Vítima trabalhava há poucos dias no local, segundo testemunhas.
Suspeito esteve na igreja na tarde de terça pedindo dinheiro para viagem.
Uma jovem de 20 anos foi estuprada e estrangulada dentro da secretaria
da Catedral Anglicana, na quadra 309/310, na Asa Sul, em Brasília, na
tarde desta quarta-feira (3). Ela foi encontrada desmaiada. Socorrida,
ela não corre risco de morte. A vítima trabalhava há poucos dias na
igreja.
Catedral Anglicana onde ocorreu o estupro fica na quadra 309/310, na Asa Sul, em Brasília (Foto: Káthia Mello/G1)
Testemunhas disseram ao G1 que a jovem foi rendida
quando retornava do almoço e levada pelo estuprador para a sala da
secretaria. O criminoso foi descrito como um homem de 1,8 metro de
altura, pele escura, forte, cabelo bem cortado e aparentando 50 anos.
Ele também carregava uma bolsa a tiracolo de couro e outra de plástico
azul.
Ainda segundo as testemunhas, o suspeito foi visto na igreja na tarde desta terça pedindo dinheiro para viajar para a cidade de Barreiras, na Bahia.
Ainda segundo as testemunhas, o suspeito foi visto na igreja na tarde desta terça pedindo dinheiro para viajar para a cidade de Barreiras, na Bahia.
No prédio anexo, que fica ao lado da igreja, funcionam uma clínica de
estética e uma academia de ginástica. O médico Will Barros disse ter
sido uma das primeiras pessoas a socorrer a jovem após o ataque. "Foi
uma cena grotesca. Eu disse a ela para respirar fundo e para levantar o
olhar e seguir com a vida dela. Ela ficou mais ou menos uns 15 minutos
desmaiada. Eu acho que ele [o criminoso] só saiu de lá porque achou que
tinha matado ela", disse.
Câmeras de segurança da igreja flagraram toda a movimentação do
suspeito nos dois dias. Equipes de policiais da Delegacia de Atendimento
à Mulher (Deam) estiveram na igreja depois do ataque. Um agente
informou que as diligências foram intensificadas na região e nas
rodoviárias do Plano Piloto e Interestadual. Um suspeito chegou a ser
preso, mas não foi reconhecido pela vítima.
Por volta das 17h, a jovem ainda estava sendo ouvida pela delegada da
Deam. Segundo a polícia, após o depoimento ela seria encaminhada para
exames de corpo de delito no Instituto de Criminalística. Até a
publicação desta reportagem os representantes da catedral não haviam se
pronunciado sobre o ocorrido.
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