Pedidos de inquérito estão sob segredo de Justiça.
São 28 pedidos de abertura de inquérito sobre 54 pessoas.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode
decidir nesta sexta-feira (6) se derruba o segredo de justiça dos
pedidos de inquérito feitos pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, para
investigar políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção
da Petrobras.
Janot entregou na terça-feira (3) ao STF 28 pedidos de abertura de inquérito referentes a 54 pessoas, entre autoridades e pessoas sem foro privilegiado. Em cada peça, Janot requer a derrubada do segredo de Justiça. Caberá ao ministro Zavascki decidir se revela ou não quem são os investigados.
Janot entregou na terça-feira (3) ao STF 28 pedidos de abertura de inquérito referentes a 54 pessoas, entre autoridades e pessoas sem foro privilegiado. Em cada peça, Janot requer a derrubada do segredo de Justiça. Caberá ao ministro Zavascki decidir se revela ou não quem são os investigados.
Os pedidos de investigação se referem a 54 pessoas, entre autoridades e
suspeitos sem prerrogativa do foro no STF. Além disso, foram
protocolados sete solicitações de arquivamento. Todos esses documentos ocupam cinco caixas entregues no gabinete de Zavascki.
Apesar da intenção de concluir a análise das petições ainda nesta
semana, o ministro participará de sessão do plenário do Supremo nesta
quinta (5) e na sexta (6) pela manhã, o que pode retardar o trabalho.
No intervalo da sessão do plenário do STF desta quarta, o ministro
Marco Aurélio Mello defendeu que o segredo de justiça seja retirado o
quanto antes.
“Enquanto mantiver o sigilo, a suspeição recai sobre todos os
políticos. A sociedade está esperando essa revelação, e essa revelação
serve até para afastar o sentimento de impunidade, que é péssimo”,
disse.
Devido à prerrogativa de fora presidente da República, senadores,
deputados e ministros de Estado somente podem ser investigados e
julgados no STF.
O procurador-geral vai entregar até o início da próxima semana, no
Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedido para investigar um ou mais
governadores suspeitos de participação no escândalo de pagamento de
propina na Petrobras – para governadores, o foro é o STJ. As petições,
nese caso, serão analisadas pelo ministro Luís Felipe Salomão. A
tendência é de que o ministro do STJ também derrube o sigilo das
investigações.
A participação de autoridades e parlamentares no escândalo na Petrobras foi revelada nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
A participação de autoridades e parlamentares no escândalo na Petrobras foi revelada nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Os dois firmaram acordo com o Ministério Público Federal para colaborar
com as investigações e delatar os demais integrantes do esquema em
troca de redução das penas.
Junto com os pedidos de abertura de inquérito, Rodrigo Janot já
solicitou uma série de diligências, como quebra de sigilos bancário e
fiscal dos políticos.
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