Economia
Cada um dos 594 parlamentares poderá contar com até R$ 15,4 milhões em emendas individuais.
Agência Senado
O valor máximo para apresentação de emendas impositivas por bancada será de R$ 169,6 milhões. (Foto: Reprodução)
BRASIL
- A proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2019 prevê R$ 13,7
bilhões para emendas parlamentares impositivas. Desse total, R$ 9,2
bilhões vão para emendas individuais (de deputados e senadores) e R$ 4,5
bilhões para as de bancadas estaduais.
As
emendas individuais contemplam demandas que chegam das bases eleitorais
dos parlamentares e de grupos organizados que procuram influir no
projeto orçamentário.
Cada um dos 594
parlamentares poderá contar com até R$ 15,4 milhões em emendas
individuais. Metade dessas irá para a saúde, seguindo divisão
estabelecida na Constituição.
Já o valor
máximo para apresentação de emendas impositivas por bancada será de R$
169,6 milhões. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de
2019 (Lei 13.707, de 2018), esse valor poderá ser distribuído em até
seis emendas, sendo ao menos uma para a área de educação, uma para saúde
e uma para segurança pública.
Diferentemente
das emendas individuais, as de bancada priorizam obras e serviços de
interesse dos estados. Elas são discutidas dentro de cada bancada e
contam, geralmente, com o aval dos governadores.
Os dados estão em informativo conjunto das consultorias de orçamento do Senado e da Câmara dos Deputados.
Teto de gastos
Conforme
a proposta orçamentária para 2019, o Executivo compensou gastos
excedentes do Judiciário, do Legislativo, do Ministério Público (MP) e
da Defensoria Pública em R$ 3,36 bilhões, quase o total do previsto na
Constituição (0,25% do limite individualizado do Poder Executivo).
Em
2018, a compensação foi de R$ 2,1 bilhões (65,2% do máximo). Esse
crescimento, segundo as consultorias, vem principalmente por causa do
impacto para 2019 das leis que deram aumento para carreiras do
Judiciário e do MP (Leis 13.316, de 2016e 13.317, de 2016).
A
compensação acontece porque, pelo teto de gastos, estabelecido pela EC
95, as despesas só podem aumentar de acordo com a inflação. Como as
despesas dos outros poderes ficou além da correção inflacionária
(4,39%), a Constituição determina uma compensação de até 0,25% das
despesas do Executivo.
Só para o Judiciário,
a compensação foi de R$ 2,92 bilhões ou 87% do total repassado pelo
governo. A proposta orçamentária também prevê o aumento salarial dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 16,38%, que é o teto do
funcionalismo. Para o Legislativo, a compensação é de 7,6% ou R$ 258
milhões.
Deficit previdenciário
O
ritmo do crescimento da necessidade de financiamento do Regime Geral da
Previdência Social (RGPS) reduziu em relação aos últimos anos. A
projeção para o deficit previdenciário, segundo as consultorias, é de de
2,93% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019, considerados a
arrecadação líquida prevista (R$ 419,8 bilhões) e a estimativa de custos
com benefícios previdenciários (R$ 637,9 bilhões). Em 2018, esse
percentual foi de 2,91% de deficit. Desde 2012, os deficits anuais são
crescentes. O maior aumento se deu de 2015 para 2016, quando cresceu
0,96 ponto percentual (de 1,43% para 2,39%).
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