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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Sem água, volume de cachoeira em Botucatu fica quatro vezes menor

No bairro onde a queda de água fica, foram flagrados casos de desperdício.
Sabesp, responsável pelo abastecimento, garante que não vai faltar água.

Do G1 Bauru e Marília
Queda de cachoeira diminuiu  (Foto: Reprodução / TV TEM)Volume da queda de água da cachoeira está quatro vezes menor  (Foto: Reprodução / TV TEM)
 

A cachoeira “Véu de noiva” em Botucatu (SP) não recebe mais os turistas como antes, isso porque o volume de água está quatro vezes menor, por causa da falta de chuva. Quem conhece o local diz que nunca viu a cachoeira desse jeito, quase sem água. O caseiro Pedro Salutes diz que o ponto onde ele caminha atualmente, era todo coberto de água.  “Chegava a me cobrir e eu tenho um 1,65 metro.”
Consequentemente, moradores da região que procuravam a queda d´água do Rio Pardo para se refrescar, estão vindo bem menos. Márcia Salutes é da capital de São Paulo e queria conhecer um dos mais belos cartões postais de Botucatu se frustrou ao ver a cachoeira. “Uma tristeza. Vi em fotos que era enorme. Cheguei aqui e vi esse pouquinho de água. Uma tristeza maior é que não chove e você vê gente gastando água à toa por aí”, lamenta.

No mesmo bairro onde fica a cachoeira, em questão de minutos, a equipe de reportagem da TV TEM flagrou um casal lavando garagem e a calçada com mangueira e depois um homem lavando a calçada com lava jato. O que revolta quem procura economizar água. "Eu vi na rua Cardoso de Almeida, jogando água nas plantas e nas pedras. Me irritou porque não vai ter água no futuro", conta a vendedora Elizabete Celestino de Oliveira.

Prefeitura colocou outdoors de conscientização na cidade (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Prefeitura colocou outdoors de conscientização na
cidade (Foto: Reprodução / TV TEM)
Contra o desperdício

Assim como Elisabete, a prefeitura de Botucatu se mostrou preocupada com a situação e lançou uma campanha contra o desperdício. Outdoors foram espalhados pela cidade. O cabelereiro Paulo Ferrari concorda com o recado colocado bem em frente à porta dele que informa que lavar a calçada gasta 280 litros de água: "Acho excelente porque tem muita gente que não tem conscientização que não tem mais água."
Para o professor universitário Edson Luiz Scaloppi, especialista em irrigação, a campanha pouco adianta. A população só deixa de abusar quando sente no bolso. "Teria que parar de cobrar a taxa mínima para quem gasta até 10 mil litros cúbicos. Tem que cobrar de maneira crescente, quanto mais se gasta, mais caro fica", afirma.
Mas, por enquanto, a Sabesp aposta em outra ideia. Está dando desconto de até 30% na conta pra quem economizar no mínimo 10% em relação aos dozes meses anteriores. Só que a promoção está valendo apenas pras regiões da grande São Paulo e Campinas. No interior o incentivo terá que ser outro, segundo a dona de casa Cleide da Silva Santos. "Tem que guardar para os nossos filhos."
Apesar de o Rio Pardo estar pelo menos um metro abaixo do seu nível normal, a Sabesp acredita que Botucatu não sofrerá com falta de água. Na semana passada, a companhia inaugurou mais um ponto de captação no córrego Tijuco Preto, onde já são coletados mais de 60 litros por segundo.

Sem chuva, cachoeira fica cada vez menor (Foto: Reprodução / TV TEM) 
Sem chuva, cachoeira fica cada vez menor (Foto: Reprodução / TV TEM)

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