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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sampaio arranca empate no fim e leva decisão para SP

Contra o Palmeiras, time tricolor marcou o gol de empate aos 41 do segundo tempo.
Foto: Heider Matos/Imirante.com.
SÃO LUÍS – Um adversário um pouquinho “estranho”. O Sampaio enfrentou um Palmeiras diferente na noite desta quarta-feira (29) pela segunda fase da Copa do Brasil. Diferente porque o Verdão foi a campo com sua camisa azul e com um time recheado de reservas, sem suas principais estrelas. Mesmo assim, era o poderoso Palmeiras quem estava no Estádio Castelão. Pode até ser uma equipe de Série A, mas o Sampaio não se intimidou. A equipe maranhense teve chances e jogou de igual para igual durante os noventa minutos. O Palmeiras chegou a sair na frente, mas o Sampaio empatou no fim do jogo. E o 1 a 1 ficou no placar.
A partida desta quarta-feira ficou longe de ser um espetáculo de futebol. Teve alguns bons lances de perigo, mas deixou a desejar. Jogando em casa, o Sampaio fez um jogo até seguro, criou oportunidades de gol, mas também se viu em apuros, principalmente no segundo tempo. E, após causar alguns sustos na etapa final ao time maranhense, o Palmeiras chegou ao gol aos 23. Cristaldo foi o autor do tento.
No entanto, quando tudo indicava que a vitória seria palmeirense, Pimentinha fez grande jogada pela direita e cruzou para Cleitinho, que não perdoou aos 41 minutos: 1 a 1.
Com o resultado desta quarta-feira, Sampaio Corrêa e Palmeiras voltam a se enfrentar pela Copa do Brasil somente no dia 12 de maio. O jogo que define qual time avançará para a terceira rodada ocorrerá no Allianz Parque, em São Paulo.
Uma vitória simples ou empate com mais de dois gols (2 a 2, 3 a 3, etc.) classifica o Sampaio para a próxima fase da Copa do Brasil. Ao Palmeiras, basta um empate por 0 a 0. Caso o jogo de volta termine empatado em 1 a 1, a vaga para a terceira fase do torneio nacional será decidida nos pênaltis.
Jogo morno e nada de gols
Cinco minutos. Foi o tempo suficiente para que o Sampaio assustasse o Palmeiras. Pimentinha começou o jogo a todo vapor. Pela direita ele avançou e viu Robert livre na área. Decidiu cruzar, mas a bola foi forte demais. Robert até se esticou todo, mas não deu. Quase o time da casa abre o placar.
Aos 9, Raí arriscou de longe, mas o goleiro Jailson defendeu com tranquilidade. Melhor em campo, o Sampaio tentava pressionar. Mas o ímpeto ofensivo do tricolor diminuiu. O Palmeiras conseguiu se estabilizar em campo e equilibrar o duelo.
Se o Sampaio havia assustado o Palmeiras, foi a vez de o time paulista assustar a defesa tricolor. Quando o relógio marcava 19 minutos, Renato perdeu gol inacreditável no Castelão. Victor Luis cruzou com perfeição, mas volante do Verdão não soube o que fazer. A bola bateu no ombro de Renato e foi para fora. Que susto!
Após respirar aliviado, o torcedor do Sampaio se animava quando Pimentinha pegava a bola. O camisa 11 tricolor chamava o jogo e infernizava os defensores do Palmeiras. Pena que Pimentinha pecava nas finalizações. E o 0 a 0 persistia.
Após um longo período morno e sem boas jogadas, o Sampaio criou aos 43. Após boa tabela de Robert com Válber, a bola chegou em Willian Simões. O lateral avançou e chutou cruzado. A bola foi para fora. No lance seguinte, quase um golaço do Palmeiras. Ayrton arriscou de longe, e a bola triscou no travessão no último lance da primeira etapa.
Enfim, gols
Assim como na primeira etapa, Pimentinha fez boa jogava pela direita e rolou para Robert. O atacante tentou finalizar de letra, mas errou. Alívio palmeirense com menos de quarenta segundos de bola rolando. No lance seguinte, foi a vez do Palmeiras ficar no quase. Alan Patrick arriscou de fora da área e quase abre o placar. Milton Raphael fez uma defesa incrível mandando a bola para escanteio.
O segundo tempo tornou-se palmeirense. O time paulista cresceu no confronto. O Palmeiras pressionava o Sampaio em busca do gol. Enquanto isso, a equipe da casa não conseguia manter a bola nos pés. Melhor para o Verdão que parecia estar próximo de tirar o zero do placar.
Aos 19, o Sampaio voltou a ameaçar. Válber fez boa jogada e lançou Cleitinho, que acabara de entrar. Com fôlego de sobra, Cleitinho chutou forte, mas parou no goleiro Jailson. No entanto, o lance já não valia mais: o impedimento do meia tricolor já estava assinalado.

Foto: Heider Matos/Imirante.com.
Porém, aos 23 minutos, o zero saiu do placar. Cristaldo não perdoou a oportunidade e marcou a favor do Palmeiras após defesa de Milton Raphael. Verdão 1 a 0.
O gol desanimou a equipe tricolor, que não conseguia mais encontrar forças para ser perigoso no ataque. Em contrapartida, o Palmeiras estava com o jogo sob controle. E, de tanto controlar o duelo, o time paulista foi castigado.
Aos 41, a jogada que Pimentinha se empenhou a realizar pela direita durante todo o jogo finalmente deu certo. O camisa 11 superou a defesa palmeirense e cruzou na medida para Cleitinho que, de cabeça, igualou o placar: 1 a 1. O Sampaio ainda buscou a virada, mas não havia tempo para mais nada.
FICHA TÉCNICA
SAMPAIO CORRÊA 1 X 1 PALMEIRAS
Local: estádio Castelão, em São Luis (MA)
Data: 29 de abril de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Antonio Dib Moraes de Sousa (PI)
Assistentes: Rogério de Oliveira Braga e Francisco Nurisman Machado Gaspar (ambos do PI)
Cartões amarelos: Robert (Sampaio Corrêa); Jackson, Cristaldo e Tobio (Palmeiras)
Gols:
SAMPAIO CORRÊA: Cleitinho, aos 41 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS: Cristaldo, aos 23 minutos do segundo tempo
SAMPAIO CORRÊA: Milton Raphael; Daniel Damião, Luiz Otávio, Edvânio e Wilian Simões; Moisés (Robson Simplício), Diones, Raí (Cleitinho) e Válber; Pimentinha e Robert (Edgar)
Técnico: Oliveira Canindé
PALMEIRAS: Jailson; Ayrton, Tobio, Jackson e Victor Luis; Amaral e Renato (Andrei Girotto); Kelvin (Juninho), Alan Patrick e Ryder (Cristaldo); Gabriel Jesus
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Governo planeja reduzir custo da energia a partir de 2016, diz Braga

Térmicas movidas a óleo, mais caras, podem ser desligadas e substituídas.
Gastos extras do setor, porém, vão pressionar contas de luz até 2020.

Fábio Amato Do G1, em Brasília
 
Mesmo sem ter superado totalmente o risco de um novo racionamento, o governo já planeja para 2016 o início do processo de redução do custo da energia no país, após o tarifaço que elevou as contas de luz neste ano, em alguns casos, em mais de 40%. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em entrevista exclusiva ao G1.

“Agora as nossas medidas não são apenas para evitar racionamento. Agora é evitar racionamento com custo de energia mais baixo. Quando eu cheguei ao ministério, era garantir energia. Nosso desafio agora é garantir energia com um custo mais baixo”, disse Braga.

De acordo com ele, esse barateamento viria com o desligamento, a partir de 2016, de usinas termelétricas mais caras, movidas a óleo, cujo custo para produzir 1 megawatt-hora de energia chega a superar R$ 1 mil. Para se ter uma ideia, hidrelétricas geram esse mesmo megawatt-hora por pouco mais de R$ 100.

O objetivo é substituir as térmicas a óleo por novas unidades, que usam gás natural ou biomassa como combustível e, por isso, têm custo de produção mais baixo. Entretanto, se a crise no setor elétrico persistir no ano que vem, as mais caras continuariam a ser usadas para garantir o atendimento da demanda.

Desde o final de 2012, o governo vem mantendo funcionando todas as térmicas disponíveis, devido à falta de chuvas que reduziu o armazenamento de águas nas represas de nossas principais hidrelétricas. Hoje, as térmicas produzem cerca de 20% de toda a eletricidade consumida no país e ajudam a poupar água dos reservatórios. Entretanto, como essa energia é mais cara, vem contribuindo para o aumento das contas de luz.

Patamar internacional
Com a substituição das térmicas, o governo quer forçar o “declínio no custo médio de geração” de energia no país para iniciar o processo de barateamento da tarifa. O tarifaço de 2015 prejudica consumidores, comércio e indústria e causa desgaste ao governo Dilma Rousseff.

“A nossa estratégia é, até janeiro de 2019, trazer o custo de geração [de energia] no país para uma média que seja internacional”, disse o ministro, sem fixar um valor.

Não será uma tarefa fácil, já que custos extras que encarecem a energia do país devem pressionar as tarifas pelo menos até 2020. É o caso dos empréstimos bancários tomados pelo governo para socorrer as distribuidoras no ano passado e que serão repassados às contas de luz, diluídos, até lá. Somados os juros, a fatura chega a R$ 34,015 bilhões.
Leilão

Para contribuir na contratação dessas novas termelétricas mais baratas, o ministro conta com o leilão de energia de reserva marcado para 29 de maio. Ele prevê o início da entrega de energia pelos empreendimentos em 1º de janeiro de 2016.

Na semana passada, quando discutiam a abertura de audiência pública para debater o edital do leilão, diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) demonstraram preocupação com o prazo, considerado curto, para que as usinas sejam construídas e entrem em operação. E informaram que proporiam ao Ministério de Minas e Energia a postergação de datas.

De acordo com Braga, porém, a data de 1º de janeiro de 2016 para início da operação das novas térmicas é “inegociável.”

“É inegociável o 1º de janeiro, não temos como atrasar a entrada dessa energia sob pena de corrermos riscos desnecessários durante o período úmido de 2016”, disse o ministro. Para ele, não há risco de desinteresse de investidores por conta dos prazos apertados.

A proposta do edital prevê que poderão participar do leilão apenas projetos para usinas a gás natural com custo de produção máximo de R$ 330 por megawatt-hora.

Racionamento
Braga avaliou que o risco de o Brasil enfrentar um racionamento em 2015 “tende a zero.” O otimismo se deve à melhora registrada nos últimos meses no armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste. Essas usinas respondem por cerca de 70% da capacidade de geração elétrica do país e sofrem com a estiagem desde o final de 2012.
“Eu diria que no ano de 2015 a probabilidade de racionamento tende a zero. Nós estamos a cada dia mais distante [do racionamento], mas tem sido uma administração diária porque, como sabemos, a crise hídrica foi muito profunda e tem sido muito profunda”, disse Braga.
Após enfrentarem em 2015 o janeiro mais seco dos últimos 85 anos, essas hidrelétricas voltaram a receber chuva com mais intensidade em fevereiro, março e abril. O nível médio de suas represas, que era de apenas 16,84% em 31 de janeiro, chega ao fim de abril, que marca o encerramento do período úmido no Sudeste e Centro-Oeste, em 33,3%.
Esse índice é o pior para essa época do ano desde os 32,18% registrados ao final de abril de 2001, ano do último racionamento de energia no Brasil. No mesmo mês de 2014, era de 38,77% e, em 2013, de 62,45%.
Segundo o ministro, porém, a água armazenada é suficiente para garantir o abastecimento no país pelo restante do ano, principalmente se confirmada a previsão de institutos de meteorologia de que as chuvas continuarão intensas no mês de maio, na transição do período úmido para o seco.
Outro fator que já colabora para a melhora da situação nos reservatórios é a queda no consumo de energia no país que, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, foi de 0,6% no primeiro trimestre do ano, resultado puxado pela desaceleração da economia.
Braga afirmou que a tendência agora é que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste cheguem ao início de 2016 em uma situação melhor que a do começo deste ano.
“Tudo indica que chegaremos a 2016 com uma reservação de água variando entre 18% a 25%”, afirmou.

Sem conseguir se inscrever no Fies, aluna acabou sendo vítima de golpe

Estudante de MG pagou R$ 400 a um estranho que prometia acesso ao site.
Para não perder a vaga, alunos pagaram as mensalidades de seus cursos.

Gabriela Gonçalves Do G1, em São Paulo
 
O prazo para quem não tem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) fazer a inscrição termina nesta quinta-feira (30) e muitos alunos não conseguiram concluir o cadastro. Foram mais de três meses tentando se inscrever no site do Fies, sem sucesso. Acreditando que o crédito seria liberado, alguns estudantes pagaram as mensalidades de seus cursos em faculdades particulares para não perderem as vagas. Uma jovem chegou a pagar para um desconhecido que dizia conseguir fazer as inscrições, e levou um 'golpe' de R$ 400.

Isabella Sousa, de 18 anos, foi vítima de um golpe em uma grupo nas redes sociais (Foto: Arquivo pessoal/Isabella Sousa)Isabella Sousa, de 18 anos, foi vítima de um golpe em uma grupo nas redes sociais (Foto: Arquivo pessoal/Isabella Sousa)
 
Isabella Sousa, de 18 anos, pediu empréstimo no banco para pagar as mensalidades do curso de direito na Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Minas Gerais. A mensalidade custa R$ 712 e a estudante tem desconto e paga R$ 530. Procurando pessoas que passassem pelos mesmos problemas com o Fies, a jovem entrou em grupos de redes sociais. Em uma dessas páginas, viu uma postagem de um rapaz que oferecia ajuda para concluir as inscrições.

“Ele dizia que tinha ajudado mais de 200 pessoas a se cadastrarem. Eu acreditei e mandei mensagem para ele”, conta Isabella, que teve a resposta alguns dias depois. “Ele me cobrou R$ 400 para conseguir me inscrever e disse que me enviaria o comprovante por e-mail.”

Após o horário marcado, o rapaz bloqueou Jovânia das redes sociais e não atende mais as suas ligações. Ao perceber que tinha sido enganada, a jovem publicou na página que tinha sofrido um golpe e viu que não tinha sido a única.
“Outras quatro pessoas disseram que tinham passado pela mesma coisa. É tanto desgaste e frustração, que quando aparece alguém querendo ajudar, você acredita”, lamentou Isabella.

Com dinheiro suficiente para pagar a mensalidade de maio, a estudante não sabe como fará depois. “Eu estou procurando emprego, mas é difícil, porque eu sou muito nova e não tenho experiência. Mas não quero trancar a faculdade antes do fim do semestre. Seria muito frustrante.”

Medo de ficar no prejuízo
Jovânia Nascimento, de 21 anos, usou as economias do pai para arcar com os três primeiros meses do curso (Foto: Arquivo pessoal/Jovânia Nascimento)Jovânia Nascimento, de 21 anos, usou as economias do pai para arcar com os três primeiros meses do curso (Foto: Arquivo pessoal/Jovânia Nascimento)
 
Jovânia Nascimento, de 21 anos, está tentando concluir seu cadastro no Fies desde fevereiro, mas demorou dois meses para que constasse no sistema que tinha bolsa pelo Prouni. Cursando medicina veterinária na União de Ensino Superior de Viçosa (Univiçosa), em Minas Gerais, a jovem não tem condições financeiras para arcar com a mensalidade de R$ 650.

“Meu pai usou as economias dele parar pagar os primeiros três meses do curso, mas o dinheiro acabou e eu não tenho mais como pagar”, afirma a jovem, que foi até a faculdade tentar uma negociação. “A faculdade tem financiamento próprio, mas eles disseram que, por eu ter o Prouni, não poderia fazer.”

Caso Jovânia tenha que desistir do curso antes do fim do semestre, terá que pagar uma multa de R$ 328. O valor é equivalente a 20% do que falta para terminar o semestre. “Eu não quero perder as matérias que eu fiz e muito menos o dinheiro que eu investi. Não quero começar do zero”, ressalta a jovem.

Jovânia garante que continuará tentando concluir sua inscrição. “Eu tenho que tentar, não tenho opção. Não posso perder todo esse investimento.”

Ariane Querino, de 19 anos, é a primeira pessoa da família a fazer faculdade (Foto: Arquivo pessoal/Ariane Querino) 
Ariane Querino, de 19 anos, é a primeira pessoa da
família a fazer faculdade (Foto: Arquivo pessoal/
Ariane Querino)
Sistema dá erro
Desde o começo das inscrições, Ariane Querino Dias, de 19 anos, tenta fugir do erro M321. O código indica que o limite de financiamento da instituição está esgotado. A universidade, no entanto, diz que não há limites e que o problema está no site do MEC.

Antes de se inscrever no curso de fisioterapia na Universidade Paulista (Unip), Ariane se certificou de que se encaixava nas regras do programa. “Eu já sabia que não teria condições de pagar uma faculdade e, por isso, eu conversei com uma representante do Fies e ela me garantiu que eles [Fies] arcariam com as mensalidades”, afirma a jovem.

Filha de uma cozinheira e morando de aluguel, a jovem garante não ter condições de arcar com a mensalidade de R$ 797,01. “São muitas despesas e eu parei de trabalhar em março, porque estava como [funcionária] temporária.”

Primeira na família a ingressar na faculdade, Ariane continuará tentando concluir sua inscrição. “A minha vida é tentar. Eu tenho que conseguir”, afirma.

Caso não consiga se cadastrar no site, a estudante trancará o curso e tentará um empréstimo no banco para quitar sua dívida com a faculdade. Além disso, também recorrerá ao Fies no ano que vem. “Ano que vem eu vou tentar de novo, mas agora eu estou me sentindo frustrada e lesada. Eu estou tentando ter uma profissão. Não podem tirar a chance de quem precisa de apoio”, lamenta.
Quem já tinha contrato com o Fies e precisa ainda fazer a renovação tem até 29 de maio para conseguir o aditamento. Segundo o Ministério da Educação, do total de 1,9 milhão de estudantes de todo o país têm contratos firmados com o Fies, 156 mil ainda precisam fazer a renovação.
O Fies permite ao estudante cursar uma graduação em uma instituição particular e, depois de formado, pagar as mensalidades a uma taxa de juros de 3,4% ao ano. O aluno só começa pagar após 18 meses de concluído o curso.

Problemas no Fies continuam a uma semana do fim do prazo (Foto: Reprodução/EPTV)Estudantes tiveram problemas para fazer a inscrição no Fies (Foto: Reprodução/EPTV)

Prazo para declarar o IR 2015 termina à meia-noite; evite multa

Contribuinte pode enviar documento incompleto e retificar depois.
Multa mínima é de R$ 165,74, mas pode atingir 20% do imposto devido.

Do G1, em São Paulo
 
Faltam poucas horas para o fim do prazo de declaração do Imposto de Renda: o contribuinte que ainda não enviou o documento tem até as 23h59 desta quinta-feira (30) para fazê-lo sem receber multa. A multa mínima por atraso é de R$ 165,74, mas pode atingir até 20% do imposto devido.
Até as 17h de quarta-feira (29), a Receita ainda esperava receber cerca de 4,2 milhões de declarações. Com o excesso de contribuintes enviando a declaração num período curto, o sistema da Receita pode enfrentar instabilidade, como ocorreu em anos anteriores, e exigir paciência.
Incompleta
Mesmo aqueles que não conseguiram reunir todas as informações para o preenchimento ou tem dúvida sobre algum valor devem enviar a declaração incompleta para evitar a multa. Os especialistas recomendam que os contribuintes mandem a declaração do jeito que conseguir. Isso porque, mesmo fora do prazo, existe a opção de fazer uma declaração retificadora para evitar cair na malha fina da Receita.

Dessa forma, o contribuinte evita a multa e pode então se dedicar a recolher as informações que faltaram para fazer "com mais cuidado" a declaração retificadora. É preciso estar atento, no entanto, ao modelo da declaração: depois do fim do prazo, não é possível alterar o modelo da declaração original (simples ou completa).
Vale lembrar que a declaração retificadora também é válida em caso de problemas ou erros na declaração já entregue pelo contribuinte. O prazo para retificar a declaração é de 5 anos, mas a recomendação é que o contribuinte realize o processo rapidamente, para não correr o risco de ficar na malha fina.
O contribuinte deve ter o número do recibo de entrega da declaração anterior para fazer a retificadora, que deve ser entregue no mesmo modelo (completo ou simplificado) adotado na declaração original. Somente se a entrega da retificadora for antes de 30 de abril será possível alterar o modelo.
Quem precisa declarar
Estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 26.816,55 em 2014 (ano-base para a declaração do IR deste ano).
Também devem declarar os contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado.
"Também deve declarar quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e futuros, assim como quem auferiu ganhos ou tem bens ou propriedade rurais de acordo com os valores estabelecidos pela Receita", lembra Aristeu Tolentino, especialista em IR da Prolink Contábil.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fusão do PSB com o PPS deve fortalecer Eliziane…

 
A deputada federal Eliziane Gama (PPS) terá o apoio do PSB em seu projeto de disputar a Prefeitura de São Luís em 2016.
Presidente da legenda em São Luís, o senador Roberto Rocha garante que ele e Eliziane estarão “juntos” nas eleições ludovicenses.
Mas poderão estar até “misturados”.

O PSB de Rocha e o PPS de Eliziane trabalham em âmbito nacional uma fusão entre as duas legendas.
No PPS, Eliziane tem o apoio nacional para disputar a prefeitura, mas enfrenta resistências do diretório local.
Com a fusão, além de garantir maior tempo de propaganda, também terá a maioria dos filiados – das duas legendas – ao seu lado.
E estará consolidada como candidata a prefeita…

Eduardo Cunha demite chefe da área de informática da Câmara


Motivo, segundo presidente da Câmara, é descumprimento de horários.
Demissão foi anunciada após vazar documento citado na Lava Jato.

Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro Do G1, em Brasília
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), demitiu nesta terça-feira (28) o diretor do Centro de Informática da Casa, Luiz Antonio Souza da Eira.
Segundo o peemedebista, a demissão ocorreu porque funcionários do setor de tecnologia da informação não estariam cumprindo a carga horária de 40 horas semanais prevista na legislação.
“Demiti porque a área de TI não está cumprindo a carga horária de toda a Casa, de 40 horas semanais. Ele quebrou minha confiança”, afirmou.
Demiti porque a área de TI não está cumprindo a carga horária de toda a Casa, de 40 horas semanais. Ele quebrou minha confiança."
Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara
Procurado pelo G1, Luiz Antônio Souza da Eira não quis emitir opinião sobre os motivos citados por Cunha para a demissão, mas frisou que “respeita” e “cumpre as regras” da Câmara dos Deputados. Ele destacou que é servidor concursado da Casa há 25 anos.
“Eu sou servidor público, servidor da Câmara, respeito a minha instituição e cumpro as regras que a minha instituição determina.  Eu amo e respeito a minha instituição. Sou servidor concursado da Câmara há quase 25 anos, o que muito me honra”, disse. “A questão de ficar chateado ou não com a demissão é irrelevante. É de foro íntimo. Mais informações peço que busque na assessoria da Câmara”, declarou.
A decisão de Cunha foi anunciada depois de o jornal “Folha de S.Paulo” ter publicado reportagem que traz registros de computadores da Câmara em que Cunha aparece como “autor” de requerimentos citados como suspeitos em inquéritos da Operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos da Petrobras.
Sou servidor público, servidor da Câmara, respeito a minha instituição e cumpro as regras que a minha instituição determina."
Luiz Antonio Souza da Eira, diretor demitido do Centro de Informática da Câmara
O presidente da Câmara é investigado em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento com o esquema de corrupção na estatal.
O inquérito para investigar Cunha foi aberto com base em trecho da delação premiada firmada por Alberto Youssef com o Ministério Público Federal, em que o doleiro, apontado como um dos articuladores do esquema de corrupção, afirma que Cunha teria apresentado requerimentos na Câmara para pressionar uma fornecedora da estatal a retomar pagamentos de propina.
Os requerimentos foram protocolados na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, em 2011, e pediam informações ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério de Minas e Energia sobre contratos das empresas Toyo e Mitsui com a Petrobras.  Em depoimento à CPI da Petrobras, em março deste ano, Cunha afirmou que os documentos eram de autoria da então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).
Na edição desta terça (27), o jornal “Folha de S.Paulo” apresentou registros no sistema oficial de computadores da Câmara em que o nome do atual presidente da Casa aparece como "autor" dos dois arquivos que teriam produzidos os requerimentos assinados por Solange Almeida.

Em entrevista na Câmara, Cunha afirmou que a data dos registros divulgados pelo jornal é 10 de agosto de 2011 enquanto os requerimentos da ex-deputada Solange Almeida foram protocolados cerca de 30 dias antes, em 11 de julho do mesmo ano.
“Estou determinando rigorosa investigação na área de TI pelas suspeitas que estão sendo levantadas, suspeitas de manipulação. O documento base da matéria [do jornal] foi feito 30 dias depois do requerimento apresentado pela deputada Solange. Esse é um fato concreto. O resto nós vamos investigar”, disse.
O peemedebista também associou o vazamento da informação ao fato de ter determinado na semana passada o cumprimento da carga horária de 40 horas no setor de tecnologia da Câmara.
“Estranhamente, na semana passada, determinei mudança na área da carga horária na área de TI, o que levou a uma revolta. Mandei implementar o ponto eletrônico”, afirmou.
O presidente da Câmara apresentou, durante a entrevista, certidão da Secretaria-Geral da Câmara que afirma que os requerimentos assinados pela deputada Solange Almeida foram protocolados em 11 julho de 2011 e autenticados no Sistema de Autenticação de Documentos da Casa, em 7 de julho do mesmo ano.

'Irei para o céu', disse brasileiro executado na Indonésia em encontro final

Rodrigo Gularte estava sereno ao ver prima pela última vez, disse diplomata que acompanhou reunião; ele foi fuzilado junto com outros sete condenados.

Hugo Bachega Da BBC Brasil em Londres
Cruzes com nomes dos condenados foram produzidas com antecedência em Cilacap (Foto: AZKA / AFP)Cruzes com nomes dos condenados foram produzidas com antecedência em Cilacap (Foto: AZKA / AFP)
Rodrigo Muxfeldt Gularte estava sereno nas horas que antecederam sua execução na Indonésia na tarde desta terça-feira, horário de Brasília. Ele alternou momentos de lucidez e delírio e disse que dali iria para o céu, disse um diplomata brasileiro que o viu pela última vez.
O paranaense, de 42 anos, foi executado na prisão de Nusakambangan. Familiares tentavam convencer autoridades a rever sua pena e transferi-lo para um hospital após ele ter sido diagnosticado com esquizofrenia.
Gularte havia sido preso em 2004 no aeroporto de Jacarta com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe, e condenado à morte no ano seguinte. Parentes dizem que ele foi aliciado por traficantes internacionais devido ao seu estado mental.
"Daqui irei para o céu e ficarei na porta esperando por vocês", declarou Gularte no encontro final, disse à BBC Brasil o encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro, maior autoridade brasileira na Indonésia.
Monteiro acompanhou os disparos da execução à distância, ao lado de Angelita Muxfeldt, prima de Gularte. O fuzilamento ocorreu por volta de 0h25 (horário local, 14h25 em Brasília), disse ele. "Foram vários tiros fortes e ao mesmo tempo". O corpo será levado ao Brasil, onde será enterrado.
Angelita foi a última familiar a ver Gularte, à tarde (horário local). Ela foi para a Indonésia em fevereiro para tentar reverter a execução do brasileiro. Visitava-o regularmente, duas vezes por semana, e disse que, neste tempo, nunca o tinha visto tão calmo.
"Ele não queria que eu chorasse", disse ela a jornalistas, emocionada, após deixar a prisão.
O aviso das execuções foi feito no sábado. Desde então, familiares tiveram permissão para visitar diariamente os presos. Nestes encontros, Gularte fez discursos "delirantes", expressando confiança de que não seria executado, disse o diplomata brasileiro.
Ele citou o desenho Aladdin ao rejeitar fazer seus desejos finais, disse o advogado Ricky Gunawan, que assumiu o caso em março.
O último contato com a mãe foi por telefone na segunda-feira, segundo Gunawan. Clarisse, de 70 anos, havia visitado o filho em fevereiro e retornou ao Brasil. Na ligação, de 20 minutos, ele conversou também com a irmã.
Gularte é o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado, também condenado à morte por tráfico de drogas.
Tom mórbido
Durante todo o dia, no porto em Cilacap, que dá acesso à Nusakambangan, dezenas de jornalistas e populares aguardavam por familiares e diplomatas que deixavam a prisão.
Parentes faziam pedidos emocionados por clemência. A irmã de um dos condenados australianos chegou a desmaiar. Ambulâncias que carregavam caixões entrando na prisão contribuíram com o tom mórbido do caso.
A família nutria esperanças de uma reviravolta final no caso de Gularte, tida como improvável. Antes da execução, a Justiça indonésia havia ignorado recurso da defesa que pedia revisão da decisão do presidente, Joko Widodo, de negar-lhe clemência, disse o advogado.
Outra tentativa de reverter a sentença - o pedido de transferência da guarda de Gularte para sua prima - teve audiência marcada para o dia 6 de maio, depois da execução, o que foi criticado pela defesa do brasileiro.
Outros sete prisioneiros foram executados por fuzilamento junto com Gularte - dois da Austrália, três nigerianos, um ganense e um indonésio. Uma condenada filipina foi poupada de última hora.
As execuções foram realizadas apesar de pressão dos países dos condenados, da Organização das Nações Unidas e de grupos de direitos humanos.
Widodo justificou as execuções - que têm apoio popular na Indonésia - dizendo que o país está em situação de "emergência" devido às drogas. Segundo ele, 33 indonésios morrem todos os dias em consequência de narcóticos.

Ed Sheeran faz show em SP sozinho no palco e com plateia ensandecida

Cantor tocou para Espaço das Américas lotado nesta terça-feira.
Ele apresentou hits para fã-clube jovem e tocou covers do R&B.

Braulio Lorentz Do G1, em São Paulo
Ed Sheeran lotou Espaço das Américas em São Paulo (Foto: Diego Baravelli/G1) 
Ed Sheeran lotou Espaço das Américas em São Paulo (Foto: Diego Baravelli/G1)
 
Até se fosse ruim seria bom. A frase parece zoeira com Edward Christopher Sheeran. Mas não é. A performance do cantor inglês nesta terça-feira (28) foi impressionante. Você pode até não curtir o som, mas as peripécias do ruivo de 24 anos são dignas de tanto faniquito.

No palco, Ed fica o tempo todo sozinho. Mas não parece. A explicação está em seus pés. Ele tem um equipamento que grava e reproduz os sons que faz.

Daí, vai fazendo diferentes batidas, coros e dedilhados. Assim, sobrepõe barulhos e camadas. É como se ouvíssemos pelo menos uns quatro Eds ao mesmo tempo.

"Todo o show é ao vivo e acústico. Eu estou aqui sozinho e gravo as coisas com esse pedal aqui", explicou, já na metade do set.

Pais que estavam acompanhando suas filhas e filhos ficaram de queixo caído. “Quem sabe faz ao vivo”, dizia um deles, praticamente de quinze em quinze minutos.

Bandeira e camisa do Brasil
Ed Sheeran entrou em ação pontualmente às 21h30 em um Espaço das Américas lotado por 8 mil pessoas, com microfone já com uma bandeira do Brasil amarrada nele.
 
ED SHEERAN NO BRASIL: Cantor inglês faz shows em São Paulo (Foto: Diego Baravelli/G1) 
ED SHEERAN NO BRASIL: Cantor inglês faz show em São Paulo (Foto: Diego Baravelli/G1)

Estava com camisa da seleção brasileira, aquela verde escura, com o número 10 e seu nome escrito nas costas.

Ao vivo, Ed é muito mais ruidoso e potente do que em discos, principalmente em “Bloodstream”.
Ok, o berreiro apaixonado dos fãs (entre 10 e 25 anos) ajuda a aumentar a barulheira, digna de um show de boy band nos anos 90.

Mas para quem abomina armações pop, com rapazes que só cantavam e dançavam, Ed é uma ótima notícia.

Mostra talento com a guitarra (na balada radiofônica “Thinking out loud”) e pede luzinhas de celulares para o alto em “The A Team”.
Veja bem, tamanha fofura não combina com versos sobre uma prostituta viciada em cocaína.

Covers R&B
Ele vai do mais meloso (“All of the stars” é o auge) ao dançante (“Sing” é até boazinha ao vivo) passando por uns raps dispensáveis. Mas nada constrangedores.

De quebra, Ed bota o dedicado (e ensandecido) fã-clube para requebrar ao som de uma cover de "Superstition", de Stevie Wonder.

Emenda com "Ain't no sunshine", de Bill Whiters. As duas versões terminam com gritos de "Ed, eu te amo", vindos da plateia.

As outras covers do setlist são “Feeling good”, já cantada por Nina Simone, Muse e Michel Bublé; e “Fancy”, da rapper Iggy Azalea.

Cadê o Ed?
O palco baixo e a ausência de imagens nos telões laterais da casa prejudicaram os fãs mais baixinhos de Ed. Muita gente ficou na ponta dos pés. Em vão.

Os cinco telões do cenário da turnê do cantor nem sempre mostram ele cantando, para desespero de alguns.

Claro, há momentos bem legais como os bonequinhos e peças de lego que aparecem durante "Lego house".

Em outras partes, a imagem de Ed aparece desfocada, tremida, borrada, pegando fogo (em “I see fire”).
Os filtros são bonitos: o cenário é simples e eficiente. Mas muita gente teve certa dificuldade para ver o cantor em ação.
Mas pelo menos ouviu e isso é o que parecia importar mais.

ED SHEERAN NO BRASIL: Fãs acompanham sobre de cantor inglês em São Paulo (Foto: Diego Baravelli/G1) 
ED SHEERAN NO BRASIL: Fãs acompanham show de cantor inglês em São Paulo (Foto: Diego Baravelli/G1)

terça-feira, 28 de abril de 2015

MP-MA requer afastamento de prefeito por superfaturamento

Totonho Chicote teria feito licitações ilegais desviando recursos públicos.
Foto: Divulgação
SÃO LUÍS - O Ministério Público do Maranhão (MP-MA), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pedreiras, requereu, em Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa, o afastamento do prefeito Francisco Antonio Silva, mais conhecido como “Totonho Chicote”, devido a ilegalidades em processos licitatórios realizados pela Prefeitura de Pedreiras no ano de 2013.
A ação, datada de 5 de fevereiro deste ano, foi formulada pela promotora de Justiça Sandra Soares de Pontes, com base no Inquérito Civil nº 03/2014, motivado por representação encaminhada pelo Movimento de Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão.
Na representação, feita em junho de 2014, a entidade enumera oito empresas contratadas pela Prefeitura de Pedreiras sobre as quais houve impropriedades quanto às compras, notas fiscais, registros comerciais e endereços.
Denúncias
Entre as empresas citadas na representação, chama atenção o caso da MK3 Comércio e Serviço Ltda, por meio da qual o município de Pedreiras adquiriu 1.300 kg de peixe in natura no valor de R$ 22 por quilo, em um único dia.
Outras compras que chamam a atenção são a de 530kg de cebola, no intervalo de 14 dias, e a de 309 kg de alho in natura, em único dia.
À empresa L de Sousa Lima Publicidade ME, também, foram pagos R$ 214.750, sendo que no endereço constante nas notas fiscais não há imóvel comercial e, sim, uma casa residencial.
De acordo com o Movimento de Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão, esses casos demonstram que houve desvio de recursos públicos, por meio de superfaturamento e de empresas inexistentes.
Afastamento
“A gestão do prefeito vem se caracterizando por desmandos administrativos, como atraso no pagamento dos servidores públicos, falta de pagamento dos empréstimos consignados junto às instituições financeiras, contraídos pelos servidores públicos, obras inacabadas, denúncias de desvios de recursos e/ou fraude nos procedimentos licitatórios e demora na chamada de concursados”, afirma a promotora.
Sandra Pontes relata, ainda, a existência de decretos municipais expedidos que ferem, em tese, direitos adquiridos, sem contar a constante troca de secretários municipais, indicando nepotismo e nepotismo cruzado.
“O afastamento do prefeito é necessário para a coleta de provas junto aos arquivos da prefeitura municipal e agências bancárias. A permanência do gestor no cargo impossibilitará a obtenção das provas e permitirá a continuidade dos atos de improbidade administrativa”, esclarece a representante do MP-MA, na ação.
Pedidos
Além do afastamento do prefeito Francisco Antonio Silva, o Ministério Público do Maranhão também solicita que o Poder Judiciário condene o gestor à perda de sua função pública; à suspensão de seus direitos políticos, por período a ser estipulado.
Requer, ainda, a condenação do gestor ao pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração recebida e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e/ou incentivos fiscais pelo prazo de 10 anos.
Outro pedido do MP-MA é a condenação à restituição, ao município de Pedreiras, de todos os valores ao erário público, pela não realização de serviços e/ou superfaturamento em licitações.
O município de Pedreiras fica localizado a 276 km de São Luís.

Brasileiro preso na Indonésia não sabe que será executado, diz prima

Prazo dado pelo país acabou, e execução pode ocorrer a qualquer hora.
Rodrigo Gularte foi condenado à morte por tráfico de drogas.

Do G1, em São Paulo
Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, fala à imprensa nesta terça-feira sobre execução de primo na Indonésia (Foto: AP Photo/Tatan Syuflana)Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, fala à imprensa nesta terça-feira sobre execução de primo na Indonésia (Foto: AP Photo/Tatan Syuflana)
O brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, não sabe que poderá ser executado a qualquer momento, informou a prima dele, Angelita Muxfeldt, que o acompanha no país asiático, segundo o jornal “Hora 1”. A brasileira contou que seu primo está muito calmo, e ainda acredita que será solto.
O prazo de 72 horas dado pela justiça indonésia após o anúncio para os prisioneiros de que eles serão executados terminou. Os nove condenados - oito deles estrangeiros - podem ser mortos por fuzilamento a partir desta terça.
O governo local não informou a data e a hora das execuções, mas acredita-se que elas ocorrerão nas primeiras horas desta quarta-feira (29) – tarde desta terça-feira (28) no horário de Brasília.
Angelita visitou Gularte nesta terça. O governo Indonésio orientou as famílias dos presos a irem à prisão onde eles são mantidos. Segundo a imprensa local, eles foram orientados a se despedir dos condenados.

A brasileira saiu chorando da prisão, e deu uma entrevista aos jornalistas indonésios, em uma tentativa de sensibilizar o governo, tentando dizer ao presidente que ele recusou erradamente o pedido de clemência de Gularte. Ela tem uma equipe de 10 advogados trabalhando pelo brasileiro, além de uma ONG que resolveu ajudar.
Angelita contou que não disse ao primo claramente o que deve ocorrer nas próximas horas, e que ele não sabe o que vai acontecer, apesar de ter sido informado no sábado. Segundo a brasileira, ele sofre de delírios e não entendeu que será executado, nega que isso vá ocorrer e acredita que vai ser solto.

Rodrigo Gularte (Foto: Reprodução / RPC) 
Rodrigo Gularte. (Foto: Reprodução / RPC)
O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.
Familiares e conhecidos relataram que Gularte passa seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção.
O brasileiro passou 11 anos em prisões da Indonésia. Ele foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe, e foi condenado à morte em 2005.
Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.
Outros condenados
Além do brasileiro Rodrigo Gularte, sete outros estrangeiros e um indonésio podem ser executados nas próximas horas na Indonésia. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados. Dois australianos, quatro nigerianos e uma filipina estão na lista. Já o francês Serge Atlaoui teve sua execução adiada por recurso.
Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan são considerados integrantes de uma quadrilha de traficantes conhecida como “Os Nove de Bali”. Chan, de 31 anos, foi preso no aeroporto de Bali em abril de 2005, acusado de tentar contrabandear 8 kg de heroína. Sukuraman, um cidadão australiano nascido em Londres de 34 anos, é acusado de ser o líder dos Nove de Bali e foi condenado em 2006.
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, afirmou ter recebido uma carta do chanceler indonésio na noite desta segunda avisando sobre a execução iminente dos dois traficantes, sem oferecer nenhuma esperança de indulto.
"Eles não deram nenhuma indicação de que o presidente (indonésio, Joko) Widodo mudaria de ideia e concederia a clemência que temos tentado", disse Bishop à Nine Network na terça-feira (horário local).
Bishop disse que não foi dada uma data ou hora para as execuções de Myuran Sukumaran e Andrew Chan. O governo australiano pediu à Indonésia para adiar as execuções até que as alegações de que o julgamento dos dois teria sido marcado por corrupção sejam investigadas. Uma apelação no Tribunal Constitucional também deve ser julgada até 12 de maio.
A única mulher do grupo tem 30 anos e foi presa no aeroporto de Jacarta em 2010 com 2.5 kg de heroína. Ela afirma que foi enganada por uma mulher que havia prometido um emprego como doméstica e escondeu drogas em sua bagagem. Seu mais recente pedido de revisão de julgamento foi rejeitado na segunda.

O nigeriano Martin Anderson, de 50 anos, foi inicialmente identificado como ganês porque usava um passaporte falso ao ser preso, em 2003, com cerca de 30 gramas de heroína. Acusado de ser integrante de uma quadrilha em Jacarta, foi sentenciado à morte em 2004.

Outro nigeriano do grupo é Okwudili Oyatanze, de 41 anos. Ele foi preso em 2001 quando tentava entrar no país, vindo do Paquistão, com 2.5 kg de heroína em cápsulas em seu estômago. Condenado à morte no ano seguinte, compôs mais de 70 músicas e gravou discos de música gospel dentro da prisão.
Sylvester Obiekwe Nwolise, de 47 anos, é outro nigeriano que foi preso ao tentar entrar no país com cápsulas de heroína em seu estômago, no caso pouco mais de 1 kg. Atraído ao Paquistão por uma promessa de emprego, diz que concordou em levar a droga por achar que se tratava de pó de chifre de cabra, contrabandeado apenas para evitar o pagamento de impostos. Ele foi preso e condenado em 2001.

O estrangeiro que há mais tempo aguarda execução é o nigeriano Jamiu Owolabi Abashin, de 50 anos. Sua versão é a de que um amigo, que o acolheu quando ele vivia nas ruas de Bangkok, na Tailândia, pediu para que ele levasse um pacote com roupas usadas para uma mulher que venderia as peças em Surabaya, na Indonésia. Abashin diz que só ao chegar ao aeroporto e ser preso, por usar um falso passaporte espanhol com o nome de Raheem Agbaje Salami, descobriu que carregava mais de 5 kg de heroína em sua bagagem. Ele foi condenado inicialmente à prisão perpétua, em 1999, e teve sua pena reduzida para 20 anos após uma apelação. Mas, em 2006, a Corte Suprema da Indonésia alterou novamente sua pena, condenando-o à morte.

Único não estrangeiro no grupo que deve ser executado esta semana, Zainal Abidin, de 50 anos, foi condenado depois que a polícia encontrou cerca de 60 kg de maconha em sua casa, em Palembang, em dezembro de 2000. Ele diz que a droga pertencia a dois amigos que estavam hospedados no local e que ele sequer sabia o conteúdo dos pacotes. Em 2001, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas no mesmo ano sua sentença foi convertida à pena de morte.

Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi  (Foto: AFP Photo)Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi (Foto: AFP Photo)
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Terremoto afeta 8 milhões de pessoas no Nepal, diz ONU

Forte tremor devastou país no sábado (25).
Número de mortos supera os 4.300, e o de feridos está em 8.500.

Do G1, em São Paulo
Oito milhões de pessoas foram afetadas pelo devastador terremoto no Nepal, um país de quase 28 milhões de habitantes, informa a Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (28).
De acordo com o organismo, mais de 1,4 milhão de pessoas necessitam de comida, água e abrigo.
O forte tremor que sacudiu o Nepal e a Índia no sábado (25) deixou mais de 4.300 mortos e pelo menos 8.500 feridos, segundo último balanço do Centro Nacional de Operações de Emergência do país.
Equipes de resgate tentam chegar às regiões mais remotas para ajudar vítimas e resgatar sobreviventes de escombros, enquanto milhares de pessoas deixam a capital Katmandu, isso porque novos tremores foram registrados e não está descartada a hipótese de um novo forte sismo.
Agências e governos internacionais correm para enviar equipes de busca e resgate, médicos e remédios ao país.

O terremoto de magnitude 7,8, o mais violento dos últimos 80 anos no país, provocou vários tremores secundários e diversos deslizamentos no monte Everest, onde 18 pessoas morreram no início da temporada de alpinismo.
As agências humanitárias ainda têm dificuldades para avaliar o alcance da devastação e as necessidades da população.
Também morreram 67 pessoas na Índia em decorrência do terremoto.
Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Fundo para Crianças das Nações Unidas (Unicef).
O Itamaraty informou que recebeu informações sobre 96 brasileiros que estavam no Nepal durante o terremoto. Nenhum dos localizados sofreu ferimentos, segundo as informações mais recentes do governo federal. A Embaixada do Brasil em Katmandu "segue mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram no país", informou o ministério.
Equipes enviadas por Índia, Paquistão, Estados Unidos, China, Japão, Inglaterra e Israel estão no Nepal para ajudar, disseram as Nações Unidas, escavando toneladas de escombros em busca de milhares de pessoas ainda desaparecidas.

Grupos internacionais de busca chegaram ou devem chegar à capital Katmandu, com unidades do Japão, EUA e Inglaterra equipadas com cães farejadores e equipamentos pesados para retirada de escombros.
Os EUA ainda anunciaram que repassarão US$ 10 milhões em ajuda ao Nepal, segundo o secretário de Estado John Kerry.
As autoridades que coordenam as tarefas de socorro no Nepal se reuniram nesta segunda-feira (27) para tentar reabrir os mercados e distribuir pacotes de ajuda aos desabrigados pelo terremoto no país asiático, informou a imprensa local.
O Comitê de Coordenação de Resgate em Desastres Naturais, reunido na sede do governo nepalês em Katmandu, pediu aos chefes de distrito que trabalhem para abrir as lojas nas zonas afetadas. O objetivo é facilitar a provisão de produtos à população em geral.

Mapa: terremoto no Nepal (620px) (Foto: Arte/G1)
Ao menos 7,5 mil feridos
Pelo menos 8,5 mil pessoas ficaram feridas, segundo o governo nepalês, e o tratamento delas e de outros sobreviventes retirados dos escombros de edifícios destruídos continua sendo uma tarefa bastante desafiadora.
"A prioridade continua sendo salvar vidas e buscar e resgatar sobreviventes", afirma relatório da equipe local das Nações Unidas no Nepal.

Guia sherpa ferido em avalanche do monte Everest é levado em ônibus para Katmandu neste domingo para receber atendimento (Foto:  AP Photo/Bikram Rai) 
Guia sherpa ferido em avalanche do monte Everest é levado em ônibus para Katmandu neste domingo para receber atendimento (Foto: AP Photo/Bikram Rai)
O tremor destruiu edifícios, monumentos, estradas e outras infraestruturas. Mais de 60 terremotos secundários, incluindo um sismo de magnitude 6,7, já foram sentidos.
Pacotes com remédios e equipamentos sanitários foram entregues no domingo (26) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a hospitais no Nepal. Os artigos sanitários servirão para atender 40 mil pessoas durante três meses, indicou a organização de sua sede em Genebra.
Além disso, a OMS desembolsou US$ 175 mil como uma primeira doação de emergência para que se atendam as necessidades de saúde mais urgentes dos afetados pelo terremoto.
Fuga de pessoas
Muitos habitantes de Katmandu iniciaram nesta segunda um êxodo após o violento terremoto. Famílias inteiras se amontoavam em ônibus e algumas pessoas inclusive viajavam no teto dos veículos.
Diante do medo da falta de provisões, as pessoas também se amontoavam nas lojas e nos postos de combustível.
"Agora é importante prevenir outro desastre tomando as precauções adequadas contra as epidemias", disse à imprensa o porta-voz do Exército, Arun Neupane.

Um homem senta-se sobre os escombros de sua casa danificada após o terremoto de sábado, em Bhaktapur (Foto: REUTERS/Adnan Abidi) 
Um homem senta-se sobre os escombros de sua casa danificada após o terremoto de sábado, em Bhaktapur (Foto: REUTERS/Adnan Abidi)
Hospitais estão lotados
No vale de Katmandu, hospitais estão lotados e estão ficando sem espaço para corpos, afirmaram socorristas. Os centros médicos também estão ficando sem suprimentos de emergência. Alguns deles estão tendo que tratar os feridos nas ruas.
No domingo, doentes e feridos deitavam-se em uma empoeirada rodovia fora do Kathmandu Medical College, enquanto funcionários do hospital carregavam pacientes para fora do prédio em macas e sacos.
Os médicos montaram uma sala de operações dentro de uma tenda para onde levavam os mais críticos, após um tremor particularmente grande forçar as pessoas a correrem aterrorizadas para as ruas.

Feridos foram socorridos pela população no Nepal (Foto: Marcelo Gama / Acervo pessoal)Feridos foram socorridos pela população no Nepal neste sábado (25) (Foto: Marcelo Gama / Acervo pessoal)
No lado externo do Centro Nacional de Trauma em Katmandu, pacientes em cadeiras de rodas que estavam em tratamento antes do terremoto juntaram-se a centenas de feridos com membros fraturados e sujos de sangue, deitados dentro de barracas feitas com lençóis do hospital.
940 mil crianças atingidas
O Unicef estima que pelo menos 940 mil crianças foram gravemente atingidas na região que inclui os distritos de Dhading, Gorkha, Rasuwa, Sindhupalchowk e Katmandu.
Enquanto isso, campos de desabrigados deverão estar prontos nos próximos dias.
"Centenas de milhares de pessoas estão dormindo ao relento, pois estão muito assustadas para voltarem para suas casas por causa de todos os tremores secundários", disse Zubin Zaman, gerente da agência humanitária Oxfam, na Índia.