Após ser abandonada pela família ainda filhote, a leoa Sirga por
pouco não morreu de fome, em Botswana, na África. Resgatada pelos
ativistas da vida selvagem Valentin Gruener e Mikkel Legarth, ela agora
divide com eles um carinho peculiar. Além de tratar os rapazes como seus
pais, ela os estimulou a criar uma ONG para proteção de outros leões na
savana africana.
“Um grupo de leões teve três filhotes. Dois
foram mortos antes de Sirga. Ela foi abandonada. Nós não podíamos vê-la
morrer”, contou Mikkel Legarth ao Daily Mail. “Nós também não queríamos
que ela se tornasse uma leoa de cativeiro, constantemente alimentada por
turistas, por isso ajudamos ela”.
Hoje, com cerca de 50 quilos, a felina já caça sozinha e trata
os dois homens como faria com outros leões - salta sobre eles, lambe os
rostos deles etc. Por isso, ela foi eleita símbolo da ONG Modisa
Wildlife, com a esperança de salvar a população de leões em Botswana.
O país com pouco mais de 581 km² tem vastas aéreas desertas.
Os poucos terrenos férteis têm sido competidos entre leões e
agricultores. O plano da ONG é mudar os leões que estão entrando em
contato com os agricultores para uma grande área protegida, onde eles
têm presas selvagens para se alimentar.
“Estamos agora à procura
de patrocinadores que possam nos apoiar com uma solução de longo prazo
para esses animais”, explica Legarth.
Sirga conta com o avanço do
trabalho do projeto de Valentin e Mikkel para ter um território de caça
reservado especialmente para ela e outros animais da espécie.
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