- Conforme a pesquisa da CNT, ntre os anos de 2005 e 2011 foram feitos os maiores investimentos em rodovias no Maranhão, que chegou a alcançar 7.692,4 km pavimentados
Em 15 anos a malha rodoviária total (incluindo federais e estaduais) do Maranhão praticamente não evoluiu no quesito pavimentação. É o que revela o primeiro Anuário do Transporte, produzido pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), e divulgado na segunda-feira, 30. No início da amostragem, em 2001, haviam, em todo o Estado, 6.808,6 Km de rodovias pavimentadas. Em 2015, último ano citado na pesquisa, eram 6.829,9 km. Ou seja, no total houve uma perda 21,3 km de rodovias.
A pesquisa ainda aponta que entre os anos de 2005 e 2011 foram feitos os maiores investimentos em rodovias no Maranhão, que chegou a alcançar 7.692,4 km pavimentados. Com o tempo e a falta de manutenção, estes números foram decaindo até alcançar o patamar de 2015.
Os dados dizem respeito aos números totais de rodovias pavimentadas, mas o Anuário ainda traz os dados específicos por tipo de rodovia, isto é se ela é de domínio federal ou estadual. As rodovias federais no Maranhão somavam, em 2001, 3.145,3 km pavimentados. Em 2015 são 3.162,4 km, ou seja, um acréscimo de apenas 17,1 km. Houve anos, como em 2008, que esses números chegaram a 3.268,2 km, sendo essa a maior quantidade de quilômetros pavimentados em todo o estado. A pesquisa ainda aponta que nos outros estados da Região Nordeste a tendência também foi de baixa pavimentação, apenas a Bahia apresentou um aumento substancial. Em 15 anos foram 1470,4 km a mais de estradas baianas pavimentadas.
Já nas estradas estaduais os anos de 2005 a 2010 foram os que apresentaram a maior quantidade de quilômetros pavimentados, chegando a 4.035,8 km, do total. 2015 apresentou os mesmos dados de 2014 (3.667,5 km), ano da última alta, indicando que não houveram estradas pavimentadas nesse período.
A pesquisa ainda aponta que em 2015, dos total de quilômetros aferidos, apenas 97 podem ser considerados ótimos e 469 estão em péssimas condições. O ano de 2009 foi o que apontou o maior número de quilômetros em ótimas, 308. Enquanto que os anos seguintes apresentaram a maior taxa de estradas em boas condições.
Contraponto
Em nota, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) ressaltou que investiu R$ 835 milhões para 965 km de asfaltamento em obras rodoviárias apenas em 2015. Contrariando o que diz a pesquisa da CNT. Destaca ainda que foram iniciadas 23 grandes obras, seis delas entregues ao final de dezembro, totalizando R$ 206,3 milhões investidos na MA-334, entre Riachão e Feira Nova; MA-381, entre Joselândia/Povoado Pacas; MA-381, Pedreiras/Povoado Paca; MA-262/034, Matões ao povoado Baú; MA-020 entre Coroatá e Vargem Grande; e também MA-020, entre Fortaleza dos Nogueiras a São Pedro dos Crentes.
Com a conclusão dos outros trechos rodoviários o governo deve investir neste ano, R$ 981 milhões em obras rodoviárias. Quanto a sinalização, a Sinfra informa que tem entregue as obras devidamente sinalizadas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) destacou que administra 3.261,80 km de rodovias federais pavimentadas no Maranhão. O órgão afirmou ainda que no período informado no anuário, ou seja, em 15 anos, manteve o foco em conservar e melhorar a situações das rodovias já existentes, com ampliações da malha viária de forma pontual. Assim, a extensão da malha pavimentada manteve-se regular.
O DNIT maranhão também disse que está planejando ampliar a malha rodoviária federal no Maranhão em mais 1.062,90 km, distribuídos em nove trechos. Só que a implantação depende da disponibilização de recursos da União para sua execução.
Dados nacionais
Nos últimos 15 anos, as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, uma média de apenas 1,5% ao ano. Enquanto em 2001, o país possuía 170,9 mil km com pavimento (9,8% do total), em 2015, esse número chegou a 210,6 mil km (12,2% do total). O crescimento foi somente de 39,7 mil km, para um tipo de transporte que corresponde a mais de 60% das movimentações de carga e a mais de 90% dos deslocamentos de passageiros.
O investimento em infraestrutura foi baixo, e a frota de veículos aumentou 184,2% no período.
Os Estados com maior malha pavimentada em 2015 são Minas Gerais (25.823,9 km), São Paulo (24.976,6 km), Paraná (19.574,1 km), Bahia (15.910,7 km) e Goiás (12.760,6 km). Já aqueles que têm menor malha pavimentada são Amazonas (2.157,0 km), Acre (1.498,2 km), Roraima (1.462,8 km), Distrito Federal (908,0 km) e Amapá (528,1 km).
Em 2015, 48,6% do pavimento da extensão avaliada apresenta algum tipo de problema, tendo classificação regular, ruim ou péssimo. Já em relação às condições gerais dos trechos pesquisados (que incluem também sinalização e geometria), o percentual de rodovias avaliadas com algum tipo de problema foi de 57,3%.
A CNT avaliou toda malha federal pavimentada e os principais trechos das malhas estaduais também pavimentadas.
Anuário
O primeiro Anuário CNT do Transporte disponibiliza os principais dados sobre os modais de transporte no Brasil (rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário), tanto na área de cargas quanto na de passageiros.
O documento reúne estatísticas brasileiras sobre movimentação, infraestrutura, produção e frota de veículos e composição do setor. “O Anuário representa o resgate da cultura de difusão de dados do setor para o planejamento sistêmico do transporte nacional, orientando transportadores, planejadores, formuladores de políticas públicas e ações voltadas para a melhoria do setor”, afirmou o presidente da Confederação Nacional do Transporte, Clésio Andrade.
Números
Condições das estradas no Maranhão:
97 km estão péssimas
1.502 km estão boas
1.702 km estão regulares
807 km estão ruins
469 km estão péssimas
Total pesquisado - 4.577km
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