Família afirma que ele não recebeu atendimento médico adequado.
Secretaria de Saúde diz que ele teve traumatismo provocado pela pancada.
Um aluno de jiu-jítsu de 32 anos morreu em Brasília
depois de sofrer o golpe mata-leão durante uma aula. A família afirma
que ele foi levado a um hospital público em dois dias seguidos e não
recebeu atendimento porque o caso não era considerado grave. Alguns dias
depois, ele conseguiu atendimento, mas teve a morte cerebral
constatada. Em nota, a Secretaria de Saúde afirma que ele deu entrada em
uma unidade de saúde no dia 26 de setembro e que exames apontaram que o
homem teve um traumatismo craniano provocado pela pancada.
O golpe aconteceu no final do mês passado. A família afirma que
Napoleão passou 15 minutos se recuperando e depois foi para casa.
Sentindo-se mal, ele foi levado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) por dois dias seguidos, mas não recebeu atendimento.
“Fizeram a mesma coisa, fizeram a triagem com ele, disseram que não era
nada grave, que não tinha nada a ver ele estar ali querendo atendimento
de emergência”, conta uma irmã. Ela afirma ainda que voltou com ele ao
local e que testes descartaram a possibilidade de AVC.
“Eu percebi que ele não estava bem e resolvi levar ele de volta ao HRT.
Ele teve um AVC lá no HRT, ainda dentro do tubo de imagem, fazendo a
tomografia. Levaram ele de maca para o box de emergência. Lá do box de
emergência jogaram ele de volta para o corredor, dizendo que o caso dele
não era grave”, afirma.
No mesmo dia, em 30 de setembro, o aluno de jiu-jítsu foi transferido
para o Hospital de Base e já foi direto para a UTI, mas não resistiu. O
atestado de óbito aponta, entre as causas, isquemia cerebral. O quadro
acontece quando há diminuição do fluxo de sangue no corpo, afetando o
funcionamento do cérebro, e pode causar AVC.
O laudo do Instituto Médico Legal que vai apontar o que realmente
provocou a morte do homem, só deve sair em um mês. A família diz esperar
por Justiça.
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