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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Após condenação, defesa de Lula diz que vai recorrer

Condenação

Por unanimidade, os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª região condenou e aumentou a pena do ex-presidente da República; defesa diz que usará todos os recursos para reverter a decisão dos magistrados
Advogados de defesa do ex-presidente Lula entrarão com embargos de declaração contra decisão de turma

Advogados de defesa do ex-presidente Lula entrarão com embargos de declaração contra decisão de turma (Foto: Divulgação)
BRASÍLIA - Após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o advogado Cristiano Zanin, que lidera a equipe de defesa do petista, garantiu ontem, que vai tomar todas as medidas legalmente cabíveis para tentar reverter a decisão da turma de desembargadores.
Os desembargadores do TRF-4 que condenaram o ex-presidente a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá.
Ainda cabe recurso e os advogados de Lula prometem recorrer. "Vamos esperar a publicação do acórdão, vamos analisar e tomar as medidas legalmente cabíveis, com a expectativa de reverter a decisão, mostrando incongruências presentes nos votos apresentados e que não afastaram a garantia da presunção de inocência, e garantia só pode ser afastada através de exame racional que mostre provas da prática de um crime, o que não aconteceu hoje", disse.
A defesa de Lula pode apresentar embargos de declaração, um recurso em que a defesa pede esclarecimentos sobre algum ponto da decisão. Esses embargos são apresentados ao relator do caso, João Pedro Gebran Neto, e julgados pelos três integrantes da 8ª Turma.
Os embargos devem ser apresentados até dois dias após a publicação da sentença, segundo a assessoria do tribunal. O TRF4 vai divulgar a íntegra dos votos e o acórdão da sessão de julgamento da apelação criminal do ex-presidente na próxima semana.
Pena maior
Na sessão, os desembargadores também aumentaram a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O cumprimento da pena de Lula, ou seja uma eventual prisão, só poderá ser feito após esgotados todos os recursos em segunda instância. Se os recursos ao TRF forem negados, a defesa ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio de recurso especial, e ao Supremo Tribunal Federal (STF), com recurso extraordinário.
O TRF4 informou que os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus sairão de férias. Paulsen ficará 30 dias fora, a partir de 29 de janeiro. Pelo mesmo prazo, Victor Laus também estará de férias a partir de 21 de fevereiro. Nas férias dos titulares, juízes federais são convocados. Neste caso, serão chamados para a 8º Turma Nivaldo Brunoni, para substituir Laus, e Antônio Bochenek, no lugar de Paulsen. Mesmo com as férias dos titulares, os prazos processuais correm normalmente, conforme o tribunal.
Eventual candidatura
Como a condenação foi confirmada pelos desembargadores, uma eventual candidatura de Lula à presidência, na eleição de outubro, pode ser barrada com base na Lei da Ficha Limpa, que considera inelegíveis aqueles que tenham sido condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado.
No entanto, há uma brecha na lei que permite solicitar uma liminar (decisão provisória), o que garantiria o registro da candidatura.

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