Presos estão rebelados desde a manhã de segunda (13), no Paraná.
12 agentes penitenciários e dezenas de presos são mantidos reféns.
A polícia retomou as negociações da rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), na região central do Paraná,
às 7h desta terça-feira (14). O motim ocorre desde a manhã de
segunda-feira (13) e 12 agentes penitenciários e dezenas de presos são
mantidos reféns. Segundo a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos
Humanos (Seju) do Paraná e o Sindicato dos Agentes Penitenciários do
Paraná (Sindarspen), eles não estão feridos. Um outro agente
penitenciário sofreu queimaduras com produtos químicos em 20% do corpo e
está hospitalizado. Ele não corre risco de morrer. Outros cinco
detentos também ficaram feridos e foram encaminhados para hospitais da
cidade. De acordo com o Samu, quatro deles tiveram ferimentos leves,
enquanto um teve traumatismo craniano moderado. As negociações foram
suspensas às 23h de segunda.
Ainda de acordo com a Seju, dez presos que participaram da rebelião em Cascavel,
em agosto, que resultou na morte de cinco detentos, foram transferidos
para a Penitenciária Industrial de Guarapuava. A Seju não soube informar
se, entre os rebelados de Guarapuava, estão os transferidos de
Cascavel.
Os rebelados reclamam da administração da penitenciária, da comida e
das acomodações. Segundo o tenente Polícia Militar (PM) Fábio Zarpellon,
eles também pedem por um celular. “Será verificada a possibilidade pela
equipe de negociação”.
O motim começou quando havia um transporte de presos para um canteiro
de trabalho. A penitenciária abriga 240 presos e trabalha com um modelo
em que os detentos podem estudar e trabalhar no local. Esta é a primeira
rebelião na PIG, que foi inaugurada há 15 anos.
Outras rebeliões
O ano de 2014 tem sido marcado por diversas rebeliões no Paraná. Em menos de um mês, cinco motins foram registrados. No fim de agosto, detentos da Penitenciária Estadual de Cascavel, no oeste do estado, fizeram um motim que durou 45 horas e deixou cinco pessoas mortas e muita destruição na unidade. O espaço não estava superlotado antes da rebelião, mas foi preciso transferir mais de 800 presos, devido à destruição das celas e corredores.
O ano de 2014 tem sido marcado por diversas rebeliões no Paraná. Em menos de um mês, cinco motins foram registrados. No fim de agosto, detentos da Penitenciária Estadual de Cascavel, no oeste do estado, fizeram um motim que durou 45 horas e deixou cinco pessoas mortas e muita destruição na unidade. O espaço não estava superlotado antes da rebelião, mas foi preciso transferir mais de 800 presos, devido à destruição das celas e corredores.
No dia 7 de setembro, foi a vez da Cadeia Pública de Guarapuava,
quando 14 detentos renderam três agentes penitenciários. Eles exigiam a
transferência de alguns dos presos, já que o local estava com
superlotação. O pedido foi atendido e o motim se encerrou após nove
horas.
Ainda houve a rebelião na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste (Peco), no
noroeste paranaense, no dia 10 de setembro. A unidade recebeu 124
detentos da Penitenciária de Cascavel, após o motim do fim de agosto.
Mesmo assim, não havia superlotação. Segundo a Secretaria da Justiça,
Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), o presídio pode receber
até 1.108 presos, mas abriga 844.
Nos dias 16 e 17 de setembro, presos da Penitenciária Estadual de
Piraquara (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba, realizaram uma
rebelião por mais de 24 horas. Os presos renderam os funcionários
enquanto eles serviam o café da manhã e dominaram duas galerias do
presídio. Dois agentes penitenciários foram feitos reféns. Uma das
reivindicações dos presos era de que fosse construído um muro para que
os presos faccionados, que pertencem a facções criminosas, ficassem
separados dos demais.
A Seju informou que a construção do muro era inviável, mas disse que
reforçou a grade que separa os blocos. Os presos também receberam 50
colchões para repor os que tinham sido queimados na última rebelião, no
dia 12 de setembro.
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