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sexta-feira, 20 de março de 2015

Outono terá pouca chuva no Sudeste e não deve elevar reservatórios

Estação de transição entre verão e inverno começa às 19h45 desta sexta.
Trimestre deve ser marcado ainda por frio intenso no Sul do Brasil.

Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo
Vista da represa do Jaguari, em Bragança Paulista, nesta quarta-feira. O volume de água do Sistema Cantareira, que abastece cerca de 6,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, apresentou viés de alta nesta quarta-feira, 11, atingindo a m (Foto: Fagner Alves/Código 19/Estadão Conteúdo)Vista da represa do Jaguari, em Bragança Paulista, que pertence ao Sistema Cantareira. Chuvas vão diminuir durante o outono na região Sudeste (Foto: Fagner Alves/Código 19/Estadão Conteúdo)
 
O outono, nova estação que começa nesta sexta-feira (20) às 19h45, deve diminuir a quantidade de chuvas na região Sudeste e interromper as constantes elevações nos níveis de reservatórios registradas entre fevereiro e março, de acordo com previsão da meteorologia.

Os próximos três meses serão caracterizados por poucas precipitações, registros de temperaturas acima do normal em alguns estados e, a partir de maio, possibilidade de neve nas serras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul devido à chegada de massas polares.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, o período de transição entre o verão e o inverno deve registrar com mais frequência nevoeiros e geadas nas duas regiões já citadas. Em alguns locais as mínimas podem atingir até 10ºC.
Cantareira em xeque
Na área onde estão os reservatórios do Sistema Cantareira, em São Paulo, a média de chuva prevista para o trimestre não será suficiente para elevar os níveis e, a muito custo, o que cair do céu poderá manter o recente total acumulado – que até esta quinta-feira era de 15,8% da capacidade, segundo boletim divulgado pela Sabesp.
“[A quantidade de chuva] será pouca para aquela região. A previsão é de 180 mm, mas só em abril deve chover 100 mm. Temos que levar em conta que o ponto de partida [do armazenamento de água] desse ano é pior do que a gente tinha em 2014", disse Bianca Lobo, da empresa de meteorologia Climatempo.
"E os reservatórios só vão voltar a encher mesmo em outubro, quando retornarão as chuvas significativas”, complementa a meteorologista.
Ela tem razão. Em 20 de março do ano passado, o nível do volume armazenado era de 14,6% da capacidade total, mas ainda não usado o volume morto, incorporado ao abastecimento a partir de maio daquele ano.
A medição feita atualmente contabiliza a reserva técnica do Cantareira, que é a água situada abaixo das comportas das represas.
Sistema Paraíba do Sul
A previsão de pouca chuva vale também para o Rio de Janeiro e para as áreas onde estão localizados os reservatórios que alimentam o sistema de abastecimento fluminense, como o de Santa Branca e o de Paraibuna, ambos ligados à bacia do Rio Paraíba do Sul, no Vale do Paraíba Paulista.
"Não estamos esperando um outono fora do normal. A característica da estação é de pouca chuva, massas de ar seco ou massas polares, sem precipitação. Como ainda estamos no meio da crise hídrica, não será possível passar pelo outono e inverno sem preocupações. Serão exigidos cuidados do governo e da população para que não falte água”, explica Bianca.

Norte e litoral do Nordeste terão chuvas
Segundo o Inpe, os maiores registros de precipitação do Outono, superiores a 700 mm, vão ocorrer no extremo norte das regiões Norte e Nordeste e no leste do Nordeste, desde o Recôncavo Baiano até o Rio Grande do Norte.
Uma boa notícia é que o Acre e Sul do Amazonas vão registrar menos tempestades, o que vai contribuir no trabalho de recuperação dos dois estados, que sofreram grandes danos devido à elevação dos rios da região.

O outono termina no dia 21 de junho às 13h38, no horário de Brasília.

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