Não há informação sobre quantas pessoas estão em posse dos internos.
Negociação foi reiniciada por volta das 7h; pelo menos sete foram mortos.
A rebelião no pavilhão 10 do Presídio Regional de Feira de Santana, que deixou pelo menos sete detentos mortos,
continua na unidade. Pessoas são feitas reféns, mas não se sabe até o
momento a quantidade. Informações policiais apontam que, entre elas,
estão os parentes dos presos, dentre mulheres e crianças. A agitação
começou no domingo (24), dia de visita. Entre os mortos, pelo menos um
foi decapitado e cinco pessoas ficaram feridas.
Detentos do pavilhão 10 do presídio em rebelião
(Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
(Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
As negociações foram encerradas por volta das 22h do domingo (24) e
reiniciaram por volta das 7h desta segunda-feira (25), com a chegada da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal da cidade. Não houve
ocorrência grave durante a madrugada.
Clériston Leite, diretor do presídio, informou que vai investigar as
causas da rebelião, mas adiantou que a princípio começou após uma briga
entre facções.
Como aos domingos são realizadas as visitas aos detentos, muitas
famílias foram feitas reféns na rebelião. Entre os reféns, há mulheres e
crianças.
Ainda segundo o policial, as mortes e ferimentos foram causadas em
brigas entre os próprios presos. Os cinco feridos foram liberados pelos
presos e encaminhados para o hospital Clériston Andrade, um deles em
estado grave.
Os detentos exigiam a presença de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Feira de Santana
para encerrar a rebelião. Por volta das 19h, a comissão chegou ao
local, entretanto, os presos mudaram a posição e disseram que só vão
começar a liberar os reféns e se entregar na manhã desta segunda-feira
(25).
Rebelião começou por volta das 14h deste
domingo (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
domingo (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Por volta das 22h, o comandante da Polícia Militar de Feira de Santana,
coronel Adelmário Xavier, informou que encerrou as negociações neste
domingo, e que as conversas serão retomadas a partir das 7h desta
segunda. Segundo o coronel, o clima é de tranquilidade dentro do
presídio. O fornecimento de água foi cortado no local, mas o
abastecimento de energia mantido.
O G1 tentou entrar em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), mas não foi atendido.
Situação do presídio
De acordo com informações disponíveis no site da Seap, o presídio abriga 1.467 detentos, no entanto, só possui capacidade para 644. Com isso, 823 excedem a capacidade. Desse total, a grande maioria, 1.376, é de homens - 1.055 presos provisórios e 341 condenados. Das 91 mulheres, sendo que 49 provisórios e 42 condenados.
De acordo com informações disponíveis no site da Seap, o presídio abriga 1.467 detentos, no entanto, só possui capacidade para 644. Com isso, 823 excedem a capacidade. Desse total, a grande maioria, 1.376, é de homens - 1.055 presos provisórios e 341 condenados. Das 91 mulheres, sendo que 49 provisórios e 42 condenados.
A Seap informa ainda que a unidade tem 13 pavilhões - 12 masculinos e
um feminino. Dos próprios para homens, seis não estão em funcionamento.
Três locais são improvisados para recebimento de presos em regime
especial, como idosos e pessoas em regime semi-aberto.
Familiares de detentos aguardam do lado de fora do presídio (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
Segundo diretor do presídio, rebelião teria começado após briga entre facções (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
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