Economia
A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%.
Agência Brasil
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O mercado continua a prever inflação abaixo do piso da meta. (Foto: Agência Brasil)
BRASÍLIA
- O mercado financeiro continua a prever inflação abaixo do piso da
meta para este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela quarta vez seguida, ao passar de 2,88%
para 2,83%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação
divulgada semanalmente no site do Banco Central (BC) com projeções para
os principais indicadores econômicos.
A
meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro
4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica
fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do
descumprimento da meta.
No boletim da semana
passada, as instituições financeiras já haviam reduzida a projeção para
abaixo da meta. Em setembro, a estimativa também ficou abaixo do piso,
mas depois voltou a ficar dentro do intervalo de tolerância.
Se
a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será
descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro
vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015.
Nos 11 meses
do ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 2,5%, o
menor resultado acumulado para o período desde 1998 (1,32%). Em janeiro,
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai informar o
resultado do IPCA neste ano.
Para 2018, a projeção do mercado financeiro para o IPCA caiu de 4,02% para 4%.
O
principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa
básica de juros, a Selic, atualmente em 7% ao ano, o menor nível
histórico. No último dia 6, a Selic foi reduzida pela décima vez
seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom)
diminuiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para 7% ao ano.
A
expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2018 segue
em 7% ao ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto
(PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, subiu de
0,91% para 0,96% neste ano, e de 2,62% para 2,64% em 2018.
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