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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Veja o esquema de saúde montado para a Olimpíada no Rio

Prefeitura prevê 22 mil atendimentos de saúde em áreas olímpicas.
Número é o dobro do registrado nos Jogos de Londres, em 2012.

Cristina BoeckelDo G1 Rio

Emergência do Hospital Albert Schweitzer, uma das unidades de referência da Olimpíada (Foto: Ricardo Cassiano/ Prefeitura do Rio)

Emergência do Hospital Albert Schweitzer, uma das unidades de referência da Olimpíada (Foto: Ricardo Cassiano/ Prefeitura do Rio)
O sistema de saúde pública organizado para atender as ocorrências da Olimpíada no Rio de Janeiro prevê o dobro de atendimentos que foram realizados dentro de instalações olímpicas ao longo dos Jogos de Londrers, em 2012. De acordo com a previsão da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, 22 mil pessoas devem buscar atendimento dentro do perímetro onde estarão sendo realizadas as competições.

O esquema de saúde prevê que as unidades de referência para o público que irá assistir as competições sejam os hospitais municipais da cidade: Lourenço Jorge, Miguel Couto, Souza Aguiar, Salgado Filho e Albert Schweitzer; além das Coordenações de Emergência Regional da Barra da Tijuca, do Leblon e do Centro e a Unidade de Pronto Atendimento do Engenho de Dentro.
O encaminhamento acontecerá de acordo com a zona de competição. Na área do Maracanã, os hospitais que atenderão as ocorrências são o Salgado Filho, no Méier, e o Souza Aguiar, no Centro. Em Copacabana, que receberá as provas de maratona aquática e triatlo, e na Lagoa, que receberá as provas de canoagem, as ocorrências serão encaminhadas para o Hospital Miguel Couto. Na Barra da Tijuca, onde está o Parque Olímpico, o campo de golfe e o Riocentro, que receberá as provas de levantamento de peso; a unidade de referência é o Hospital Lourenço Jorge. Em Deodoro, onde está o Parque Radical e onde vão acontecer as provas de hipismo, as ocorrências serão encaminhadas, principalmente, para o Hospital Albert Schweitzer.
Para o evento, as unidades de saúde receberam melhorias com o objetivo de melhorar e ampliar o atendimento aos visitantes. O Hospital Souza Aguiar foi totalmente climatizado e a sala de atendimento para múltiplas vítimas passou por reformas. A unidade também recebeu um novo tomógrafo, equipamentos do centro cirúrgico, respiradores, aparelho de ultrassonografia e macas.
Na quinta-feira (14), o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, ganhou uma nova emergência após um período de reforma. O local ganhou alas exclusivas para o atendimento de emergências para adultos, crianças e gestantes. A ideia é que a reforma beneficie 15 mil pessoas por mês.
Já o Hospital Municipal Miguel Couto recebeu reforma da sala de trauma e, em julho, três leitos de isolamento de altíssimo padrão serão entregues, para o caso de isolamento de pacientes em caso de suspeita de introdução de alguma nova doença.
Superlotação foi destacada no relatório do Cremerj sobre o Hospital Salgado Filho (Foto: Divulgação/ Cremerj)

Superlotação foi destacada no relatório do Cremerj
sobre o Hospital Salgado Filho
(Foto: Divulgação/ Cremerj)
Uma vistoria do Conselho Regional de Medicina do Rio verificou diversas irregularidades no Hospital Salgado Filho. Entre os problemas estão a superlotação, falta de acomodação para crianças e medicamentos fora do prazo de validade, como mostrou o G1.
Secretário: cidade está preparada
Em entrevista ao G1 no dia sete de julho, o secretário de Saúde, Daniel Soranz, a cidade está preparada para receber um grande número de visitantes e lidar com qualquer problema que possa surgir.
"A cidade está totalmente preparada e a Secretaria Municipal de Saúde tem experiência na preparação de eventos de massa, como o Pan, Jogos Mundiais Militares, a Jornada Mundial da Juventude, o Réveillon e o carnaval, por exemplo", afirmou Soranz.
O secretário afirmou que o plano para o evento foi elaborado com antecedência.
“Nosso plano de ação foi elaborado há quatro anos, em parceria com os poderes federal e estadual. Mais de 15 mil profissionais estão envolvidos”, enfatizou o secretário.
Sobre a necessidade de atendimento imediato, ele citou que postos de atendimento à população serão instalados em vários pontos da cidade e que as demandas da maioria dos visitantes será plenamente atendida porque é de baixa complexidade.
“A maioria dos problemas que os turistas têm geralmente é de baixa complexidade, e eles podem procurar as clínicas da família e centro municipais de saúde, com padrão internacional de atenção primária”, afirmou o secretário.
Mais de 140 ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde reforçarão o serviço do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e serão operadas pela Secretaria Estadual de Saúde, com recursos de R$ 30 milhões que foram repassados pelo Fundo Nacional de Saúde.
Prevenção de novas doenças
A possibilidade de que novas doenças sejam introduzidas no território brasileiro também faz parte das preocupações da Olimpíada e Paralimpíada no Rio. Pelas competições acontecerem no período do inverno, há a preocupação de que os postos de saúde tenham vacinas para doenças que estão erradicadas na cidade, mas não em outros países, como o caso do sarampo, rubéola e a poliomielite, por excemplo. A gripe também é uma preocupação, já que a doença é uma das principais causas de internações nesta época do ano, como informa a Secretaria Municipal de Saúde.
Os profissionais de saúde também receberão mais informações sobre as doenças que devem ser obrigatoriamente notificadas às autoridades e devem permanecer em contato com o Centro de Informações Estratégicas e de Vigilância em Saúde (CIEVS).
Todos os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde estarão em atividade no período olímpico para atender a demanda da cidade e dos visitantes, já que há a previsão de aumento no número de atendimentos.
A Policlínica Olímpica, que ficará dentro da Vila dos Atletas, atenderá os competidores, comissões técnicas e outros membros das delegações e da força de trabalho da Rio 2016. O local conta com equipamentos de exames novos que ficarão para o sistema de saúde pública da cidade após as competições.
Caso seja necessária alguma internação, dois hospitais privados firmaram convênios com os organizadores para o atendimento: os hospitais Samaritano da Barra e Vitória.

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