Do G1, em Brasília
Lei aprovada em março foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial.
De 2008 até 2012, 68 mil mulheres tiveram a mama retirada por câncer.
O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a realizar a partir desta
quinta-feira (25) a cirurgia plástica reparadora de mama imediatamente
após sua retirada por decorrência de câncer, preferencialmente no mesmo
procedimento cirúrgico. A determinação foi publicada nesta quinta no
Diário Oficial da União.
A portaria estabelece que, caso não seja possível a reconstrução
imediata, a paciente deve ser encaminhada para acompanhamento e deve ter
"garantia de realização da cirurgia imediatamente após alcançar as
condições clínicas requeridas".
Quando foi aprovado no Senado, em 26 de março, a relatora do projeto,
Ana Amélia (PP-RS), afirmou que a lei deve beneficiar as mulheres mais
pobres. A senadora criticou que as cirurgias são adiadas
“indefinidamente” em muitas unidades do sistema público habilitadas para
o procedimento.
No dia 28 de março, o "Bom Dia Brasil" relatou um grupo de mulheres que
tiveram a mama retirada por causa do câncer e aguardava há anos pela
cirurgia. (Veja vídeo ao lado)
"Minha vontade era de fazer a plástica e ficar bonita. Eu não sinto que
sou eu, a autoeestima fica lá embaixo", relatou a dona de casa Maria do
Carmo Diniz, que espera pela operação desde 2008. Aparecida Alves está
na fila há 2 anos. "Os seios são uma parte muito importante para a
mulher: a nossa feminidade", diz.
De 2008 até 2012, segundo dados do SUS, 68 mil mulheres tiveram a mama
retirada por conta do câncer. Nesse mesmo período, menos de 10%
conseguiram fazer a cirurgia reparadora. O Governo Federal não sabe
dizer quantas mulheres no total aguardam na fila.
"Nós estamos fazendo um diagnóstico detalhado do Brasil com um novo
sistema de informação em câncer implantado em todo o país até maio, com
isso teremos detalhadamente onde precisamos ampliar serviços junto aos
estados e municípios", afirmou na época o secretário de atenção à saúde
do ministério, Helvécio Magalhães.
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