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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

São Paulo tem dia mais chuvoso do ano, diz CGE

Represas do Sistema Cantareira também foram atingidas pela chuva.
Precipitação constante não deve continuar nos próximos dias. 

Do G1 São Paulo
Chuva perto da ponte João Dias, na zona sul de São Paulo (Foto: Dario Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo)Chuva perto da ponte João Dias, na Zona Sul de São Paulo (Foto: Dario Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo)

A cidade de São Paulo registrou nesta quinta-feira (5) o dia mais chuvoso do ano, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura. Até as 19h, a média pluviométrica foi de 34,4 mm, contra 29,8 mm registrados em 7 de janeiro.
Choveu até agora 51,5 mm em fevereiro, ou 24% da média histórica esperada para o mês, de 214 mm. As regiões mais atingidas pela chuva desta quinta foram São Miguel Paulista (91 mm), Santo Amaro (68,1 mm), Campo Limpo (66,6 mm) e Ermelino Matarazzo (51,1mm). Em janeiro, a cidade não atingiu a chuva esperada para o mês. O acumulado foi de 156,2 milímetros, enquanto a média histórica é de 260 mm. 
O dia está sendo bom para todos os reservatórios. Tivemos um banho geral em todas elas (represas)"
Adílson Nazário, meteorologista do CGE
O meteorologista do CGE Adílson Nazário disse que, pelas imagens de satélite, foi possível observar chuva nesta quinta em todas as represas dos sistemas que abastecem a região metropolitana. “Conforme o monitoramento, esse dia está sendo bom para todos os reservatórios. Tivemos um banho geral em todas elas (represas)."
O CGE observou chuva moderada a forte na região do Cantareira durante a tarde. Mais cedo, a precipitação foi mais forte na área do Sistema Alto Cotia. O impacto da chuva nos sistemas só será conhecido no próximo boletim da Sabesp. As atualizações são divulgadas todos os dias às 9h.
Nazário adianta que a chuva não resolve a crise hídrica porque ela não deve continuar nos próximos dias – no fim de semana, volta a previsão de pancadas isoladas típicas de verão. “Não vai resolver problema nenhum porque não vai ter uma sequência. O ideal é esse tipo de chuva, constante, não precisa ser forte, mas que abrange todo o sistema por um tempo”, explicou.

Cantareira estável
Após subir por dois dias, o nível do Sistema Cantareira ficou estável nesta quinta-feira (5), segundo dados divulgados pela Sabesp nesta manhã. O conjunto de represas responsável por abastecer 6,2 milhões de pessoas opera com 5,2% da capacidade. 

A chuva tem ajudado o sistema a evitar quedas desde terça-feira (3). A precipitação registrada no sistema em fevereiro chega a 54,8 mm, o equivalente a 27,5% do total esperado para o mês. Segundo a Sabesp, chove nas represas todos os dias desde 31 de janeiro.
Outros quatro sistemas que abastecem a Grande São Paulo aumentaram o nível de armazanamento de água nesta quarta: Alto Cotia, Rio Claro, Rio Grande e Guarapiranga. O Alto Tietê, que opera com 11% e é considerado outro foco de preocupação na crise hídrica, manteve seu nível nesta quinta.
Confira o níveis dos sistemas que atendem a Grande São Paulo:
Cantareira: manteve-se em 5,2%;
Alto Tietê: manteve-se em 11%;
Guarapiranga: subiu de 47,9% para 48,1%;
Alto Cotia: subiu de 28,4% para 29,1%;
Rio Grande: subiu de 74,8% para 75,1%;
Rio Claro: subiu de 29,8% para 30%.

Arte falta de água Cantareira (Foto: Arte/G1)
Previsão de chuvas
As precipitações devem ficar abaixo da média pelo menos até abril. É o que prevê o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia. O resultado foi divulgado em 16 de janeiro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.

Junto com o ano de 2014, terminou também o melhor mês do Cantareira no ano. Em dezembro, o nível do sistema baixou 1,5 ponto percentual. Foi o menor índice de queda mensal no ano. A maior baixa foi em fevereiro, quando o volume acumulado recuou 5,5 pontos percentuais.

Dezembro também foi o melhor mês em número de dias sem queda no nível do reservatório. Foram 11: em 8 deles o nível se estabilizou, e em outros 3 ele chegou a subir. Foi a única vez no ano em que o nível aumentou três vezes seguidas, dos dias 24 a 26. Nesse sentido, os piores meses foram junho, julho, agosto e outubro, quando o nível caiu todos os dias.

Carros e funcionários da Sabesp são vistos do alto perto de uma estrutura na represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)Carros e funcionários da Sabesp são vistos do alto perto de uma estrutura na represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)

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