Por Ed Wilson
O mundo não vai acabar se não tiver desfile na Passarela do Samba no Carnaval de 2013 em São Luís.
O que precisa acabar é o clientelismo e o apadrinhamento do poder público sobre as “brincadeiras” de Carnaval e São João.
Nesse sentido, agiu certo o presidente da Fundação Municipal de
Cultura (FUNC), Francisco Gonçalves, quando não cedeu às pressões dos
grupos carnavalescos que exigiam cachê para desfilar na Passarela do
Samba.
A FUNC em nenhum momento negou-se a montar a passarela, desde que as escolas e blocos participassem do desfile sem o pagamento da Prefeitura.
A FUNC em nenhum momento negou-se a montar a passarela, desde que as escolas e blocos participassem do desfile sem o pagamento da Prefeitura.
A decisão da FUNC foi ainda mais acertada quando designou parte dos
recursos do Carnaval para o hospital Socorrão I, onde vidas correm risco
por falta de alimentação.
Há tempos vinha-se adiando um tratamento de choque às pressões e
chantagens das “brincadeiras” carnavalescas e juninas, em parte
controladas por aproveitadores, que sugam o poder público e transformam
as festividades em meio de vida.
Certos tipos de “produtores culturais” montaram grupos dançantes e assemelhados, sob a proteção de vereadores, que extorquem a Prefeitura no Carnaval.
Certos tipos de “produtores culturais” montaram grupos dançantes e assemelhados, sob a proteção de vereadores, que extorquem a Prefeitura no Carnaval.
Esse esquema precisa ser desmontado e, na sequência, estabelecer novos parâmetros de uma política cultural em São Luís.
Por outro lado, há centenas de compositores, instrumentistas e
brincantes com fortes raízes na produção cultural carnavalesca e junina.
Esses não podem ser misturados às “brincadeiras” artificiais
inventadas para extorquir o poder público, sob a proteção de alguns
vereadores.
A direção da FUNC deu um passo importante na direção de uma nova
cultura política para modificar a política de cultura, com a
democratização das oportunidades, editais públicos de financiamento,
busca de parcerias com a iniciativa privada e fim do clientelismo.
É o choque de gestão!
O presidente da FUNC, Francisco Gonçalves, vai tomar todas as
providências para planejar o Carnaval de 2014, já a partir de março
desse ano, em um seminário com a participação de todos os atores da
cadeia produtiva momesca: empresários, produtores, entidades,
agremiações carnavalescas e poder público.
Em 2013 tem Carnaval sim senhor, mas sem cachê nem passarela. O povo criativo de São Luís sabe fazer folia de qualquer jeito.
Em 2013 tem Carnaval sim senhor, mas sem cachê nem passarela. O povo criativo de São Luís sabe fazer folia de qualquer jeito.
Alegria, alegria!
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