Suspeitos levaram celulares de alunos que assistiam aula na instituição.
Algumas pessoas passaram mal e precisaram de atendimento médico.
Estudantes e professores de uma escola de João Pessoa
foram vítimas de um arrastão em pleno horário de aula na manhã desta
segunda-feira (1º). De acordo com a Polícia Militar, os dois suspeitos
do crime, que aparentemente são adolescentes, estavam armados, invadiram
a escola por uma das janelas da instituição e ameaçaram as vítimas.
O crime aconteceu por volta das 9h40 na Escola Estadual Professora
Luzia Simões Bartollini, no bairro do Jardim Planalto. Segundo relatos
de testemunhas, os assaltantes chegaram de moto, invadiram a escola pela
janela de uma das salas e passaram nas demais roubando cerca de 80
celulares dos alunos.
Enquanto a dupla agia dentro da escola, outros dois suspeitos teriam ficado do lado de fora para auxiliar na fuga.
Algumas pessoas passaram mal e uma equipe do Corpo de Bombeiros foi prestar socorro no local.
Um estudante, que preferiu não se identificar, contou que fazia prova
no momento do crime quando ouviu os gritos de outros colegas.
Algumas pessoas precisaram ser socorrida após
ação dos bandidos (Foto: Walter Paparazzo/G1)
ação dos bandidos (Foto: Walter Paparazzo/G1)
“Uma professora percebeu que era um assalto pediu que todos os alunos
ficassem dentro da sala de aula, todos estavam apavorados e chorando.
Para evitar que os criminosos entrassem onde estavámos, nós colocamos a
mesa na frente da porta. Os assaltantes ainda tentaram abrir a porta,
mas não conseguiram. Em seguida, fugiram”, explicou ele.
A dupla fugiu antes do policiamento chegar ao local, segundo o policial
militar Jeferson Barros, e nenhum suspeito foi identificado até as 12h
desta segunda-feira.
A Polícia Militar informou que está realizando buscas pelos suspeitos,
inclusive com o auxílio do helicóptero Acauã, da Secretaria de Defesa
Social (Seds) da Paraíba.
Tensão na escola
Segundo a diretora-adjunta da escola, Maria Marlene Batista, no ano passado a escola chegou a ser arrombada, porém, nunca tinha ocorrido arrastões como este dentro da instituição.
Segundo a diretora-adjunta da escola, Maria Marlene Batista, no ano passado a escola chegou a ser arrombada, porém, nunca tinha ocorrido arrastões como este dentro da instituição.
Ela alertou que sempre são registrados crimes ao redor da escola,
principalmente no turno da tarde, quando muitos alunos já relataram
terem sido assaltados.
“A escola clama por segurança. Os alunos não estão com medo. Nós
queremos uma garantia para escola de que vamos ter essa segurança”,
frisou a diretora-adjunta.
Ainda segundo ela, duas gestantes e uma estudante com problemas respiratórios passaram mal e precisaram ser socorridas.
O capitão da Polícia Militar Sidney Paiva, disse que a polícia trabalha
com a hipótese de que alguém de dentro da instituição de ensino tenha
repassado informações para os assaltantes. “O crime ocorreu após o
lanche da manhã. Além disso, eles sabiam a janela que estava mais
desprotegida. Esses dados podem ter sido passados por pessoas de dentro
da escola”, contou.
Dois ataques em menos de duas semanas
Este é o segundo ataque a escolas na grande João Pessoa, em menos de duas semanas. No último dia 21 de maio, quatro homens encapuzados e armados renderam um vigilante e assaltaram a Escola Estadual Maria de Lourdes Araújo, no bairro de Tibiri II, em Santa Rita. Neste primeiro caso, no entanto, não estavam acontecendo aulas na instituição no momento do crime.
Este é o segundo ataque a escolas na grande João Pessoa, em menos de duas semanas. No último dia 21 de maio, quatro homens encapuzados e armados renderam um vigilante e assaltaram a Escola Estadual Maria de Lourdes Araújo, no bairro de Tibiri II, em Santa Rita. Neste primeiro caso, no entanto, não estavam acontecendo aulas na instituição no momento do crime.
Durante o ato criminoso, os suspeitos espancaram e amarraram o
vigilante e depois invadiram a escola, onde furtaram objetos. Antes de
sair do local, eles ainda picharam o muro com a sigla de uma facção
criminosa.
Os bandidos levaram da escola, dois computadores, uma impressora e
materiais da merenda dos alunos, além do relógio e celular do vigilante.
Eles ainda reviraram as salas de aula.
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