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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Estiagem causa danos a rebanhos, plantações e reservas florestais

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Devido às altas temperaturas, pelo menos sete cidades do estado decretaram situação de emergência; houve elevação do número de focos de incêndio
Na região Centro-Oeste do estado a estiagem tem causado falta de pasto para o gado
Na região Centro-Oeste do estado a estiagem tem causado falta de pasto para o gado (Foto: Reprodução TV Mirante )
São Luís - A estiagem começa a causar vários danos em diferentes partes do território maranhense. Devido às altas temperaturas, pelo menos sete cidades do estado decretaram situação de emergência. Além disso, plantações de soja e rebanhos começam a ter perdas de produção e as reservas florestais registram, a cada dia, elevação do número de focos de incêndio. Estes e outros problemas foram apresentados na edição de ontem, 25, do Globo Rural, por meio de reportagem produzida pela TV Mirante e pelo jornalista Antônio Filho.
Na região Centro-Oeste do estado, por exemplo, além da falta de pasto para o gado, a ausência de água para abastecer o rebanho causa a morte de animais. Em açudes, por exemplo, não há água para consumo humano e abastecimento das necessidades das criações pecuárias.
Em Balsas, de acordo com os produtores da região, a safra deste ano de soja será prejudicada. A queda no potencial de produção do produto, segundo os economistas, deverá se refletir nos índices de exportação dos agricultores que cultivam o produto na região sul do território maranhense.
Além de trazer perdas para a agricultura e pecuária, as altas temperaturas também prejudicam as reservas ambientais. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Maranhão é um dos três estados brasileiros com maiores índices de queimadas no país. Segundo o órgão, somente este ano, foram registrados 21 mil focos de incêndios no país – índice 16% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Uma das reservas atingidas pelas altas temperaturas é a Terra Indígena Arariboia, localizada no sudoeste do estado, que foi atingido há mais de 40 dias por um incêndio (agravado também pela ação dos madeireiros na região). De acordo com informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cerca de 45% da área total da reserva já foi atingida pelas chamas. Ainda segundo o Ibama, o incêndio na reserva ainda não está controlado, no entanto, não deverá atingir as zonas indígenas de moradia (constituídas por representantes das tribos Awa-Guajá e Guajajara).
Em visita à Terra Indígena Arariboia na sexta-feira, 23, a presidente do Ibama, Marilene de Oliveira Ramos, anunciou o aumento do número de equipes de fiscalização locais, para impedir a ação dos exploradores de madeira, e a intensificação do número de voos de aeronaves que sobrevoam a área e lançam água nos focos encontrados. O governo chileno encaminhou no domingo (17), por meio de aviões da Força Aérea do país, mais de vinte mil litros de substância que, diluída em água, potencializa a ação do líquido para o controle do fogo.
Saiba mais
No total, para o combate das chamas na reserva Arariboia, o Ibama atua com 123 brigadistas, dos quais 58 são de origem indígena. Além do Ibama, também atuam no controle do incêndio a Fundação Nacional do Índio (Funai), o exército, o Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), a Polícia Militar do Maranhão PMMA) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
Números
123 brigadistas auxiliam no combate ao incêndio na reserva Arariboia
20 mil litros de substância foram fornecidos por autoridades chilenas para o controle do incêndio

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