Segundo coordenador do SAMU de Campo Grande, a Santa Casa negou atendimento a sete pacientes que precisam de internação e permanecem no pronto-socorro municipal.
A Santa Casa de Campo Grande, para onde a família de Angélica e Luciano
Huck foi levada após o avião em que viajavam ter feito um pouso forçado nas imediações da
capital do Mato Grosso do Sul, negou leitos para sete pacientes atendidos nos
últimos dias pelo Serviço de Atendimento Movél de Urgência (SAMU). Segundo o
coordenador do SAMU de Campo Grande, Eduardo Cury, os pacientes estão recebendo
atendimento na Unidade de Pronto Atendimento da prefeitura da cidade, que não
possui aparelhos básicos, como respirador artificial. "A Santa Casa disse
que não tem condições de receber nossos pacientes, que são encaminhados pelo
SUS. Gostaria muito que essas autoridades que viabilizaram o atendimento do
Huck e da Angélica tivessem o mesmo interesse pelos outros pacientes",
afirma Cury. A família Huck foi atendida pelo Sistema Único de Saúde.
Segundo o médico, a apresentadora chegou a ser direcionada para a
unidade de tratamento intensivo (UTI), que contava com respirador, para fazer
os exames de praxe. Angélica ainda está em observação na unidade, enquanto
Luciano Huck, seus filhos e duas babás já estão liberados.
Cury argumenta que há uma pactuação ampla entre o hospital e o Sistema
Único que prevê, inclusive, compra de leitos em casos muito graves. Segundo o
coordenador do SAMU, houve uma tentativa de compra de leitos para os sete
pacientes que precisam de atendimento hospitalar, mas a Santa Casa também
negou. "O hospital é obrigado a atender pacientes graves e, depois,
discute-se os custos que vão incorrer. E foi isso que tentamos fazer, sem
sucesso", disse.
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