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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Brasil repete 0 a 0 diante do Iraque e revolta torcida

 

  • Na próxima quarta-feira (10), o Brasil enfrentará a equipe da Dinamarca.
O novo 0 a 0 deixou o Brasil em baixa com a torcida.
O novo 0 a 0 deixou o Brasil em baixa com a torcida. - Foto: Evaristo Sá/AFP
BRASÍLIA - A Seleção Brasileira de futebol masculino permanece sem marcar nem sofrer gols nos Jogos Olímpicos. Neste domingo, no Mané Garrincha, o time dirigido por Rogério Micale repetiu o desempenho ruim da estreia contra a África do Sul e lamentou outro 0 a 0, desta vez com o nada tradicional Iraque e sob vaias mais intensas.
“Olê, olê, olá! Marta, Marta!”, chegou a gritar o público em Brasília, comparando o bom rendimento do futebol feminino do Brasil nas Olimpíadas com a fraca campanha dos homens. A hostilização aos atletas foi generalizada, porém, no princípio do segundo tempo, quem mais sofreu com a revolta popular foi o meia Renato Augusto.
O novo 0 a 0 não deixou o Brasil apenas em baixa com a sua torcida. Em situação delicada, o time anfitrião dos Jogos Olímpicos tem os mesmos 2 pontos do Iraque no grupo A da competição, atrás Dinamarca (4) e à frente da África do Sul (1), derrotada pelos dinamarqueses por 1 a 0 (com gol de Robert Skov) na partida preliminar.
A definição dos classificados da chave ocorrerá às 22 horas (de Brasília) de quarta-feira. Na Fonte Nova, a Seleção Brasileira terá a chance de se redimir – talvez a última – contra a Dinamarca, enquanto Iraque e África do Sul duelarão em Itaquera.
O jogo
A Seleção Brasileira teve três dias para remoer a frustrante igualdade sem gols com a África do Sul em sua estreia nas Olimpíadas. Quando a partida contra o Iraque começou, no entanto, os problemas da equipe de Rogério Micale ainda eram os mesmos.
Havia muito espaço entre o setor criativo do Brasil e o afobado trio de atacantes formado por Gabriel, Neymar e Gabriel Jesus. O último deles continuava com a pontaria ruim – diante dos sul-africanos, desperdiçou uma oportunidade inacreditável, chutando a bola na trave com o gol escancarado.
Na defesa, mesmo que o Iraque tenha atuado retraído, o Brasil também assustava a sua torcida. Como aos 11 minutos, quando o atrapalhado goleiro Weverton saiu mal do gol, na tentativa de cortar uma cobrança de lateral de Ismail. Abdul-Raheem desviou a bola com a cabeça e quase acertou o alvo.
Assim como ocorreu diante da África do Sul, Neymar começou a se irritar com as adversidades. Reclamou de faltas duras e leves e abusou do individualismo em determinados momentos. Só fez a Seleção se aproximar do gol em jogadas de bola parada, após o seu time dar sinais de evolução em alguns lances pelos lados do campo.
Neymar quase marcou um gol olímpico aos 35 minutos – parou na defesa do goleiro Hameed. Pouco mais tarde, cobrou uma falta na barreira, e a bola sobrou para Renato Augusto girar e chutar forte. No travessão.
A chance criada não foi suficiente para evitar as vaias do público em Brasília no intervalo. O Brasil desceu para o vestiário apressado – e com um abatido Gabriel Jesus sendo consolado por Renato Augusto. Na volta para o campo, Luan estava no lugar do discreto Felipe Anderson, alteração também feita na primeira rodada.
Como a Seleção não melhorou, Micale promoveu outra mudança em menos de dez minutos, com Rafinha na vaga de Gabriel Jesus. A torcida queria que mais um jogador saísse – Renato Augusto, vaiado sempre que encostava na bola.
Com o meia do Beijing Guoan, da China, no gramado, o Brasil desesperou-se e desorganizou-se para abafar o Iraque de todas as maneiras. A torcida ainda deu uma trégua e tentou colaborar com a pressão nacional. Até Renato Augusto perder um gol sem goleiro nos acréscimos, justificando toda a indignação no Mané Garrincha. Aplausos, apenas para o Iraque.

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