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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Ativista brasileira do Greenpeace é indiciada na Rússia por pirataria



De Moscou 




Greenpeace protesta contra exploração de petróleo no Ártico 

 

29.set.2013 - A bióloga Ana Paula Maciel escreve mensagem "Salve o Ártico" em um livro durante sua audiência na corte de Murmansk, noroeste da Rússia. A Justiça russa decidiu estender por dois meses a prisão preventiva da brasileira e de outros sete ativistas que foram presos no protesto contra uma plataforma petrolífera da gigante russa Gazprom no Ártico Leia mais Dmitri Sharomov/Greenpeace

Dois ativistas do Greenpeace, um britânico e a brasileira Ana Paula Maciel, foram indiciados nesta quarta-feira (2) na Rússia por pirataria em grupo organizado, um crime que pode ser punido com pena de entre 10 e 15 anos de prisão, informou a organização ecológica.

"O cinegrafista do Reino Unido e uma ativista do Brasil foram indiciados", afirma o Greenpeace em um comunicado.

"Os indiciamentos por pirataria não têm fundamento e não são apoiados por nenhuma prova", declarou Irina Isakova, advogada do Greenpeace, citada na nota.

Entenda o caso

 

Quatro russos e 26 estrangeiros de 17 países, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, estão detidos desde 19 de setembro na Rússia por participação em um ato de protesto em uma plataforma de petróleo no Ártico.

No mesmo dia, o barco "Artic Sunrise" do Greenpeace foi abordado por uma unidade da guarda costeira russa, depois que vários ativistas tentaram escalar uma plataforma petroleira da empresa russa Gazprom para denunciar o risco ecológico da extração de combustível.

O Comitê de Investigação russo iniciou os processos por pirataria.

Os militantes negaram as acusações e relataram uma invasao ilegal das tropas russas ao barco, que estaria em águas internacionais.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na semana passada que os ativistas não são piratas, mas que violaram as normas da lei internacional.

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