Contador de visitas

quarta-feira, 18 de março de 2015

Rio Branco enfrenta pior cheia da história e tem dez mil desabrigados

Prefeitura decreta estado de calamidade pública por causa da cheia.
Em Boca do Acre, no Amazonas, população tira o melhor da situação.

Rio Branco, Acre

A prefeitura de Rio Branco decretou estado de calamidade pública por causa da cheia. Dez mil pessoas estão desabrigadas na capital do Acre.  Durante um patrulhamento da polícia para evitar que as casas abandonadas fossem saqueadas, três corpos foram encontrados.
O bairro Taquari é um dos mais violentos da cidade e um dos mais atingidos pela cheia. O patrulhamento da polícia é constante, mas não evita que comércios e residências sejam saqueados. “Nós esperávamos uma cheia que pudesse ultrapassar  17 metros, o que já seria a maior dos últimos anos, mas não a maior cheia de todos os tempos, com 18,4 metros”, diz Marcus Alexandre, prefeito de Rio Branco.
O parque de exposições da cidade foi transformado em abrigo e já recebeu cinco mil pessoas. Famílias e animais são cadastrados, assim como seus objetos. O local funciona como uma pequena cidade, com delegacia de polícia, posto de saúde, igreja e até um cinema.
As famílias são alojadas em pequenos cômodos, separados por lonas plásticas.


Boca do Acre, Amazonas

Em Boca do Acre, no sul do Amazonas, as residências foram suspensas. Depois da grande cheia de 2012, a maioria das casas às margens do Rio Acre passou por reforma.
Nos pontos onde a água subiu mais, as pessoas se apressam para salvar o que dá. Famílias inteiras vão embora levando o que podem. Outras deixam para trás os animais, que fazem a guarda das residências.
O parque de exposições de Boca do Acre é hoje abrigo para 300 pessoas, que não tinham para onde ir. Quase toda a população foi atingida, mas menos de 1% resolveu sair de casa.
Na tarde de domingo, a Boca do Acre parece festejar. Os moradores dizem que como o local alaga todo ano, os moradores tentam aproveitar o melhor disso e brincam nas ruas alagadas.
Os vaqueiros da região têm trabalho para tirar os animais das áreas alagadas. O desafio é cada vez mais frequente na Amazônia.

Nenhum comentário: