Fiscalização e multa acontecem a partir deste domingo na capital paulista.
Há duas cores de sacolinhas, que serão usadas para descarte de lixo.
A fiscalização e as multas das novas sacolinhas plásticas começam a
valer neste domingo (5) em São Paulo. Os supermercados só podem, a
partir de agora, disponibilizar as sacolinhas em modelos padronizados:
nas cores verde e cinza, mais resistentes e com parte feita de material
renovável.
As sacolas verdes devem ser usadas para descartar o lixo reciclável e
as cinzas, para resíduos orgânicos e rejeitos. Tanto o comércio pode ser
multado por não distribuir as sacolas corretas quanto o consumidor pode
ser penalizado caso não faça a reutilização adequadas.
As multas mais altas são para o comércio: vão de R$ 500 a R$ 2 milhões.
O valor será definido de acordo com a gravidade e o impacto do dano
provocado ao meio ambiente. Já o cidadão que não cumprir a regra poderá
receber advertências e multa de R$ 50 a R$ 500.
Cobrança pelas sacolinhas
Ao menos quatro redes de supermercados anunciaram que vão cobrar pelas novas sacolinhas plásticas. Os hipermercados Pão de Açúcar, Extra e Bergamini confirmaram que as lojas localizadas na cidade de São Paulo vão passar a cobrar 8 centavos por embalagem a partir deste domingo. O Sonda Supermercados fixou em 10 centavos o preço por unidade.
Ao menos quatro redes de supermercados anunciaram que vão cobrar pelas novas sacolinhas plásticas. Os hipermercados Pão de Açúcar, Extra e Bergamini confirmaram que as lojas localizadas na cidade de São Paulo vão passar a cobrar 8 centavos por embalagem a partir deste domingo. O Sonda Supermercados fixou em 10 centavos o preço por unidade.
No Carrefour, as sacolinhas só serão vendidas a partir desta
segunda-feira (6), também a 8 centavos. Segundo a assessoria da rede, no
dia 5 os novos modelos serão distribuídos gratuitamente, em caráter
educativo.
Já as redes Mambo e Záffari vão distribuir as sacolinhas gratuitamente em suas lojas.
Sem prorrogação
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta quinta-feira (2) que não irá prorrogar o prazo para início da obrigatoriedade da distribuição dos novos tipos de sacolinhas.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomecio-SP) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pediram para a Prefeitura um prazo maior para que as novas regras entrassem em vigor.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta quinta-feira (2) que não irá prorrogar o prazo para início da obrigatoriedade da distribuição dos novos tipos de sacolinhas.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomecio-SP) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pediram para a Prefeitura um prazo maior para que as novas regras entrassem em vigor.
Haddad lembrou que em duas ocasiões a data já tinha sido adiada. “A
multa está valendo, ela pode ser aplicada. Se o fiscal for lá e advertir
e voltar uma semana depois e a pessoa não tiver tomado nenhuma
providência, ele será multado”, afirmou.
A proibição das sacolinhas plásticas comuns foi regulamentada em 7 de
janeiro, quando foram definidos os critérios para aplicar a Lei 15.374,
de 2011.
Pelas novas determinações, as sacolinhas derivadas de petróleo devem
ser trocadas por modelos padronizados: nas cores verde e cinza, mais
resistentes e com parte feita de material renovável.
Segundo Haddad, o objetivo da lei não é multar. “Nossa intenção não é
criar uma indústria de multa, não é esse o objetivo, nós sabemos que é
uma mudança cultural que vai exigir um tempo", explicou.
CRONOLOGIA DA LEI DAS SACOLINHAS |
|
---|---|
2007 |
Mais de 40 cidades paulistas criaram leis contra sacolinhas. Elas foram declaradas inconstitucionais pela Justiça. |
Maio de 2011 |
Kassab sanciona a lei 15.374, em 18 de maio, que previa fim da
distribuição gratuita de sacolas plásticas. Prefeito não regulamentou a
lei, deixando-a sem aplicação. |
Fevereiro de 2012 |
Associação Paulista de Supermercados e o MP firmam um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) para banir as sacolinhas. Clientes teriam
que levar sacolas reutilizáveis ou pagar pelas sacolinhas tradicionais. |
20 de junho de 2012 |
Conselho Superior do Ministério Público (CMSP) decidiu não homologar o TAC. |
Junho de 2012 |
A juíza Cynthia Torres Cristófaro determinou que os supermercados voltassem a distribuir embalagens. |
Outubro de 2014 |
Tribunal de Justiça de São Paulo declara a lei constitucional. |
Novembro de 2014 |
Haddad regulamenta lei, exigindo fim da sacola tradicional e início da distribuição de embalagens reutilizáveis. |
5 de abril |
Início da obrigatoriedade da distribuição dos novos modelos no comércio. |
"Assim como nós fizemos com as faixas de ônibus, teve um prazo que a
gente não multou, a gente advertiu. Nós vamos fazer o mesmo
procedimento: advertir, orientar o condomínio, orientar o supermercado,
criar uma política de resíduos sólidos”, disse Haddad.
Foco na coleta seletiva
O prefeito ressaltou o impacto que o uso das sacolas verdes exclusivamente para reciclagem deve causar impacto positivo na ampliação da coleta seletiva na cidade.
O prefeito ressaltou o impacto que o uso das sacolas verdes exclusivamente para reciclagem deve causar impacto positivo na ampliação da coleta seletiva na cidade.
Haddad lembrou que foram investidos mais de R$ 60 milhões nas centrais
mecanizadas de triagem e que a cidade gasta R$ 1 bilhão por ano com a
varrição das ruas.
“Há anos, as pessoas reclamam que São Paulo não faz a coleta seletiva,
quando fazia não tinha central de triagem e agora que tem não tem
resíduo sólido para triar, não faz sentido”, destacou.
“Nós queremos que as pessoas façam suas compras, depois que consumirem o
produto que adquiriu depositem na sacola verde. Essa sacola verde ao
invés de ir para o aterro vai para a central de triagem, onde os
materiais são reaproveitados”, explicou o prefeito.
Fecomércio
A Fecomercio alega que os comerciantes ainda não conseguiram se adequar e quer um prazo de mais 120 dias. “A matéria prima da sacolinha é diferente da que se acostumava usar. Alguns estabelecimentos estão com dificuldade de obter a sacola de acordo com a matéria-prima que precisa ser utilizada”, diz Cristiane Cortez, assessora do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP.
Fecomércio
A Fecomercio alega que os comerciantes ainda não conseguiram se adequar e quer um prazo de mais 120 dias. “A matéria prima da sacolinha é diferente da que se acostumava usar. Alguns estabelecimentos estão com dificuldade de obter a sacola de acordo com a matéria-prima que precisa ser utilizada”, diz Cristiane Cortez, assessora do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP.
A entidade não é a única a pedir um novo prazo. A Associação Comercial
de São Paulo (ACSP) também quer se reunir com o prefeito Fernando
Haddad (PT) para pedir mais tempo até o início da fiscalização.
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