Previsão para o IPCA do próximo ano passa de 6,49% para 6,5%.
Analistas também passaram a prever alta maior dos juros em 2015.
PREVISÕES PARA A ECONOMIA
em %
Fonte: Focus
As perspectivas dos economistas do mercado financeiro tiveram nova
piora. As estimativas de crescimento para a economia ficaram menores
para este ano e para 2015, e a previsão para a inflação do próximo ano
chegou ao limite da meta do governo. Os dados são do boletim Focus,
divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (8). O relatório é
fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Para este ano, a expectativa dos economistas para a inflação recuou de
6,43% para 6,38%. Para 2015, no entanto, a estimativa subiu de 6,49%
para 6,5%. A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos
para mais ou para menos. Dessa forma, o teto é de 6,5%.
Em doze meses até novembro, segundo informou o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, o IPCA, considerada a
inflação oficial do país, ficou em 6,56% – valor que ainda está acima do teto de 6,5%. A meta, porém, vale somente para anos fechados.
Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas baixaram a estimativa de uma alta deste ano de 0,19% para 0,18%. Foi a terceira queda seguida do indicador. Se confirmada, será a menor expansão desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia recuou de 0,77% para 0,73%, na segunda redução consecutiva.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas baixaram a estimativa de uma alta deste ano de 0,19% para 0,18%. Foi a terceira queda seguida do indicador. Se confirmada, será a menor expansão desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia recuou de 0,77% para 0,73%, na segunda redução consecutiva.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território
brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e
serve para medir o crescimento da economia.
No fim de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão
técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o Produto Interno Bruto
(PIB) cresceu 0,1% na comparaçao com o trimestre anterior. De janeiro a
setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do
ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta
foi de 0,7%.
Taxa de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou para 11,75% ao ano na semana passada, a expectativa do mercado para o fechamento de 2015, passou de 12% para 12,50% ao ano. Isso quer dizer que os analistas dos bancos esperam uma alta maior dos juros no próximo ano.
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou para 11,75% ao ano na semana passada, a expectativa do mercado para o fechamento de 2015, passou de 12% para 12,50% ao ano. Isso quer dizer que os analistas dos bancos esperam uma alta maior dos juros no próximo ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar
conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação
brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos
pré-determinados. Em 2014, 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o
teto é de 6,5%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,55 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 2,67 para R$ 2,70 por dólar.
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,55 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio avançou de R$ 2,67 para R$ 2,70 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de
exportações menos as importações) em 2014 permaneceu em um saldo zero
na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial ficou
estável em US$ 6,3 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros
diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa
dos analistas para o aporte ficou estável em US$ 58 bilhões.
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