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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Produção industrial tem a maior queda desde julho de 2009, diz IBGE

Entre fevereiro de 2015 e o mesmo mês de 2014, recuo foi de 9,1%.
Na comparação mensal, setor registrou retração de 0,9%.

Anay Cury e Cristiane Cardoso Do G1, em São Paulo e no Rio
 
A produção da indústria brasileira recuou 0,9% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, a atividade fabril avançou 0,3%, dado revisado, depois de interromper duas altas seguidas.
Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria caiu 9,1%, a 12ª baixa negativa seguida e a mais forte desde julho de 2009 (-10%). A retração foi influenciada pela queda de cerca de 30% na produção de veículos.
“A questão do efeito-calendário é importante para entender, não a queda, mas a magnitude e o espalhamento desse resultado [queda de 9,1% na comparação anual] até porque a gente tem dois dias uteis a menos em 2015, quando comparado com o ano anterior. Isso acontece por causa do carnaval, que nesse ano ocorreu no mês de fevereiro, e no de 2014, em março”, explicou André Macedo, gerente de Industria do IBGE.
No ano, a indústria acumula queda de 7,1% - a mais intensa desde fevereiro de 2009 - e, em 12 meses, de 4,5%.
De janeiro para fevereiro, recuaram as produções de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), produtos do fumo (-24%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%).
Também registraram recuo os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,4%), de metalurgia (-0,9%), de bebidas (-1,2%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,4%) e de produtos de minerais não-metálicos (-1,1%).
Entre os setores que aumentaram sua produção estão perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,0%), indústrias extrativas (0,9%), produtos de metal (2,9%) e produtos têxteis (4,6%).
Na análise das categorias econômicas, os bens de capital caíram 4,1%, influenciados pela menor produção de caminhões, "ainda afetada pelas férias coletivas em várias unidades". Em janeiro, o avanço havia sido de 8,2%.
Também diminuíram as produções de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%), de bens de consumo duráveis (-0,4%) e de bens intermediários (-0,1%).
Frente ao ano passado
Na comparação com o ano passado, os resultados foram mais negativos, com destaque também para veículos automotores, reboques e carrocerias, que mostraram recuou de 30,4%.
Contribuíram negativamente para o desempenho da indústria brasileira as quedas em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,9%), de coque e de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,9%), entre outros.
A produção de bens de consumo duráveis caiu 25,8%, de bens de capital, 25,7% - a mais intensa desde abril de 2009, de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) e de bens intermediários (-4,0%).

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