Contador de visitas

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

STF vai decidir hoje futuro do impeachment de Dilma

  •  
Ministros vão decidir se o processo aberto na Câmara Federal deve ter prosseguimento ou se deve ser reiniciado dentro das normas determinadas
STF vai decidir hoje futuro do impeachment de Dilma
Brasília

Edison Fachin, do STF (Foto: Ag. STF)

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), entregou ontem aos demais ministros da Corte uma prévia do voto que vai proferir no julgamento de hoje sobre a validade das regras do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O STF decide em sessão, a partir das 14 h, se o processo contra Dilma deve ou não continuar, e de que forma continuará.
Fachin é relator da ação na qual do PCdoB, partido da base aliada do governo, questiona a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment. A ação questiona também alguns artigos do Regimen­to Interno da Câmara dos Deputados.
Na semana passada, o ministro antecipou que adotaria a medida para facilitar o debate durante o julgamento. Antes da sessão das turmas do Supremo, na tarde de ontem, Fachin entregou um envelope lacrado a cada ministro. O voto contém cerca de 100 páginas.
Sessão
A sessão vai começar pela leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 30 minutos para que PT, PSDB, DEM, PSOL e a União Nacional dos Estudantes (UNE) se manifestem sobre a ação. Os partidos e a UNE foram autorizados pelo ministro a se ma­nifestar no processo. Após as manifestações, os ministros começam a votar.
Na quarta-feira, 9, ao decidir suspender a tramitação do pedido de impeachment, Fachin disse que vai propor o rito que deverá ser seguido pelo Congresso Nacional. Segundo o ministro, seu voto permitirá que o processo pos­­sa continuar sem questionamentos sobre sua legalidade.
O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi aceito, no início deste mês, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha aceitou o pedido protocolado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal.
Ontem, a Câmara Federal também encaminhou ao Supremo suas contrarrazões para justificar a abertura do impeachment. Os argumen­tos apresentados pela Mesa Diretora são uma espécie de contraponto ao que disseram o governo, o Senado e o Ministério Público.
As alegações da Câmara têm amparo no que dizem o PSDB e o DEM, partidos que apoiam a abertura do processo de impeachment nos moldes do que foi feito na Casa. Todas as partes envolvidas serão chamadas a falar na sessão.
Mais
O Instituto Datafolha ouviu os brasileiros sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e constatou que algo em torno de 64% apoiam o afastamento. O instituto paulista, no entanto, não questionou a população sob a forma como foi aberto o processo na Câmara Federal, que pode acabar sendo interrompido no STF.
Conselho de Ética aprova processo contra Cunha
Pedido de cassação do presidente da Câmara poderá, a partir de agora, ser votado no plenário; deputados denunciam que ele pode renunciar

Eduardo Cunha (Foto: Ag. Cãmara)
BrasíliaOs 20 membros do Conselho de Ética votaram ontem pela admissibilidade do parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cu­nha (PMDB-RJ). A partir de agora, o processo pode ir à votação no Plenário.
Durante a reunião, o deputado Chico Alencar (PSol-RJ) denunciou o que pode ser uma estratégia de Cunha para não perder o mandato. Segundo o líder do PSol, o presidente renunciará ao comando da Casa para não perder o mandato e a imunidade.
Após o resultado, aliados de Cunha anunciaram recurso na Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Arthur Lira (PP-AL), um dos principais aliados do presidente. Eles argumentam que o Conselho de Ética impediu um novo pedido de vista, o que provocaria o oitavo adiamento.

Votaram a favor de Cunha os deputados Cacá Leão (PP-BA), Erivelton Santana (PSC-BA), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), Ricardo Barros (PP-PR), Vinicius Gurgel (PR-AP), Washington Reis (PMDB-RJ), Wellington Roberto (PR-PB), João Carlos Bacelar (PR-BA) – suplente - e Manoel Júnior (PMDB-PB) - suplente.
Votaram pelas investigações Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Fausto Pinato (PRB-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), Leo de Brito (PT-AC), Marcos Rogério (PDT-RO), Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS), Paulo Azi (DEM-BA), Sandro Alex (PPS-PR), Zé Geraldo (PT-AC), Valmir Prascidelli (PT-SP), Rossoni (PSDB-PR) - suplente. l

Nenhum comentário: