Do G1 Rio
Cremação está marcada para as 14h de quinta-feira, no Caju.
Norma morreu por volta das 3h desta quarta-feira, vítima de câncer.
Luiz Carlos e Lucy Barreto e Carla Camurati se depedem de Norma Bengell no São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1)
A atriz e cineasta Norma Bengell, de 78 anos, foi velada na noite desta
quarta-feira (9), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona
Sul do Rio. Entre os amigos e parentes que foram se despedir da artista,
estiveram presentes o ator Ney Latorraca e os cineastas Luiz Carlos e
Lucy Barreto, Silvio Tendler e Carla Camurati.
Ney Latorraca também foi se despedir (Foto:
Gabriel Barreira / G1)
Gabriel Barreira / G1)
"Vai ficar saudade. Era insubstituível. Ela que abria todas as passeatas contra a ditadura. Foi revolucionaria", disse Ney Latorraca, citado
por Luciane Marques, amiga, cuidadora e procuradora da atriz, com um
dos poucos que ligava e procurava notícia. "Ela era a cara do Rio",
acrescentou.
"Era um exemplo de atriz e militante", disse Luiz Carlos Barreto.
Velório de Norma Bengell é realizado no Cemitério
São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1)
São João Batista (Foto: Gabriel Barreira / G1)
A cremação está marcada para as 14h de quinta-feira (10) no Cemitério
do Caju, na Zona Portuária. As cinzas da atriz e cineasta serão jogadas
da Pedra do Arpoador, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Segundo o primo da
atriz, Egberto Guimarães Costa, esse era o desejo de Norma.
Norma morreu por volta das 3h desta quarta-feira no Rio de Janeiro vítima de câncer no pulmão direito. Ela estava internada no Hospital Rio-Laranjeiras, unidade Bambina, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
Norma morreu por volta das 3h desta quarta-feira no Rio de Janeiro vítima de câncer no pulmão direito. Ela estava internada no Hospital Rio-Laranjeiras, unidade Bambina, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
Dilma envia nota de pesar
A presidente Dilma Rousseff enviou uma nota de pesar
pela morte da atriz, a quem disse considerar uma das principais do
país. A artista morreu nesta madrugada, após complicações de um câncer.
"Foi com pesar que soube da morte de Norma Bengell, uma das principais
atrizes do cinema brasileiro. Norma reunia talento e coragem em doses
únicas. Ninguém que ainda hoje assiste filmes como 'Os Cafajestes', 'O
Homem do Sputnik' e 'A idade da Terra' fica imune ao seu magnetismo.
Neste momento de tristeza, compartilho meus sentimentos com sua família,
amigos e admiradores", disse a presidente.
Musa do cinema
Musa do cinema
A atriz foi uma das maiores musas do cinema e do teatro brasileiros nas décadas de 50, 60 e 70. Atriz, vedete, cineasta, cantora e compositora, Norma começou a carreira na música no início dos anos 50. Em 1959 lançou o primeiro disco, com músicas de Tom Jobim e João Gilberto. No cinema, participou de 64 filmes. Estreou nas telas aos 23 anos, no longa metragem o "Homem do Sputnik", estrelado por Oscarito, onde fez sucesso parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot.
Norma Bengell fez história em 1962 ao exibir o primeiro nu frontal do
cinema brasileiro aos 27 anos, no filme Os Cafajestes, de Ruy Guerra.
Nos anos 80, lançou-se diretora de cinema com "Eternamente Pagu". Norma
também participou de várias novelas como "Partido Alto" e "Sexo dos
Anjos", na TV Globo. O último trabalho foi como Deise Coturno, em 2009,
no programa humorístico Toma Lá, Dá Cá.
Norma Bengell morreu nesta quarta (Foto: TV Globo / Thiago Prado Neris)
Confira os principais filmes da carreira da atriz:
• 1959 - O Homem do Sputnik
• 1960 - Conceição
• 1961 - Carnival of Crime
• 1961 - Mulheres e milhões
• 1961 - Sócia de Alcova
• 1962 - Mafioso
• 1962 - O Pagador de Promessas
• 1962 - Os Cafajestes
• 1963 - I cuori infranti
• 1963 - Il mito
• 1963 - La ballata dei mariti
• 1964 - La costanza della ragione
• 1964 - Noite Vazia
• 1965 - Mar Corrente
• 1965 - Terrore nello spazio
• 1965 - Una bella grinta
• 1966 - As Cariocas
• 1969 - Verão de Fogo
• 1970 - Os Deuses e os Mortos
• 1971 - A Casa Assassinada
• 1971 - As Confissões de Frei Abóbora
• 1971 - Capitão Bandeira contra o Doutor Moura Brasil
• 1977 - Maria Bonita
• 1977- Mar de Rosas
• 1981 - Eros, o Deus do Amor
• 1983 - Rio Babilônia
• 1988 - Eternamente Pagu
• 1992 - Vagas para Moças de Fino Trato
• 2002 - Banquete
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