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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Secretário da Sejap explica como começou a rebelião em Pedrinhas

Heider Matos/Imirante

 

"Inicialmente, a fuga frustrada desencadeou o motim", afirma Sebastião Uchôa.



Divulgação

SÃO LUÍS - Em entrevista a Rádio Mirante AM, o Secretário de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), Sebastião Uchôa, falou da rebelião que aconteceu nesta quarta-feira (9) no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
O secretário relatou como se deu o início do tumulto e falou da ação dos agentes penitenciários. “Em razão do fato que aconteceu, um dos presos se aproximou da permanência da unidade e disse “isso aqui é coisa nossa, não é de vocês não”. Os agentes perceberam que estavam havendo disparos de armas de fogo e resolveram recuar e pedir apoio, e, só com o apoio puderam intervir. Mas, inicialmente a fuga frustrada desencadeou o motim, e, logo em seguida, os presos foram para o outro lado do bloco atrás de seus desafetos”.
Sobre os disparos feitos por policias aos detentos, o secretário foi enfático em dizer que houve os disparos. “Sem dúvida houve os disparos, mas, com munições não letais e todas essas tem a rubrica das armas, isso pode ser comprovado com a perícia, sem nenhum problema. A possibilidade maior é de que 99 % dos homicídios ocorridos dentro da casa de detenção foram efetuados com armas de fogo utilizados pelos próprios apenados”, informou.
Sebastião Uchôa relatou a quantidade de armas que foram encontradas dentro da casa de detenção e disse que haverá uma revista a procura de outras armas. “Os informes que obtivemos relatam que foram encontradas de duas a três armas. Mas agora que os detentos estão separados, nós vamos fazer uma reforma geral e um pente fino, a procura de armas dentro da casa de detenção. Os informes dão conta de que as armas são de calibre 38 a exemplo do que foi recolhido dentro do CDP”.
Uchôa disse, ainda, que as ambulâncias que estavam no local agiram prontamente. “Nossas duas ambulâncias que estavam no local agiram a pronto-atendimento. Mas, a demanda era muito grande e as informações que obtive do secretário-adjunto, é de que a Samu havia dito que não era área de circunscrição e não podia atender. Razão pela qual, que fiz uma intervenção na Secretária Municipal de Segurança Cidadã pedindo a intervenção de um colega perante a Secretaria Municipal de Saúde de forma que eles disponibilizaram, imediatamente, as ambulâncias para o local. Isso depois de 45 minutos à uma hora” disse.
Por fim, sobre a possibilidade de a rebelião ter relação com a prisão de uma quadrilha na semana passada, o secretário disse não haver nenhuma relação com este acontecimento. “Não tem nada haver, porque o alvo foi a fuga frustrada e a quebra-quebra possibilitou o encontro dos desafetos. Eu não vejo ligação técnica, mas sim, antológica com o fato que ocorreu na APP e no CDP. Criou-se um sentimento de rivalidade, e, revanchismo. Escutei em uma rádio um dos internos dizendo que isto é coisa de “alemão”." Alemão" é um termo utilizado para caracterizar um inimigo. O detendo disse “a briga é entre nós alemão”. De forma que quando ele diz que a coisa é de alemão fica caracterizado que o acontecimento é relativo aos acontecimentos na APP, CDP e as disputas entre as gangues que se encontram dentro do ambiente penitenciário.

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