Contador de visitas

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Morre ex-núncio acusado de pedofilia que seria processado no Vaticano

Josef Wesolowski seria o 1º processado no Vaticano por abusos sexuais.
O ex-núncio de 67 anos tinha problema de saúde não divulgados.

Da France Presse
Josef Wesolowski, em missa em Santo Domingo, na República Dominicana, em imagem de março de 2013 (Foto: Manuel Diaz / Arquivo / AP Photo)

Josef Wesolowski, em missa em Santo Domingo, na República Dominicana, em imagem de março de 2013 (Foto: Manuel Diaz / Arquivo / AP Photo)
saiba mais
O ex-núncio polonês Josef Wesolowski, que seria o primeiro processado no Vaticano por abusos sexuais de menores, morreu na madrugada desta sexta-feira (28), informaram fontes da Santa Sé.
O ex-núncio de 67 anos, que atuou na República Dominicana, tinha problemas de saúde não divulgados. Wesolowski foi internado em um hospital no dia 10 de julho, um dia antes do início de seu julgamento. A audiência chegou a ser realizada no dia 11, mas durou apenas sete minutos e foi adiada por tempo indeterminado.
Wesolowski era ex-arcebispo polonês e diplomata papal que foi destituído do sacerdócio no ano passado após denúncias de pagar crianças para realizar atos sexuais.
Os crimes pelos quais o ex-embaixador foi acusado supostamente foram cometidos durante sua estadia em Roma, entre agosto de 2013 e 22 de setembro de 2014, quando foi detido, assim como durante o período em que atuou como núncio na República Dominicana, entre 24 de janeiro de 2008 e 21 de agosto de 2013.
"No primeiro caso se trata da posse de material pedófilo, um crime que o Papa Francisco incluiu em 2013 na legislação vaticana. No segundo caso, são abusos de menores com base em uma acusação apresentada pelas autoridades judiciais de Santo Domingo", explica o Vaticano.
O religioso era acusado de ter mantido relações com menores de idade em um bairro de Santo Domingo. Ele não foi visto em público desde a publicação de notícias sobre isso na imprensa.
A Congregação para a Doutrina da Fé o julgou em junho de 2014. O polonês foi condenado a abandonar o hábito e retornar ao estado laico, a pena máxima para um prelado. Mas o Papa Francisco também ordenou um julgamento penal, algo inédito no Vaticano.
Wesolowski foi detido e colocado em prisão domiciliar em setembro de 2014 para aguardar o julgamento. Em dezembro, ele obteve o direito de maior liberdade de movimento dentro do Estado do Vaticano por motivos de saúde.

Nenhum comentário: