O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública , o ex-juiz Sergio Moro, se reunirá nesta
quarta-feira com o governador Flávio Dino e governadores eleitos. A pauta central do encontro será debater políticas para a área de segurança pública. Esta será a primeira vez que o ministro terá um encontro com um grupo de políticos depois de deixar a magistratura.
Dino, um dos críticos de Moro, e os governadores eleitos estarão reunidos em Brasília pela segunda vez. O encontro ocorrerá na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Em novembro, o presidente eleito Jair Bolsonaro esteve presente, assim como o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Dessa vez, Moro deverá ser a principal autoridade a participar dos debates.
Moro tem procurado dar como principal enfoque para sua gestão na área de segurança pública o combate ao crime organizado. Ele escolheu já o seu principal assessor para a área. O general da reserva Guilherme Theófilo, que foi candidato derrotado ao governo do Ceará pelo PSDB, será o secretário nacional de segurança pública. Moro justificou a escolha por considerar positiva a esperança dos militares na intervenção na segurança pública do Rio, que ocorre desde fevereiro sob o comando do general Braga Netto.
Moro afirmou que a reunião dos governadores é de apresentação, sem qualquer previsão de anúncio de medida específica para a área.
— O tema é segurança pública. No fundo, é mais uma apresentação, tanto minha quanto deles, um início de conversa só. É tudo ainda muito preliminar, tanto para mim quanto pra eles. É mais um quebra-gelo — disse o futuro ministro da Justiça.
Além de Moro, participarão de reuniões com os governadores eleitos o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e o futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, além do anfitrião, o presidente do OAB, Carlos Lamachia.
Moro comentou ainda que os projetos legislativos em elaboração por sua equipe só devem ser divulgados no próximo ano. Ele pediu que se dê visibilidade para a votação do projeto que acaba com o foro privilegiado na Câmara, que está na pauta de comissão especial nesta semana, assim como à votação do acordo internacional que prevê congelamento de bens de envolvidos com terrorismo.
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