Moradora diz que animal apareceu em cama na terça-feira.
População reclama de aparecimento de animais com subida das águas.
Cobra foi morta por moradores (Foto: Camila Henriques/G1 AM)
Moradores do Beco Bragança, na Zona Oeste de Manaus, penduraram uma
jiboia de aproximadamente três metros na ponte do bairro São Jorge, na
manhã desta quarta-feira (4), em protesto contra os transtornos causados
pela cheia no Amazonas. Segundo os manifestantes, a cobra foi morta por
um morador depois que o animal apareceu na cama de uma casa na
terça-feira (3). Eles reclamam das condições de moradia e reivindicam o
combate a outros animais que aparecem no período de enchente.
Cobra de aproximadamente três metros de
comprimento foi morta por popular
(Foto: Camila Henriques/G1 AM)
comprimento foi morta por popular
(Foto: Camila Henriques/G1 AM)
O grupo de cerca de cem pessoas usou uma corda para pendurar a cobra
nas estruturas de ferro da ponte. A dona de casa Alessandra Nuca, de 30
anos, afirma que o animal apareceu na cama dela e foi morto por um primo
com uma faca. "O medo de cobra é tão grande que a gente nem dorme mais
em casa. Nós estamos dormindo em uma igreja", relatou.
Além de cobras, moradores da área reclamam do aparecimento de outros
animais, como ratos e jacarés. Eles também citaram o risco de doenças
nesse período. A estudante Neury Lorranny, de 20 anos, afirmou que a
filha de dois anos morreu há cinco meses após adquirir pneumonia em
decorrência da cheia. "Todos os anos perdemos crianças e a Prefeitura
não faz nada. Queremos sair, pois não dá mais para ficar aqui medo cobra
entrar pela marombas", disse.
A estudante diz temer pela outra filha de três meses. "Ela não pode ter
infância normal, porque sempre vou ter medo de deixá-la sozinha",
afirmou.
Durante o protesto, o grupo também ateou fogo em móveis e colchões.
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar foram enviadas ao
local. Uma equipe da Defesa Civil também esteve na área para conversar
com os moradores.
Populares reuniram-se em frente à obra de ponte (Foto: Camila Henriques/G1 AM)
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