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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

FUNC DÁ CHOQUE DE GESTÃO NO CARNAVAL

Por Ed Wilson
O mundo não vai acabar se não tiver desfile na Passarela do Samba no Carnaval de 2013 em São Luís.
O que precisa acabar é o clientelismo e o apadrinhamento do poder público sobre as “brincadeiras” de Carnaval e São João.
Nesse sentido, agiu certo o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FUNC), Francisco Gonçalves, quando não cedeu às pressões dos grupos carnavalescos que exigiam cachê para desfilar na Passarela do Samba.
 A FUNC em nenhum momento negou-se a montar a passarela, desde que as escolas e blocos participassem do desfile sem o pagamento da Prefeitura.
 A decisão da FUNC foi ainda mais acertada quando designou parte dos recursos do Carnaval para o hospital Socorrão I, onde vidas correm risco por falta de alimentação.
Há tempos vinha-se adiando um tratamento de choque às pressões e chantagens das “brincadeiras” carnavalescas e juninas, em parte controladas por aproveitadores, que sugam o poder público e transformam as festividades em meio de vida.
 Certos tipos de “produtores culturais” montaram grupos dançantes e assemelhados, sob a proteção de vereadores, que extorquem a Prefeitura no Carnaval.
 Esse esquema precisa ser desmontado e, na sequência, estabelecer novos parâmetros de uma política cultural em São Luís.
 Por outro lado, há centenas de compositores, instrumentistas e brincantes com fortes raízes na produção cultural carnavalesca e junina. Esses não podem ser misturados às “brincadeiras” artificiais inventadas  para extorquir o poder público, sob a proteção de alguns vereadores.
A direção da FUNC deu um passo importante na direção de uma nova cultura política para modificar a política de cultura, com a democratização das oportunidades, editais públicos de financiamento, busca de parcerias com a iniciativa privada e fim do clientelismo.
 É o choque de gestão!
O presidente da FUNC, Francisco Gonçalves, vai tomar todas as providências para planejar o Carnaval de 2014, já a partir de março desse ano, em um seminário com a participação de todos os atores da cadeia produtiva momesca: empresários, produtores, entidades, agremiações carnavalescas e poder público.
 Em 2013 tem Carnaval sim senhor, mas sem cachê nem passarela. O povo criativo de São Luís sabe fazer folia de qualquer jeito.
Alegria, alegria!

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