Sistema de saúde
- Daniel Matos/Chefe de Reportagem
Em
2014, foram registrados 8.772 mortes em hospitais da rede pública no
estado; ano passado houve 9.857 mortes no Sistema Único de Saúde, de
acordo com o banco de dados do Ministério da Saúde
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SÃO LUÍS
- Nos últimos três anos, o número de mortes em leitos do Sistema Único
de Saúde (SUS) no Maranhão aumentou em mais de 1 mil registros, segundo
estatísticas do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS),
banco de dados do Ministério da Saúde. A alta, da ordem de 12%, indica
crescimento expressivo da morbidade de pacientes atendidos pela rede
pública de saúde, cujos leitos estão distribuídos em hospitais e demais
estabelecimentos médicos vinculados às 217 prefeituras maranhenses, ao
Governo do Estado e ao Governo Federal.
Em 2014, foram registrados
8.772 óbitos em leitos do SUS no Maranhão. Em 2017, terceiro ano do
governo Flávio Dino (PCdoB), a morbidade aumentou consideravelmente,
registrando exatas 9.857 mortes - 1.085 óbitos a mais -, de causas
diversas, desde doenças transmissíveis e não transmissíveis a acidentes
de trânsito e homicídios dolosos. Como explicar acréscimo tão
expressivo, se não houve nenhum fato extraordinário que levasse à
explosão da letalidade em apenas 36 meses, a exemplo de uma guerra ou
epidemia?
Só em novembro do ano passado, foram 32.280 internações
no SUS em todo o Maranhão, com custo total de R$ 25.348.101,34. Do total
de pacientes internados, 778 foram a óbito. Para efeito de comparação,
em novembro de 2014, houve 34.482 internações, a um custo de R$
25.527.490,63. Embora o número de internações e o valor gasto com a
ocupação dos leitos tenham sido superiores há três anos, a quantidade de
mortes no sistema foi menor: 717 registros.
Taxa de mortalidade
A
taxa de mortalidade registrada em novembro de 2017 foi de 2,41. No
mesmo período de 2014, esse mesmo índice foi de 2,08, mais um dado a
confirmar que a morbidade nos leitos do SUS aumentou substancialmente
nos últimos três anos. Em relação às taxas de mortalidade dos
municípios, destaca-se a liderança das duas maiores cidades do estado
nesse quesito em novembro de 2017. Em primeiro lugar, no período, ficou
Imperatriz, com índice de 7,80, seguida por São Luís, com 5,22. Três
anos antes, as duas primeiras posições eram ocupadas por Caxias (7,46) e
Sítio Novo (7,14). São Luís aparecia apenas na terceira colocação, com
taxa de mortalidade de 5,38, e Imperatriz despontava em quinto, com
4,48.
Quanto à faixa etária, constatou-se, em novembro de 2017, o
maior número de mortes nos grupos populacionais com idades entre 60 e 69
anos (121), 70 e 79 (164) e 80 anos ou mais (150). Naturalmente, a
idade é fator determinante para as ocorrências de morbidade. No entanto,
uma quarta-faixa etária, dos menores de um ano, registra quantidade
expressiva de óbitos: 78, o que revela um índice nada desprezível de
mortalidade infantil.
No mesmo período de 2014, a morbidade foi
menor em quase todas as faixas de idade, desde a das pessoas com menos
de 1 ano de vida (67) aos grupos com idade mais avançada: 70 a 79 (122) e
80 anos ou mais (142). Somente na faixa de 60 a 69 anos o índice foi
maior, ainda assim, ligeiramente (128).
Capital
São
Luís acompanhou a tendência de alta do número de óbitos no SUS
verificada em todo o estado nos últimos três anos. Na capital
maranhense, o salto na quantidade de mortes de pacientes internados na
rede pública hospitalar foi de 294 registros.
Em relação às
internações, tendo também como base os últimos três anos, os números do
SIH/SUS apontam aumento. Em novembro de 2014, houve 7.176 ocupações de
leitos na rede pública hospitalar de São Luís, ao custo total de R$
11.117.065,48. Três anos depois, foram internados 7.7999 pacientes, com
gasto total de R$ 12.390.700,78.
Números
Morbidade no SUS no Maranhão em 2014: 8.772 óbitos
Morbidade no SUS no Maranhão em 2014: 9 óbitos
Aumento do número de óbitos no SUS nos últimos anos: 1.085 casos (12%).
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