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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Conselho da Petrobras elege nova diretoria da empresa nesta sexta

Expectativa é que nome de novo presidente seja anunciado até o fim do dia.
Graça Foster e mais cinco diretores anunciaram renúncia na quarta-feira.

Do G1, em São Paulo
 
O Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira (5), em São Paulo, para eleger a nova diretoria da companhia, após a renúncia coletiva de Graça Foster e mais 5 diretores. A grande expectativa é em relação ao anúncio do nome do novo presidente da petroleira. Segundo o representante dos funcionários no conselho, Silvio Sinedino, o início da reunião está previsto para as 9h.
       COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
       QUE IRÁ ELEGER NOVA DIRETORIA DA PETROBRAS
                                     Presidente
                                  Guido Mantega
        Representantes indicados pelo governo federal:
                                  Graça Foster
                               Luciano Coutinho
                   Francisco Roberto de Albuquerque
                         Sérgio Franklin Quintella
                         Miriam Aparecida Belchior
                      Márcio Pereira Zimmermann             
          Representante dos acionistas preferencialistas
                         José Guimarães Monforte
             Representante dos acionistas minoritários
              Mauro Gentile Rodrigues da Cunha
         Representante dos empregados da empresa
                           Sílvio Sinedino Pinheiro
Tradicionalmente, a escolha do executivo nº 1 da companhia é definida pelo governo federal, uma vez que este é o acionista majoritário da Petrobras e controla 7 dos 10 assentos no Conselho.
O prazo apertado de apenas 48h e a situação conturbada que vive a empresa no momento, entretanto, sem ainda ter conseguido divulgar um balanço auditado do 3º trimesTre de 2014, podem ter dificultado o processo de definição do sucessor de Graça Foster.
Com pouco tempo para decidir, a presidente Dilma Roussef deve se concentrar num nome em que tenha confiança, informa o blog do Camarotti.
Na lista de apostas apareciam os nomes Murilo Ferreira (atual presidente da Vale), Luciano Coutinho (presidente do BNDES e integrante do conselho da Petrobras), Rodolfo Landim (ex-diretor da Petrobras e ex-presidente da OGX), Roger Agnelli (ex-presidente da Vale), Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central) e Eduarda La Rocque (ex-secretária da Fazenda do município do Rio de Janeiro).
A saída de Graça e dos diretores Almir Guilherme Barbassa (diretor financeiro e de relacionamento com investidores), José Miranda Formigli (diretor de exploração e produção), José Carlos Cosenza (diretor de Abastecimento), José Alcides Santoro (diretor de gás e energia) e José Antônio de Figueiredo (diretor de engenharia, tecnologia e materiais) foi comunicada pela empresa ao mercado na quarta-feira (4) e terá efeito a partir desta sexta-feira.
No comunicado de quarta-feira, a Petrobras informou apenas que o Conselho se reunirá nesta sexta para eleger os novos membros da diretoria, sem dar mais detalhes sobre como será feita a escolha e a eleição.

O BTG Pactual disse em nota a clientes que o analista da casa Gustavo Gattass considera que a chance de ver algum "nome de peso" sendo confirmado não é tão alta assim, informa a Reuters. Para o banco de investimento, "na melhor das hipóteses", o novo presidente será alguém menos conhecido pelo mercado, mas com capacidade técnica de entregar uma boa execução e estratégia, e com isso ganhar confiança ao longo do tempo.
Integrantes do Conselho
O Conselho é formado atualmente pelos seguintes integrantes: Guido Mantega (presidente do conselho), Maria das Graças Silva Foster, Luciano Coutinho (presidente do BNDES), Francisco Roberto de Albuquerque, Márcio Zimmermann, Sérgio Franklin Quintella, Miriam Belchior, José Guimarães Monforte, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha e Sílvio Sinedino Pinheiro.
Será a primeira vez que o conselho da Petrobras vai se reunir também com o comitê especial criado para atuar como interlocutor das investigações internas sobre corrupção na empresa. O grupo é formado pelo novo diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras, João Elek Junior, que permanece no cargo, pela ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e pelo ex-executivo-chefe de Compliance da Siemens AG Andreas Pohlmann, destaca a Reuters.

A expectativa é que sejam apresentadas as primeiras informações das investigações conduzidas pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher, contratados pela Petrobras. Os dois escritórios foram contratados para apurar a natureza, extensão e impacto das denúncias que têm atingido a estatal.
Investigações sobre corrupção
A saída da diretoria acontece em meio às investigações da Operação Lava Jato e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
O governo vinha sofrendo pressão do mercado pela troca da diretoria executiva, cuja gestão foi marcada pelas graves denúncias de corrupção e pelo acúmulo de resultados negativos.
Embora a maior parte dos problemas tenha sido agravada por decisões feitas antes da chegada de Graça Foster à presidência da estatal, a executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas investigações da Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para se manter no cargo.
Desafios da nova diretoria
O sucessor de Graça Foster irá encontrar uma empresa desacreditada, altamente endividada, com dificuldades de caixa para financiar os seus novos projetos e no centro do “maior caso de corrupção da história do Brasil", conforme definiu o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira.
Entre os principais desafios do novo presidente – ou nova presidente – estão formar um novo time de executivos de primeiro escalão; implementar um novo modelo de gestão com mais autonomia e transparência; revisar o plano de investimentos e desinvestimentos (venda de ativos) da empresa; e dimensionar o rombo provocado pela corrupção bem como eventuais perdas que a companhia pode sofrer no futuro em decorrência das investigações da operação Lava jato e das ações movidas por acionistas nos Estados Unidos que acusam empresa de ter divulgado informações enganosas e de ter superfaturado o valor de suas propriedades.

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