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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Justiça manda soltar manifestantes presos pela PM em ato contra Temer

   BRUNO BOCCHINI / AGÊNCIA BRASIL

  •  Dos 27 presos, 18 foram soltos nessa segunda-feira.

Manifestantes foram presos no último domingo (4)
Manifestantes foram presos no último domingo (4) - Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil
SÃO PAULO - Justiça mandou soltar nesta segunda-feira (5), 18 dos 27 manifestantes detidos em protesto nesse domingo (4), pela Polícia Militar, contra o presidente da República, Michel Temer, na capital paulista. A decisão ocorreu em audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Todos os manifestantes soltos são maiores.
No momento em que deixaram o fórum, eles foram saudados por um grupo de cerca de 30 pessoas, que, juntos com os jovens soltos, gritaram “fora, Temer”, e “não tem arrego”.
“O Poder Judiciário entendeu que essa decisão foi ilegal. O juiz relaxou a prisão ao entender que não houve cometimento de crime nenhum por parte das pessoas que estavam detidas hoje”, disse o advogado ativista Marcelo Feller. De acordo com ele, a partir da decisão, os jovens não responderão mais ao processo criminal, mas poderão. “Nas palavras do juiz, ele disse que vivemos, independentemente de entendimentos políticos de todos, dias tristes para nossa democracia, e disse textualmente: triste do povo em que seus cidadãos têm que aguentar as coisas de boca fechada”, conta Feller, que acompanhou a audiência de custódia.
Segundo uma manifestante que se identificou como Sofia, uma das detidas, apesar de a prisão ter ocorrido por volta das 15h30, até as 17h eles não haviam sido informados qual o motivo da detenção. “Foi tudo um grande abuso de poder, todo mundo falando que eram ordens superior. Forjaram provas e ainda puseram armas [brancas] falando que tínhamos que dizer que eram nossas”. De acordo com Sofia, no momento em que foram presas, as mulheres detidas foram obrigadas a se dirigirem ao banheiro da estação de metrô Vergueiro e a ficarem nuas para serem revistadas por policiais femininas.
“Durante o enquadro, um policial começou a me revistar e me disse: você eu conheço. E me deu um soco na minha costela. Na sequência, ele pegou uma barra de ferro azul entortada e disse: ela é sua. E no boletim consta como se a barra fosse minha. Diz que estava na minha mochila. mas eu nem tinha mochila”, conta um dos detidos, que se identificou como Gabriel.
Em coletiva de imprensa, o comandante do Policiamento da Capital, Dimitrios Fyskatoris, defendeu a atuação da PM e disse não reconhecer nenhum excesso da tropa

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