Economia
O ligeiro avanço em dezembro foi determinado pela componente mídia.
Agência Brasil
Em novembro, o indicador já havia registrado alta. (Foto: Reprodução)
BRASÍLIA
- O Indicador de Incerteza da Economia avançou 0,8 ponto entre novembro
e dezembro deste ano, passando de 112,8 pontos para 113,6 pontos. Os
dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia
da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em novembro, o indicador já havia
registrado alta em relação a outubro, quando estava em 111 pontos.
Para
o economista da FGV, Pedro Costa Ferreira, o país termina o ano com um
desvio padrão do indicador de incerteza acima da média histórica. “Como
já havíamos ressaltado anteriormente, as dificuldades para aprovar as
reformas estruturantes, o desequilíbrio fiscal e as divisões
político-partidárias parecem criar dificuldades para que a incerteza
econômica volte para o seu nível histórico.”
O
ligeiro avanço em dezembro foi determinado pela componente mídia, que
registrou alta de 3,7 pontos no mês, contribuindo com 3,3 pontos para o
comportamento do índice geral, segundo a fundação.
O
IIE-Br mercado e o IIE-Br expectativa apresentaram comportamento
inverso. O componente de mercado registrou queda de 6,2 pontos de
novembro para dezembro, contribuindo com -0,8 ponto na composição do
IIE-Br de dezembro; enquanto o componente expectativa registrou queda de
queda de 6,8 pontos e contribuição de -1,7 para a componente
expectativa.
Para 2018, o economista prevê
ainda mais volatilidade no indicador. “Fica difícil imaginar que o
patamar do IIE-BR fique abaixo dos 110 pontos e, devido as eleições,
espera-se que o indicador fique ainda mais volátil.”, afirmou, em
boletim divulgado pela FGV.
Queda
Apesar
de fechar o ano em alta, o IIE-Br fechou o ano com queda expressiva em
relação a janeiro, registrando 127,3 pontos, e terminando em dezembro
com 113,6 pontos, uma queda de 13,7 pontos no nível de incerteza da
economia brasileira.
Já em fevereiro houve
queda significativa, descendo a 118,8 pontos; voltando a subir para
122,7 pontos em março; caindo para os mesmo 118,8 pontos de fevereiro a
abril, até atingir o maior patamar em junho de 2017: 142,5 pontos.
Em
julho, voltou a cair, mais ainda assim fechou no segundo maior patamar
de incerteza do ano: 136 pontos. Continuou a trajetória de queda,
totalizando quatro meses consecutivos de retração, chegando a outubro em
111 pontos – o menor patamar do ano. Daí para frente, voltou a cair até
dezembro.
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