campanha de Leonel Brizola à
Presidência da República em 1989. No segundo turno, apoiou o então
candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 1993, Dilma assumiu a
Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo
que ocupou nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).
Em
2000, Dilma filiou-se ao PT e, em 2002, foi convidada a compor a equipe
de transição entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio
Lula da Silva. Quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, Dilma foi
nomeada ministra de Minas e Energia, onde comandou a reformulação do
marco regulatório do setor. Em 2005, ainda no primeiro governo Lula,
Dilma assumiu a chefia da Casa Civil, responsável até então por projetos
como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa,
Minha Vida.
Dilma deixou a Casa Civil em abril de 2010 e, em junho
do mesmo ano, teve sua candidatura à Presidência da República
oficializada. Venceu sua primeira eleição no segundo turno, contra o
candidato do PSDB, José Serra, com mais de 56 milhões de votos.
Em
um governo de continuidade, Dilma manteve e ampliou programas sociais
da gestão Lula e implantou iniciativas que levaram à redução da pobreza,
da fome e da desigualdade. Criou o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ampliou programas de
empreendedorismo. Também implantou um programa de concessões para obras
de infraestrutura e logística, muitas ligadas à realização da Copa do
Mundo. Em um governo marcado por episódios de corrupção, Dilma chegou a
demitir seis ministros em dez meses, em 2011. A presidenta reeleita
também enfrentou problemas com a economia, com queda no ritmo do
crescimento do país e avanço da inflação.
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