Contador de visitas

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Socorrão I está sem remédios básicos e materiais de higiene

Faltam materiais para curativo, luvas cirúrgicas e até papel higiênico no hospital, que é referência em atendimento a vítimas de atropelamento e ferimentos por arma de fogo; médicos fizeram manifestação ontem


No Socorrão I, pacientes permanecem internados nos corredores
No Socorrão I, pacientes permanecem internados nos corredores (Foto: Flora Dolores / O Estado)
Médicos do Hospital Municipal Djal­ma Marques (Socorrão I) protestaram na manhã de ontem contra as condições de trabalho na unidade de saú­de. Segundo eles, medicamentos básicos, como Dipirona, estão em falta. Luvas, materiais cirúrgicos e até de limpeza estão em falta no hospital, que é uma das principais unidades da capital referência para atendimento a vítimas de atropelamentos e ferimentos por arma de fogo. Esta semana, a categoria vai se reunir com a secretária Municipal de Saúde, Helena Duailibe, para tratar do assunto.

O protesto foi organizado pela Associação dos Médicos dos Socorrões, que alega não haver condições de trabalho na unidade. Segundo Ériko Cantanhede, presidente da entidade, faltam até fios cirúrgicos, que são usados para a sutura de ferimentos. “Faltam também luvas, material para curativo, dipirona e outros insumos ne­cessários para o atendimento aos pacientes que vêm até a unidade”, informou.

Outro problema é a falta de material de limpeza e higiene. De acordo com Ériko Cantanhede, até papel higiênico estaria faltando. “O hospital tem diversos problemas estruturais. Esse processo de sucateamento vem ocorrendo há alguns anos, mas acentuou-se nesta gestão municipal”, disse o médico. Além disso, o pagamento dos profissionais que atendem na unidade também está em atraso, conforme a Associação dos Médicos dos Socorrões.
Referência 
O Socorrão I é um dos principais hospitais de referência em urgência e emergência da capital. “O hospital atende principalmente procedimen­tos relacionados a traumas como atro­pelamentos e ferimentos por arma branca e de fogo”, explicou. Os problemas da unidade são antigos. Em dezembro de 2015, O Estado ouviu profissionais que trabalham na unidade de saúde. Segundo eles, além do acúmulo de pacientes nos corredores, faltam insumos como gazes, materiais para curativo, filtros antimicrobianos, entre outros, no hospital.

Em reportagem publicada na edição do dia 29 de dezembro, os servidores ouvidos denunciaram que naquela semana não teriam fitas de glicemia, para verificar a taxa de açúcar de pacientes. Outros funcionários do Socorrão I também informaram que, durante os plantões dos períodos matutino e vespertino, há ausência de remédios para dor e objetos para realização de simples nebulizações.

Ériko Cantanhede informou que esta semana a entidade e a Semus deverão se reunir para debater os problemas do Socorrão I. “Já tivemos várias reuniões. Essa vai ser mais uma para tratar do assunto. Esperamos que dessa vez tenhamos algum resultado”, disse.
A Prefeitura de São Luís foi procurada, mas até o fechamento desta página não respondeu aos questionamentos.
NÚMEROS
200 mil atendimentos são feitos por mês no Socorrão I

450 médicos atendem nos Socorrões I e II

Nenhum comentário: