Indicador recuou 0,8% em março, após cair 1,3% no mês anterior.
Na comparação anual, baixa de 3,5% é a 13ª consecutiva.
Após uma leve recuperação em janeiro, a indústria brasileira teve em
março seu segundo mês seguido de queda. A produção caiu 0,8% em março na
comparação com o mês anterior, depois de ter sofrido redução de 1,3%
(dado revisado) em fevereiro, segundo dados divulgados nesta
quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
EVOLUÇAO DA INDÚSTRIA
em %
Fonte: IBGE
A queda registrada na comparação mensal é a mais intensa para o mês de março desde 2006, quando o recuo foi de 1,3%.
"Mais do que a queda em dois meses seguidos, de setembro para cá, há
uma frequência maior de uma trajetória descendente muito marcada. Há uma
perda acumulada muito grande. É um movimento que não está restrito a
início de 2015, a gente já observa há algum tempo”, disse André Luiz
Macedo, gerente de indústria do IBGE.
Na comparação com março do ano passado, a baixa foi de 3,5%, a 13ª
queda consecutiva da produção industrial. No ano, o setor acumula queda
de 5,9% e, em 12 meses, de 4,7%.
“A indústria, de setembro para cá, tem uma perda acumulada de 5,1%. Ela
está distante 11,2% do patamar mais alto, que foi registrado em junho
de 2013”, afirmou Macedo.
O setor que mais contribuiu para o resultado negativo da indústria foi o
de veículos automotores, com queda de 4,2% até março e de quase 20% nos
últimos seis meses. Também influenciaram os desempenhos de máquinas e
equipamentos (-3,8%), de equipamentos de informática, produtos
eletrônicos e ópticos (-8,1%) e de bebidas (-4,9%), entre outros.
Entre os ramos que aumentaram a produção está o de produtos
alimentícios, que voltou a crescer, atingindo alta de 2,1%. Entre as
categorias econômicas, recuaram a de bens de capital (-4,4%), bens de
consumo duráveis (-3,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e
de bens intermediários (-0,2%).
Comparação anual
Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda de quase 13% na produção de veículos automotores também pressionou negativamente a indústria. Também contribuíram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,7%), de metalurgia (-9,4%), de bebidas (-11,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,5%), de máquinas e equipamentos (-3,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-3,0%) e de produtos de minerais não-metálicos (-2,7%).
Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda de quase 13% na produção de veículos automotores também pressionou negativamente a indústria. Também contribuíram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,7%), de metalurgia (-9,4%), de bebidas (-11,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,5%), de máquinas e equipamentos (-3,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%), de produtos de borracha e de material plástico (-3,0%) e de produtos de minerais não-metálicos (-2,7%).
Mostraram avanço, na contramão, indústrias extrativas (8,9%) e produtos
diversos (22,6%), "influenciado, principalmente, pela maior fabricação
de artigos e aparelhos para prótese dentária, canetas esferográficas,
próteses articulares, luvas de borracha para segurança e proteção,
instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue, moedas e lentes para
óculos".
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