Três tiveram a prisão temporária decretada e cinco estão sendo ouvidos.
Rapaz foi jogado de mezanino durante briga em Mauá, no ABC.
A Justiça decretou na madrugada desta terça-feira (14) a prisão
temporária de três policias militares suspeitos de agredir e matar
Rafael Mendes Caetano, de 23 anos, que morreu dentro de um bar em Mauá,
no ABC, na madrugada da sexta-feira (10). Uma quarta pessoa, que não é
da corporação, também foi presa. Rafael foi jogado do mezanino de uma
altura de cerca cinco metros e teve morte cerebral constatada na manhã
desta segunda-feira (13) pelos médicos.
Além dos soldados presos, outros cincos estavam sendo ouvidos na
Corregedoria da Polícia Militar no início da manhã desta terça-feira.
Dependendo do depoimento, os cinco também podem ter a prisão decretada. A
polícia teve acesso ao vídeo das câmeras de segurança, no qual é
possível identificar alguns dos agressores.
O jovem estava com amigos em um bar para comemorar o novo emprego e lá
houve uma briga com pelo menos sete homens. Oito testemunhas foram
ouvidas. Segundo o delegado, o dono do bar confirmou que havia policiais
militares de folga no local na hora da agressão ao rapaz.
“Eles próprios se identificaram como policiais. No momento que ele chamou um deles de ‘parça’, ele falou "parça, você me conhece, eu sou polícia. Não me chama assim que eu não gosto", disse uma prima da vítima. “Começou a bater no meu irmão, na cara dele, com a ponta da arma. E nisso, os outros, depois de continuarem espancando meu irmão, os outros pegaram a perna do meu irmão e viraram pra baixo e ele caiu mole, com a cabeça direto no chão”, disse o irmão do rapaz.
“Eles próprios se identificaram como policiais. No momento que ele chamou um deles de ‘parça’, ele falou "parça, você me conhece, eu sou polícia. Não me chama assim que eu não gosto", disse uma prima da vítima. “Começou a bater no meu irmão, na cara dele, com a ponta da arma. E nisso, os outros, depois de continuarem espancando meu irmão, os outros pegaram a perna do meu irmão e viraram pra baixo e ele caiu mole, com a cabeça direto no chão”, disse o irmão do rapaz.
Foto mostra Rafael Caetano ferido no chão de casa
noturna de Mauá (SP) (Foto: Reprodução TV Globo)
noturna de Mauá (SP) (Foto: Reprodução TV Globo)
Uma foto mostra Rafael no chão do bar após a queda. Segundo o boletim
de ocorrência, o jovem de 23 anos teve a morte confirmada nesta
segunda-feira (13) depois de sofrer graves lesões na cabeça e no rosto
ao ser agredido por ao menos três homens e em seguida ser arremessado do
mezanino na parte térrea de uma boate na madrugada de sexta-feira.
A morte cerebral também foi confirmada nesta segunda pela Secretaria
Estadual de Saúde. O caso ocorreu em uma casa noturna localizada na
Avenida Portugal, em Mauá. Um parente e dois amigos relataram à polícia
que o jovem sofreu as agressões depois de ter discutido com outros três
homens. Segundo eles, a vítima teria oferecido bebida a um dos
agressores, que estava armado e desferiu coronhadas no rosto do jovem.
Em seguida, os outros dois homens o jogaram do mezanino no térreo, onde
fica a pista de dança.
O rapaz foi socorrido e encaminhado ao Hospital Nardini, também em
Mauá. No entanto, o jovem precisou ser transferido para o Hospital Mario
Covas, em Santo André, também no ABC, para uma melhor avaliação de seu
estado clínico, mas não resistiu. A ocorrência foi registrada no 1º
distrito policial de Mauá, como tentativa de homicídio qualificado, mas,
com a morte do suspeito, o inquérito deverá ser alterado para homicídio
qualificado.
Emprego novo
Em seu perfil no Facebook, Thiago Mendes disse que o irmão foi à casa noturna com os amigos para comemorar o emprego novo. Segundo Thiago, um dos suspeitos do crime não gostou quando Rafael lhe ofereceu uma bebida e o chamou em seguida de "parça" (gíria para parceiro).
Em seu perfil no Facebook, Thiago Mendes disse que o irmão foi à casa noturna com os amigos para comemorar o emprego novo. Segundo Thiago, um dos suspeitos do crime não gostou quando Rafael lhe ofereceu uma bebida e o chamou em seguida de "parça" (gíria para parceiro).
Em seguida, o homem teria se identificado como policial e começou a
discutir com o irmão dele. Logo depois, começaram as agressões a Rafael.
Um dos amigos dele, inclusive, teria sido ameaçado por um dos supostos
policiais ao tentar conter os agressores, segundo Thiago. "Minha
Indignação e raiva é tamanha que não consigo descrever!", disse Thiago
em sua página na rede social.
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