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quarta-feira, 7 de março de 2018

2.438 casos de violência contra a mulher registrados este ano em SL

Violência
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Agressões sofridas geralmente acontecem com pessoas em perfis já delimitados, sobretudo com aquelas mulheres com baixa escolaridade, que possuem pouco conhecimento escolar, assim como aquelas com poder aquisitivo baixo
Mulheres são mais vítimas de ameaça.

Mulheres são mais vítimas de ameaça. (Foto: Paulo Soares / O Estado)
SÃO LUÍS - Desde a inauguração da Casa da Mulher Brasileira, com atendimento em 14 de novembro de 2017, 2.438 casos de violência contra a mulher foram notificados. Entre os tipos de violência mais sofridos pelas vítimas estão os casos de ameaça, que são recorrentes.
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Segundo a delegada titular da Delegacia da Mulher, Wanda Moura Leite, as mulheres têm sofrido principalmente com as ameaças, que muitas vezes acabam se cumprindo. Em segundo lugar, estão os crimes de injúria e difamação, seguidos pelos atos de agressão física.
Devido às agressões físicas e verbais, e muitas vezes por medo, o número de pedidos e ordens para medidas protetivas aumentou consideravelmente nos últimos tempos. Conforme dados da Delegacia da Mulher, de novembro a fevereiro, 1.018 medidas foram solicitadas às Justiça. Em dezembro, foram 292 solicitações e em janeiro 265.
Proteção de ameaça
O pedido de medida protetiva ocorre quando a vítima se sente ameaçada pelo agressor que, em alguns casos, pode ser da família, com também pelos parceiros e acompanhantes. “Esses são casos de sérios e a mulher deve ser atendida com o máximo de urgência, visto que coloca em risco sua convivência em sociedade”, destacou a delegada Wanda Moura Leite.
As agressões sofridas geralmente acontecem com pessoas em perfis já delimitados, sobretudo com aquelas mulheres com escolaridade baixa, que possuem pouco conhecimento escolar, assim como aquelas com poder aquisitivo baixo, que têm apenas a renda dos companheiros no lar. “As mulheres geralmente se sentem presas aos parceiros por causa disso, principalmente quando elas têm filhos”, frisou a delegada.
Porém, mesmo nesses casos as mulheres estão denunciando mais os casos de violência. Segundo Wanda Moura, isso está ocorrendo com uma frequência maior, porque as mulheres estão conhecendo mais seus direitos diante da lei e se sentindo mais seguras para denunciar, porque sabem que terão apoio da lei.
SAIBA MAIS
Para homenagear as mulheres no Dia Internacional da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira realizará amanhã, dia 8, em diversos locais de São Luís, como, por exemplo, em escolas e praças, palestras com temas diversificados.
A programação acontece também na Casa da Mulher, que promoverá um café da manhã às 8h, com as mulheres que sofreram violência, além da assinatura de alguns decretos que reforçarão os direitos das mulheres.

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