Fatalidade
- Daniel Júnior / O Estado
Sala
de aula onde Taynara Sousa dos Santos, de 16 anos, estudava, está
interditada; este é o terceiro caso de morte causada pela doença em São
Luís, este ano; funcionários reclamam da falta de inspeção sanitária na
unidade de ensino estadual
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Vítima
de meningite, a estudante Taynara Sousa dos Santos, de 16 anos, morreu
no último domingo, 11, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade
Operária, em São Luís. Este é o terceiro caso de morte causada pela
doença registrado na capital maranhense este ano. Taynara dos Santos era
aluna da Escola Estadual Pedro Álvares Cabral. A sala de aula onde
estudava permanece interditada. De acordo com a direção da unidade
escolar, uma professora percebeu, na sexta-feira, 9, que a adolescente
não estava bem.
"Na sexta-feira, ficamos sabendo que a Taynara não estava muito bem. Uma professora percebeu. Quando foi na segunda-feira de manhã, recebemos a notícia do falecimento. Não acreditamos e ligamos para a mãe dela, para confirmar. O laudo da morte revelou meningite. Nunca teve um caso assim aqui na escola, que possui cerca de 1.200 alunos", relatou Valmir Ribeiro, diretor da unidade.
Quando O Estado esteve na escola, na manhã de ontem, uma equipe da Vigilância Sanitária fazia uma inspeção em suas dependências. Mas, segundo funcionários da unidade de ensino, que preferiram não se identificar, a vistoria sanitária só aconteceu depois da morte da aluna por uma doença contagiosa. "Não há inspeção aqui na escola. Eles dizem que estão aqui para fazer uma inspeção preventiva, mas não é, pois nunca tem. Ficamos preocupados com a nossa saúde e a dos nossos alunos. Disseram que não era para a gente se preocupar, mas por que os sanitaristas estão todos de máscara?", indagou uma servidora.
O Estado flagrou água empoçada e uma área que necessita de capinação na escola. Depois da fatalidade, a as aulas foram suspensas por dois dias. Muita gente foi tentar tomar a vacina que previne a doença em unidades de saúde do bairro e adjacências, mas, segundo funcionários da escola, não estão conseguindo.
"Na sexta-feira, ficamos sabendo que a Taynara não estava muito bem. Uma professora percebeu. Quando foi na segunda-feira de manhã, recebemos a notícia do falecimento. Não acreditamos e ligamos para a mãe dela, para confirmar. O laudo da morte revelou meningite. Nunca teve um caso assim aqui na escola, que possui cerca de 1.200 alunos", relatou Valmir Ribeiro, diretor da unidade.
Quando O Estado esteve na escola, na manhã de ontem, uma equipe da Vigilância Sanitária fazia uma inspeção em suas dependências. Mas, segundo funcionários da unidade de ensino, que preferiram não se identificar, a vistoria sanitária só aconteceu depois da morte da aluna por uma doença contagiosa. "Não há inspeção aqui na escola. Eles dizem que estão aqui para fazer uma inspeção preventiva, mas não é, pois nunca tem. Ficamos preocupados com a nossa saúde e a dos nossos alunos. Disseram que não era para a gente se preocupar, mas por que os sanitaristas estão todos de máscara?", indagou uma servidora.
O Estado flagrou água empoçada e uma área que necessita de capinação na escola. Depois da fatalidade, a as aulas foram suspensas por dois dias. Muita gente foi tentar tomar a vacina que previne a doença em unidades de saúde do bairro e adjacências, mas, segundo funcionários da escola, não estão conseguindo.
Outros casos
O estudante Lucas Gabriel Martins, de 21 anos, morreu dia 27 de fevereiro vítima de meningite. Ele chegou a ser socorrido e internado em um hospital particular da capital, mas não resistiu e faleceu. De acordo com amigos da vítima, durante todo o dia o jovem sentiu fortes dores de cabeça, vômito e torcicolo.
O outro caso registrado foi da adolescente Deborah Sales, de 17 anos. Ela morreu após passar mal. A jovem chegou a ser internada com sintomas da doença na Unidade Mista do bairro Bequimão, mas acabou falecendo. Todos os casos foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde. O órgão descartou um possível surto de meningite em São Luís, por meio de nota no início deste mês.
O estudante Lucas Gabriel Martins, de 21 anos, morreu dia 27 de fevereiro vítima de meningite. Ele chegou a ser socorrido e internado em um hospital particular da capital, mas não resistiu e faleceu. De acordo com amigos da vítima, durante todo o dia o jovem sentiu fortes dores de cabeça, vômito e torcicolo.
O outro caso registrado foi da adolescente Deborah Sales, de 17 anos. Ela morreu após passar mal. A jovem chegou a ser internada com sintomas da doença na Unidade Mista do bairro Bequimão, mas acabou falecendo. Todos os casos foram confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde. O órgão descartou um possível surto de meningite em São Luís, por meio de nota no início deste mês.
Sobre
a morte de Taynara Sousa dos Santos, A Secretaria de Estado da Saúde
(SES) afirmou, em nota, que houve óbito de uma jovem de 18 anos atendida
na UPA Cidade Operária, moradora do bairro Cidade Olímpica, estudante
de uma escola do mesmo bairro (Centro de Ensino Pedro Alvares Cabral)
com suspeita de meningite. O corpo foi encaminhado ao Serviço de
Verificação de Óbito (SVO) para coleta de amostra que será analisado
pelo Laboratório de referência Adolfo Lutz (São Paulo).
A SES
ressaltou que tem adotado medidas de controle através da Vigilância
Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a
Vigilância Epidemiológica Municipal, com a investigação epidemiológica
na UPA Cidade Operária – conversa com os profissionais de saúde que
atenderam a paciente; investigação epidemiológica no SVO para colher
informações a respeito da suspeita pelos médicos que procederam a coleta
de amostras para exame laboratorial; realização de orientação para os
gestores de Educação da escola e corpo docente da mesma sobre as medidas
de controle, sendo realizado bloqueio da doença com a medida de
quimioprofilaxiatanto na escola, quanto nos familiares do domicílio após
avalição e triagem; orientação aos familiares quanto as medidas de
controle e quimioprofilaxia dos contatos do domicílio; e reunião com a
Vigilância Sanitária para adoção de medidas sanitárias na escola onde o
caso suspeito estudava e visita à escola, orientação, avaliação das
condições de higiene do ambiente escolar, entre outras.
SAIBA MAIS
A
meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a
medula espinhal, geralmente causada por uma infecção, normalmente viral.
Mas a doença também pode ser causada por bactérias ou fungos. Existem
vacinas para a prevenção de algumas formas da meningite. Os sintomas
incluem dor de cabeça, febre e torcicolo. Dependendo da causa, a
meningite pode melhorar com o tempo, com tratamento à base de
antibióticos, ou ser fatal.
Devem ficar atentas as pessoas que apresentarem os sintomas:
Dores locais: costas, nos músculos ou pescoço; No corpo: calafrios, fadiga, febre, letargia, mal-estar, perda de apetite ou tremor; No aparelho gastrointestinal: náusea ou vômito; Na pele: erupções avermelhadas ou manchas vermelhas; Também é comum ter alimentação insuficiente, confusão mental, sensibilidade a barulhos altos, irritabilidade, meningismo, respiração acelerada, sonolência ou taquicardia.
Devem ficar atentas as pessoas que apresentarem os sintomas:
Dores locais: costas, nos músculos ou pescoço; No corpo: calafrios, fadiga, febre, letargia, mal-estar, perda de apetite ou tremor; No aparelho gastrointestinal: náusea ou vômito; Na pele: erupções avermelhadas ou manchas vermelhas; Também é comum ter alimentação insuficiente, confusão mental, sensibilidade a barulhos altos, irritabilidade, meningismo, respiração acelerada, sonolência ou taquicardia.
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