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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Zanon crê em Iziane e ignora indefinição da Fiba: “Quero vaga na quadra”

Zanon tentar garantir na quadra vaga do Brasil para Olimpíadas do Rio 2016.
Foto: CBB
SÃO PAULO - O quarto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 não impede Luiz Augusto Zanon de sonhar com o título da Seleção Brasileira na Copa América/Pré-Olímpico de Edmonton, no Canadá. Isso se deve em parte ao reforço de Iziane à equipe que desafiará o favoritismo das donas da casa para não depender da Federação Internacional de Basquete (Fiba) para estar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.
A vaga direta do Brasil nas Olimpíadas depende da quitação da dívida que a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) contraiu com o convite à Seleção masculina ao Mundial de 2014, na Espanha. O País apresentou durante o Pan um plano de pagamento e agora espera a resposta. A decisão da Fiba sai na reunião do comitê executivo, entre 7 e 9 de agosto, em Tóquio.
A Copa América/Pré-Olímpico de Edmonton começa no dia 9 de agosto e garante apenas seu campeão no Rio de Janeiro. O vice-campeão e os outros semifinalistas vão ao Pré-Olímpico Mundial. Sem os Estados Unidos, já classificados por serem campeões mundiais, o Brasil precisa superar o favorito Canadá e também Cuba, equipes pelas quais foi derrotado no Pan.
“Esse problema da vaga não foi criado pela gente. A dívida não foi criada pela gente. Conseguimos tudo na quadra. Esse problema de pagamento é administrativo e vamos continuar buscando as coisas na quadra”, disse Zanon. “É um objetivo dificílimo e tem um favoritismo enorme do Canadá, mas o importante é atingirmos nosso limite”.
Para buscar a vaga olímpica, o técnico promoveu o retorno de Iziane à Seleção Brasileira depois de três anos. Ausente desde os Jogos Olímpicos de Londres 2012, em que foi dispensada por ter levado o namorado à concentração durante a preparação na França, ela participou de um período de treinos da equipe nacional em Campinas e agradou o treinador.
Com passagens pela WNBA, ela já tinha ficado fora do grupo nacional por dois anos após brigar com o técnico Paulo Bassul durante o Pré-Olímpico Mundial de 2008, em Madri. Voltou e jogou o Mundial de 2010, o Pan de Guadalajara 2011 e integraria a Seleção em Londres.
A pivô Nádia, sem contrato na WNBA, também chega para reforçar o time quarto colocado no Pan de Toronto 2015, assim como a jovem armadora Izabela Nicoletti, de 15 anos de idade. No evento multiesportivo, o Brasil comandado por Zanon perdeu na semifinal para o Canadá por 91 a 63. Na disputa pelo quarto lugar, caiu para Cuba por 66 a 62.
“Tracei um plano para a Iziane e ela cumpriu exatamente o trabalho físico e o treino que a gente queria porque o basquete hoje é muito mais físico, não só técnico. Ela sentiu nesse retorno a grande oportunidade de estar na Seleção em 2016. Podem acontecer mil coisas até o campeonato, mas até hoje ela correspondeu a todos os aspectos que foram propostos”, garantiu.
Zanon assumiu a Seleção Brasileira feminina de basquete em 2013 com a missão de renovar a equipe depois do fracasso nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, em que venceu apenas uma partida e foi eliminada ainda na primeira fase. Para jogar na capital inglesa, o País foi campeão do Pré-Olímpico de 2011, na cidade colombiana de Neiva, sob o comando de Ênio Vecchi.
O time que levará a Edmonton, sem Érika, Clarissa e Damiris, que atuam na WNBA, tem média de idade de 26 anos. A mais nova é Izabela Nicoletti, revelação do basquete nacional com 15 anos. A mais velha, a pivô Kelly, de 35 anos e medalhista de bronze com a Seleção nos Jogos de Sydney 2000.
“Seria decepcionante o Brasil não estar nas Olimpíadas em casa porque esse grupo só vai amadurecer se passar por todos os estágios. A modalidade já está com problema, vem enfrentando escassez de atletas, de grandes clubes. Ficar fora dos Jogos no seu País não é bom. A vaga pelo menos dá mais fôlego para a gente continuar com coisas novas”, avaliou o treinador.
O Brasil integra o Grupo B da Copa América/Pré-Olímpico, ao lado de Venezuela, Argentina, Ilhas Virgens e Equador. A estreia é no dia 9 de agosto, domingo, contra as venezuelanas. Antes disso, testa a força de sua equipe em um amistoso contra o Canadá, nesta sexta-feira. Além das donas da casa, o Grupo A tem Cuba, República Dominicana, Chile e Porto Rico.
Os dois primeiros colocados de cada chave avançam à semifinal, em que se enfrentam em sistema de cruzamento olímpico por um lugar na final e a chance de garantir a vaga no Rio. A última oportunidade de se classificar aos Jogos é um mês antes do evento, no Pré-Olímpico Mundial, de 4 a 10 de julho de 2016.

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