Decisão do Tribunal Regional do Trabalho foi ignorada pela categoria.
Assembleia ocorreu no fim da manhã desta segunda-feira (2).
Gilson Coimbra, presidente do Sttrema, confirmou
que paralisação continua (Foto: De Jesus/O Estado)
que paralisação continua (Foto: De Jesus/O Estado)
Rodoviários de São Luís decidiram manter 100% da frota de ônibus
parada, contrariando decisão da Justiça do Trabalho, que determinou a
circulação de 70% dos coletivos. A assembleia da categoria foi encerrada
no fim da manhã desta segunda-feira (2), e ocorreu na sede do Sindicato
dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão (Sttrema).
"A categoria decidiu manter. Não adianta passar sete dias parados e voltar sem nenhuma mudança. Colocaram o trabalhador em uma 'sinuca de bico'. Se voltarmos, o que vai acontecer? De que adiantou essa paralisação? Ninguém nos chama para negociar, só para nos dar 'porrada'. Já baixamos o pedido de reajuste para menos de 9%, na sexta-feira. Se voltarmos a trabalhar vai resolver essa situação quando? Nunca. É complicado desse jeito", reclamou o presidente do Sttrema, Gilson Coimbra, em entrevista ao G1.
"A categoria decidiu manter. Não adianta passar sete dias parados e voltar sem nenhuma mudança. Colocaram o trabalhador em uma 'sinuca de bico'. Se voltarmos, o que vai acontecer? De que adiantou essa paralisação? Ninguém nos chama para negociar, só para nos dar 'porrada'. Já baixamos o pedido de reajuste para menos de 9%, na sexta-feira. Se voltarmos a trabalhar vai resolver essa situação quando? Nunca. É complicado desse jeito", reclamou o presidente do Sttrema, Gilson Coimbra, em entrevista ao G1.
Ônibus circulando pela Avenida Jerônimo de
Albuquerque, no Cohafuma (Foto: Mieko Wada/G1)
Albuquerque, no Cohafuma (Foto: Mieko Wada/G1)
Nesta segunda-feira (2), alguns ônibus ainda chegaram a circular pelas
ruas de São Luís. "Uma das empresas chamou os motoristas e disse que
acabou a greve. Os funcionários, que são mal informados, não assistem a
televisão e não escutam rádio, foram trabalhar. Alguns ainda continuam
circulando pelo Centro", disse Coimbra.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) decretou nesse domingo (1º), a ilegalidade da greve dos rodoviários em São Luís. A decisão do TRT atende a um pedido da Prefeitura de São Luís e determina a circulação, a partir desta segunda-feira (2), de pelo menos 70% da frota, que está parada há 12 dias, e a substituição dos trabalhadores grevistas.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) decretou nesse domingo (1º), a ilegalidade da greve dos rodoviários em São Luís. A decisão do TRT atende a um pedido da Prefeitura de São Luís e determina a circulação, a partir desta segunda-feira (2), de pelo menos 70% da frota, que está parada há 12 dias, e a substituição dos trabalhadores grevistas.
A decisão determina que o Sindicato das Empresas de Transporte contrate
força de trabalho para substituir, temporariamente, motoristas,
cobradores e fiscais. Caso haja descumprimento à decisão emitida pelo
TRT-MA haverá multa diária estipulada em R$ 100 mil.
Segundo a desembargadora federal Solange Cristina Passos Cordeiro, a
paralisação infringiu o princípio constitucional que proíbe a suspensão
completa dos serviços essenciais. “Sua prestação [do serviço público]
deve ser adequada, não podendo sofrer interrupção, isto porque,
importaria em prejuízos de toda ordem, à coletividade, que dele depende
para satisfazer seus legítimos interesses e necessidades inerentes a
todo cidadão”, garante.
A desembargadora confirmou que a greve é considerada ilegal. " A Justiça determinou que 70% dos coletivos estivessem nas ruas e eles não estão obedecendo. Eles descumpriram a Constituição e afrontaram uma decisão judicial, desamparando o povo. A greve é ilegal.", enfatizou.
Durante a manhã, a população sentiu na pele o descumprimento da decisão. A ausência dos ônibus foi percebida pelas ruas, avenidas, nos terminais de integração. Na Praça Deodoro, o movimento foi pequeno durante a manhã, contrastando com o que costuma ocorrer. No Anel Viário a aglomeração foi de milhares de pessoas vindas principalmente da área Itaqui-Bacanga. Muitos passageiros acordaram de madrugada.
A desembargadora confirmou que a greve é considerada ilegal. " A Justiça determinou que 70% dos coletivos estivessem nas ruas e eles não estão obedecendo. Eles descumpriram a Constituição e afrontaram uma decisão judicial, desamparando o povo. A greve é ilegal.", enfatizou.
Durante a manhã, a população sentiu na pele o descumprimento da decisão. A ausência dos ônibus foi percebida pelas ruas, avenidas, nos terminais de integração. Na Praça Deodoro, o movimento foi pequeno durante a manhã, contrastando com o que costuma ocorrer. No Anel Viário a aglomeração foi de milhares de pessoas vindas principalmente da área Itaqui-Bacanga. Muitos passageiros acordaram de madrugada.
Empresários e rodoviários não conseguem chegar
a um acordo (Foto: Lucas Vieira/G1)
a um acordo (Foto: Lucas Vieira/G1)
Paralisação
O movimento grevista foi iniciado no dia 22 de maio, após uma série de reuniões entre os Sindicatos dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte (SET). Apesar da mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT-MA), não houve consenso sobre o percentual de reajuste solicitado pelos trabalhadores.
O movimento grevista foi iniciado no dia 22 de maio, após uma série de reuniões entre os Sindicatos dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte (SET). Apesar da mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT-MA), não houve consenso sobre o percentual de reajuste solicitado pelos trabalhadores.
Os rodoviários reivindicam 11% do reajuste salarial (proposta anterior
de 16% foi reduzida), reajuste do vale-alimentação para R$ 500,00 por
mês, inclusão de um dependente no plano de saúde, além da implantação de
plano odontológico. O SET afirma não ter condições de ceder qualquer
aumento, e atribuiu a resolução do caso à Prefeitura de São Luís.
A Prefeitura de São Luís já descartou a possibilidade de aumento no
valor das passagens de ônibus. Durante a primeira audiência do dissídio
coletivo, realizada no dia 28, o município sugeriu o combate às fraudes
nas gratuidades e meias-passagens, o fim da chamada 'Domingueira'
(gratuidade), além da redução do ICMS para combustíveis, o que pode
representar um ganho de aproximadamente R$ 2.125.000,00 por mês ao
setor.
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