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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sampaio cai nos pênaltis e dá adeus ao sonho de enfrentar o Flamengo-RJ na próxima fase da Copa do Brasil

Gustavo Arruda / Imirante

Tricolor foi derrotado pelo Campinense no tempo normal e também nos pênaltis.

Sampaio cai diante do Campinense e dá adeus à Copa do Brasil. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)

SÃO LUÍS – O cenário estava armado, a festa estava feita. Com cerca de 20 mil torcedores no Castelão, o Sampaio Corrêa entrou em campo nesta quarta-feira (17) com a vantagem do resultado no confronto de ida debaixo do braço e buscou garantir a alegria do público com a classificação. Faltou combinar com o Campinense: após a derrota em casa na primeira partida, a Raposa se segurou na defesa e venceu por 1 a 0, com gol de Ricardo Maranhão. Na disputa dos pênaltis, após nove cobranças de cada equipe, nova decepção tricolor: os paraibanos venceram por 7 a 6 e selaram a classificação para a segunda fase na Copa do Brasil pela primeira vez em sua história.
Na próxima fase, o Campinense enfrentará o Flamengo (RJ), em data a ser confirmada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As duas equipes voltam agora suas atenções aos Estaduais: o Sampaio volta a jogar nesta segunda-feira (22), no Nhozinho Santos, contra o Santa Quitéria. O Campinense joga neste domingo (21), contra o Nacional de Patos, fora de casa.
 
O jogo

Pimentinha arrisca chute de fora da área. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)
Com um bom público presente no Castelão, o Sampaio deu uma resposta imediata a todos que achavam que o Tricolor jogaria mais fechado, valorizando resultado. Aos 35 segundos de jogo, Pimentinha ganhou na velocidade e chutou forte, mas a bola bateu na zaga, o suficiente para a torcida se levantar e iniciar os gritos de incentivo. Zé Paulo até teve uma boa chance pelo Campinense aos quatro minutos, com a bola passando a esquerda de Rodrigo Ramos, mas o início foi favorável ao Sampaio: Júnior Chicão, no mano a mano com Roberto Dias, quase abriu o placar, aos cinco minutos.
Depois de um início de jogo rápido, o Sampaio diminuiu o ritmo e só voltou a finalizar aos 13 minutos, com André Beleza, para fácil defesa de Pantera. Entretanto, o Tricolor seguia superior na partida, enquanto o Campinense tentava chegar pela linha de fundo, esbarrando em uma ótima atuação da defensiva boliviana. Um jogador, em especial, seguiu se destacando na partida: Pimentinha, grande nome da equipe tricolor, infernizava a zaga da Raposa e seguia criando chances. O atacante, em uma jogada individual, passou pela defesa e chutou forte, para defesa de Pantera. Na sobra, o próprio Pimentinha chutou, mas a bola foi para fora.
Com a chegada da chuva na metade final do primeiro tempo, as duas equipes reduziram o ritmo e passaram a investir em chutes de fora da área. E foram com as finalizações de longa distância, aproveitando o gramado molhado, que as duas equipes tiveram boas tentativas. Primeiro, foi o volante Wellington, um dos três maranhenses do Campinense, a obrigar Rodrigo Ramos a fazer uma defesa difícil. Logo em seguida, foi a vez de Robson Simplício arriscar de longe e a bola bater no travessão de Pantera. Pimentinha ainda fez uma grande jogada e serviu Arlindo Maracanã, aos 40 minutos, mas o capitão tricolor foi travado pela defensiva paraibana.
Segundo tempo
Arlindo Maracanã desperdiça pênalti; goleiro Pantera faz grande defesa. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)
Buscando pressionar a defesa do Campinense na base da velocidade, o técnico Everton Goiano apostou na substituição que deu certo no jogo de ida, em Campina Grande: colocou Edgar em campo, no lugar de Júnior Chicão. Mesmo com a iniciativa do comandante tricolor, foi o Campinense, com a desvantagem no resultado agregado, quem começou no ataque. Logo aos quatro minutos, o meia William obrigou Rodrigo Ramos a fazer uma defesa difícil após cobrança de falta. Zé Paulo, aos 16 minutos, também buscou o gol, mas esbarrou no goleiro tricolor.
Depois de um início irregular no início do segundo tempo, o Sampaio passou a equilibrar as ações e a atacar. A primeira tentativa foi um chute de fora da área de Jonas, aos 17 minutos, com a bola passando do lado direito de Pantera. Depois, foi a vez de Edgar, herói em Campina Grande, insistir em busca do gol: primeiro, invadindo a área, obrigando Pantera a defender. Logo depois, aos 26 minutos, após cruzamento de Denílson, o atacante desperdiçou de cabeça.
Com as chances desperdiçadas por Edgar, o Sampaio e o próprio atacante criaram confiança e seguiram no ataque, em busca do gol para selar a classificação. Aos 31 minutos, Edgar recebeu lançamento de Eloir e chutou cruzado. A bola passou por toda a grande área e Pimentinha quase aproveitou a chance. No lance seguinte, a melhor oportunidade do camisa 17: após passar pelo zagueiro, Edgar chutou forte e a bola passou raspando a trave esquerda de Pantera.
De tanto pressionar, o Sampaio conseguiu a sua grande oportunidade no jogo: após nova grande jogada individual de Pimentinha, o atacante foi derrubado na área pela defensiva paraibana. Pênalti. Na cobrança, aos 38 minutos, o capitão Arlindo Maracanã chutou no canto direito, mas Pantera fez uma grande defesa. A decepção tricolor, logo em seguida, ganhou ares de desespero no ataque seguinte do Campinense, com Ricardo Maranhão aproveitando o bate-rebate na área e marcando a favor dos paraibanos.
O gol paraibano, aliado com o pênalti desperdiçado por seu capitão, foi uma verdadeira ducha de água fria para os tricolores. Com um abatimento indisfarçável, o Sampaio apenas segurou o jogo para a disputa de pênaltis, assim como o Campinense, satisfeito com a vitória. Pimentinha ainda teve uma chance, mas não conseguiu empatar o jogo. E a disputa seguiu para os pênaltis.
A disputa de pênaltis
Mais eficiente, Campinense elimina o Sampaio nos pênaltis. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)
Logo na primeira cobrança, nova decepção para a torcida tricolor, com André Beleza chutando por cima do gol. Pelo Campinense, Gleybson marcou e colocou os paraibanos em vantagem. Após cobranças certas de Arlindo Maracanã e Eloir pelo Sampaio e Panda e Selmir pelo Campinense, novo erro dos tricolores, com Deca parando nas mãos de Pantera.
Com a chances de matar a classificação, Ricardo Maranhão desperdiçou para o Campinense e deu esperanças aos tricolores, renovadas com a cobrança correta de Pimentinha. Na última cobrança, brilhou a estrela de Rodrigo Ramos: o Paredão tricolor defendeu a cobrança de William e jogou o confronto para as cobranças alternadas.
Nas alternadas, foi a vez de Denílson abrir as cobranças, dessa vez do jeito certo, colocando a bola no fundo das redes. O Campinense empatou com Jefferson Maranhense. Edgar, logo na sequência, recolocou o Sampaio em vantagem. Foi a vez de Roberto Dias, que cobrou com violência no meio do gol, sem chances para Rodrigo Ramos. Paulo Sérgio foi para a bola logo depois e renovou as esperanças do Sampaio. Logo depois, Moacri foi para a cobrança e acertou a trave, mas a bola entrou. Em nova cobrança do Sampaio, o volante Jonas esbarrou nas mãos de Pantera. Dedé, por sua vez, cobrou e fez o gol da classificação paraibana.
FICHA TÉCNICA
SAMPAIO CORRÊA: Rodrigo Ramos; Denílson, Mimica, Paulo Sérgio e Deca; Robson Simplício (Jonas), Arlindo Maracanã, Eloir e André Beleza; Pimentinha e Júnior Chicão (Edgar). T: Everton Goiano
CAMPINENSE: Pantera; Tiago Granja (William), Edvânio (Moacri), Roberto Dias e Panda; Wellington, Glaybson, Dedé e Ricardo Maranhão; Jefferson Maranhense e Zé Paulo (Selmir). T: Oliveira Canindé

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