Em 2017
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28), pelo Ministério do Trabalho.
Paulo Victor Chagas / Agência Brasil28/09/2018 às 23h45
Embora apresente um crescimento maior, o salário médio feminino fechou menor que dos homens. (Foto: Reprodução / Internet)
BRASIL
- Com evolução de 2,1%, a remuneração média dos trabalhadores
brasileiros subiu para R$ 2.973, de acordo com dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), divulgada hoje (28) pelo Ministério do
Trabalho. O salário dos cerca de 46 milhões trabalhadores com empregos
formais no setor público e privado, porém, mantém a discrepância de anos
anteriores na divisão por gênero.
Embora
apresente um crescimento maior do que o dos homens, o salário médio
feminino fechou o ano passado em R$ 2.708, enquanto o dos homens ficou
em R$ 3.181. Os números representam, respectivamente, variação positiva
de 1,8% e 2,6% na comparação com 2016. De acordo com o Ministério do
Trabalho, em 2017 a remuneração média das mulheres era 85,1% o valor da
remuneração masculina, em média.
Em outras
palavras, o salário dos homens encerrou o ano passado 17,46% acima do
das mulheres, representados pelos R$ 473,16 a mais pagos, em média, aos
trabalhadores do sexo masculino. Os dados indicam que o rendimento está
caminhando para uma menor desigualdade entre os gêneros, porém a passos
lentos. Em 2016, a remuneração básica recebida pelas mulheres
correspondia a 84,3% do salário dos homens. Em 2015, o valor da
remuneração feminina era 83,4% o da masculina e, em 2014, 82,39%.
Divulgada
anualmente para elaborar estatísticas sobre o perfil dos trabalhadores,
a Rais contém informações sobre criação de empregos formais,
classificação das vagas de trabalho por setor econômico, região do país e
divisão em categorias como sexo, faixa etária e escolaridade. Para a
remuneração, o Ministério do Trabalho já divulga dados corrigidos pela
inflação relativa a dezembro de 2017.
De uma
forma global, os números que foram a público nesta sexta-feira (28)
indicam uma lenta recuperação no número de empregos formais, pois foram
criadas 221 mil novas vagas em 2017, após perda de 3,5 milhões no
estoque de vínculos trabalhistas nos dois anos anteriores. Hoje também
foi divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD), segundo a qual o Brasil tem 12,7 milhões de pessoas desocupadas.
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