Resultados contábeis serão publicados após reunião do Conselho.
Balanços estão atrasados devido às investigações da Lava Jato.
A Petrobras confirmou na noite desta quinta-feira (16) que vai divulgar
no próximo dia 22 de abril, quarta-feira, o balanço auditado com os
resultados contábeis referentes ao ano fechado de 2014 e ao terceiro
trimestre do ano passado (revisado).
O demonstrativo será divulgado no mesmo dia da reunião do Conselho de Administração da estatal.
Em comunicado, a petroleira esclareceu que "considerações sobre os resultados de 2014 estão sendo inferidas a partir de documentos já divulgados, ou seja, tornados públicos pela própria Petrobras, assim como por estimativas de terceiros que utilizam metodologias e princípios contábeis de domínio público".
Em comunicado, a petroleira esclareceu que "considerações sobre os resultados de 2014 estão sendo inferidas a partir de documentos já divulgados, ou seja, tornados públicos pela própria Petrobras, assim como por estimativas de terceiros que utilizam metodologias e princípios contábeis de domínio público".
A Petrobras afirmou, ainda, que não "são legítimas outras estimativas
que não sejam aquelas divulgadas pela própria companhia através de
comunicados e fatos relevantes ao mercado".
Balanços atrasados
A publicação dos dois resultados está atrasada, devido às investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre o esquema de corrupção envolvendo a empresa estatal. A Petrobras contratou a auditoria independente PricewaterhouseCoopers (PWC) para assinar seu balanço, mas ela havia se negado a prestar o serviço devido ao escândalo de corrupção.
A publicação dos dois resultados está atrasada, devido às investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre o esquema de corrupção envolvendo a empresa estatal. A Petrobras contratou a auditoria independente PricewaterhouseCoopers (PWC) para assinar seu balanço, mas ela havia se negado a prestar o serviço devido ao escândalo de corrupção.
Pelo contrato de dívida com credores, o balanço anual auditado da
empresa deve ser entregue até o final de abril. Após essa data, a
Petrobras teria de 30 dias a 60 dias para cumprir essa obrigação.
"A companhia espera divulgar essas demonstrações contábeis ao mercado,
após a decisão do Conselho de Administração", afirmou a petroleira em
comunicado ao mercado.
Balanço não auditado
No dia 28 de janeiro, a Petrobras divulgou o balanço não auditado do 3º trimestre da companhia, após dois adiamentos. Mas o documento deixou de fora as perdas esperadas pelas denúncias de corrupção na estatal investigadas na Lava Jato, conforme era aguardado pelo mercado.
No dia 28 de janeiro, a Petrobras divulgou o balanço não auditado do 3º trimestre da companhia, após dois adiamentos. Mas o documento deixou de fora as perdas esperadas pelas denúncias de corrupção na estatal investigadas na Lava Jato, conforme era aguardado pelo mercado.
De acordo com o balanço, que não teve o aval da auditoria independente
PwC, a petroleira teve lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro
trimestre do ano passado. O valor representa uma queda de 38% em relação
ao trimestre anterior em 2014, "refletindo o menor lucro operacional",
segundo a Petrobras.
Já em relação ao terceiro trimestre de 2013, quando o lucro havia sido
de R$ 3,395 bilhões, o recuo foi de 9,9%. No acumulado de janeiro a
setembro, o lucro foi de R$ 13,439 bilhões, uma queda de 22% frente ao
mesmo período do ano passado.
Perdas por corrupção
A empresa afirmou ao mercado que a metodologia que apontou perdas no valor de R$ 88,6 bilhões com corrupção "não se mostrou adequada à mensuração dos potenciais pagamentos indevidos". Segundo a Petrobras, por este cálculo o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente.
A empresa afirmou ao mercado que a metodologia que apontou perdas no valor de R$ 88,6 bilhões com corrupção "não se mostrou adequada à mensuração dos potenciais pagamentos indevidos". Segundo a Petrobras, por este cálculo o ajuste seria composto de diversas parcelas de naturezas diferentes, impossível de serem quantificadas individualmente.
A ausência dos dados sobre as perdas com corrupção, segundo a estatal,
acontece porque houve "impraticabilidade" de quantificar esses dados de
forma correta. A Petrobras diz ainda que está avaliando metodologias da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Securities and Exchange
Comission (SEC, equivalente à CVM nos EUA), para adequar as contas.
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