Policial embriagado bate em muro no DF, atira para o alto e é liberado

Testemunhas dizem que ele bebeu durante festa no Jardim Botânico.
Ele pagou fiança de R$ 800; corregedoria apura o caso, diz corporação.

Do G1 DF

Um policial civil do Distrito Federal bateu o carro no muro de uma casa de um condomínio fechado e disparou três tiros para o alto ao sair do veículo no Jardim Botânico, próximo ao Lago Sul. O homem, que tinha sinais de embriaguez, chegou a ser levado para a 30ª DP, em São Sebastião, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 800. O caso aconteceu no último dia 30 à tarde.

A Polícia Civil informou que o homem se recusou a fazer o teste do bafômetro, porém confirmou que apresentava sinais de embriaguez (olhos vermelhos, hálito etílico e fala embargada). A corporação também disse que o caso será apurado pela Corregedoria. A polícia não informou o cargo do policial nem há quanto tempo ele trabalha na corporação.

Segundo leitores que preferiram não se identificar, havia três festas no local no momento do acidente. "Ele tinha saído de uma delas. Eu estava em uma festa infantil, o aniversariante fez 2 anos, quando ouvimos ele correndo com o carro pelas ruas do condomínio. Ele voltou de ré, entrou em uma rua sem saída e bateu no muro da última casa. O pessoal do condomínio pediu para ele abaixar a bola e a arma caiu no chão. Ele então a pegou e deu os tiros para cima", afirmou um vizinho da residência atingida.

Na hora em que ele levantou, não conseguia ficar em pé direito. Ficava cambaleando. Sem noção. O pior é que, na delagacia, ficou por isso mesmo. Não foi preso nem nada"

leitor do G1, morador do condomínio

O policial civil só foi contido quando um policial militar, morador do local, pegou o revólver e o segurou. "É lamentável. O policial tem que proteger a gente. Correndo daquele jeito ele podia ter atropelado uma criança."

Uma viatura da PM foi chamada e encaminhou o homem para a delegacia de São Sebastião. Ele prestou depoimento, foi autuado em flagrante por embriaguez ao volante, pagou a fiança e foi liberado em seguida.

De acordo com outro leitor que presenciou a cena, era possível perceber que o motorista estava embriagado. Ele reclama da sensação de impunidade. "Na hora em que ele levantou, não conseguia ficar em pé direito. Ficava cambaleando. Sem noção. O pior é que, na delagacia, ficou por isso mesmo. Não foi preso nem nada."